Diz-se que o hino nacional é a cara musical de uma
nação. Há casos, porém, em que isso é desconsiderado, como na Coreia do Sul e nas
Ilhas Maldivas, onde a canção tradicional Auld
Lang Syne, conhecida no Brasil por Valsa da Despedida, chegou a ser o hino
das duas terras.
Os caçadores
de plágio apontam nove hinos nacionais com várias e impressionantes semelhanças
Reprodução do álbum da Lira Angicalense |
melódicas, entre eles o brasileiro –
os demais são de África do Sul, Argentina, Bósnia, Estônia, Finlândia Liectenstein,
Israel e Uruguai. No caso brasuca, a canção de Francisco Manoel da
Silva (1795 a 1865) seria plagiada de uma peça do padre José Maurício Nunes
Garcia (1765 a 1830), o mais importante compositor brasileiro da fase colonial
e que teve influência de compositores mineiros.
Há duas versões para o surgimento do hino nacional
brasileiro: 1 - Francisco Manuel da Silva o teria composto, em 1822, como Marcha Triunfal, para comemorar a independência
do Brasil; 2 – a composição seria de 1831, como Hino ao Sete de Abril, na época da abdicação do trono
brasileiro, por D. Pedro I.
Datas à parte, os primeiros compassos são
identificados pelos especialistas dentro de Responsário
Sétimo de Matinas de Nossa Senhora da Conceição, do Padre Zé, além de a composição
ter visitado duas outras partitura do religioso, Novenas do Apóstolo São Pedro, de 18142,
e Compêndio de Música e Método de Pianoforte, de 1821.
O roubo de seções de obras musicais e até de
composições inteiras era, sabidamente, generalizada nos tempos de Brasil
colônia e império. Como, em 1822, não havia por aqui o reconhecimento jurídico
do direito autoral – só a partir da primeira metade do século 20 -, Da Silva escapou
dessa, pois, no Direito brasileiro, as lei só retroage em benefício do réu.
Constataram os estudiosos musicais, que o Da Silva não tinha pudores em apropriar-se de trechos de composições de terceiros. Era um picareta, como demonstrou com Aleluia para o Sábado Santo, em que a seção Gloria Patri é considerada cópia literal da seção homônima no Responsório 3° (Quae est ista) das Matinas da Assunção de Nossa Senhora, do mesmo Padre Zé. Mas nem só trechos de composições do homem parecem picareteados pelo Silvão. A introdução do hino brasileiro tem, também, a cara de uma missa do compositor Marcos Portugal (1762 a 1830), o que ocorre, ainda, em composição de Francisco da Luz Pinto (1798 a 1865).
Constataram os estudiosos musicais, que o Da Silva não tinha pudores em apropriar-se de trechos de composições de terceiros. Era um picareta, como demonstrou com Aleluia para o Sábado Santo, em que a seção Gloria Patri é considerada cópia literal da seção homônima no Responsório 3° (Quae est ista) das Matinas da Assunção de Nossa Senhora, do mesmo Padre Zé. Mas nem só trechos de composições do homem parecem picareteados pelo Silvão. A introdução do hino brasileiro tem, também, a cara de uma missa do compositor Marcos Portugal (1762 a 1830), o que ocorre, ainda, em composição de Francisco da Luz Pinto (1798 a 1865).
Marcos Portugal era o guru de compositores
seus contemporâneos. Ficou provado, pelos caçadores
de plágio, que os três primeiros compassos da introdução da Marcha Triunfal , de Da Silva, é a perfeita
transcrição literal dos três primeiros compassos do Gloria da Missa Breve.
De sua parte, Luz Pinto, que fora aluno do padre José Maurício, criara tremendas semelhanças em sua obra com trecho de Marcos Portugal, da seção Te Gloriosus Apostolorum, do Te Deum em Sol maior. Só não definiram, os caçadores, se os dois (Francisco) plagiaram do mesmo trecho, ou se o Da Silva o copiou a partir da composição do Pinto.
De sua parte, Luz Pinto, que fora aluno do padre José Maurício, criara tremendas semelhanças em sua obra com trecho de Marcos Portugal, da seção Te Gloriosus Apostolorum, do Te Deum em Sol maior. Só não definiram, os caçadores, se os dois (Francisco) plagiaram do mesmo trecho, ou se o Da Silva o copiou a partir da composição do Pinto.
Não fica só nisso as acusações de plágio a Da Silva. Acusam-no,
ainda, de ter copiado o compositor italiano Nicoló Paganini (1782 a 1840), que
publicou, Centone di Sonate, em 1828, com 18
sonatas para violino e guitarra. O segundo movimento da Sonata n.° 1, Allegro maestoso – Tempo di
Marcia, em lá menor, exibe grande “parença”, mesmo com tonalidade
diferente, com quatro compassos da melodia principal do hino nacional brasileiro.
Kpra nóiz: o Da Silva
pode ter sido um tremendo picareta, não valido o selo que o homenageia. Mas o hino nacional brasileiro é
alegre, vibrante. Vibrantíssimo! Esteja você em uma Copa do Mundo, no exterior,
e o ouça sendo tocado. Com certeza, você vai chorar. De emoção!
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