Vasco

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domingo, 7 de julho de 2019

VASCO DAS PÁGINAS - MOACIR BARBOSA

Atenção jogador em início de carreira: se você ficar em uma barreira, não se mexa quando a bola for chutada. 
O conselho é de um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro, Moacir Barbosa, ganhador de vários títulos com a camisa do Vasco da Gama. Aos 41 de idade, ele ainda era titular no time do Campo Grande-RJ. 
Um outro conselho era pra, no momento de encarar um atacante pronto paras matar, dominar os nervos, ter muito reflexo e coragem para se atirar aos pés do adversário, tentando a defesa – além de, evidentemente, evitar fazer pênalti. 
Sobre isso, dizia que a defesa dependeria do reflexo e da intuição de jogo do camisa 1. 
Mais uma recomendação aos jovens goleiros: sabre fazer o golpe de vista, ir em todas as bolas, e aprender a bater bem um tiro de meta. Segundo ele, este fundamento, bem executado, facilita a tarefe dos zagueiros e de toda a defensiva. No que diz respeito ao uso de luvas, o seu comentário para a Revista do Esporte -  N 181, de 25.08.1962 – foi o de que ajudam muito, desde que o goleiro tenha uma perfeita adaptação ao uso.
- As luvas são de grande valia para os jogos em canchas molhadas, afirmou, fotografado, pela RE, antes e em jogo, sem usa-las. 
  Barbosas gostava mais de ir nas bolas pelo alto e defendia que instruções durante o decorrer das partida só deveria ser passadas caso o treinador estivesse, realmente, vendo o caminho das pedras. Com relação ao “frango”, este era termo que ele execrava e entendia tratar-se de um meio de o torcedor exibir desagrado ante uma falha humana.    
- Para mim, não há frango – descartava e imputava aos colegas de posição exercerem o ofício mais difícil do futebol, por vê-los o fiel das balança na atuação e produção de uma equipe.
De acordo como o repórter De Santis, que o viu jogar e o entrevistou para a RevEsp, aos 41, Barbosa continuava com “extraordinária agilidade”.     
 Procedente do Ypiranga-SP, Barbosa esteve vascaíno entre 1945 a 1955. De 1956 a 1957 defendeu o Santa Cruz-PE, sendo que no mesmo 1957 foi para o Bonsucesso-RJ. Voltou ao Vasco e ficou de 1958 a 1962, quando encerrou a carreira, defendendo o Campo Grande-RJ.
Barbosa conquistou estes títulos como vascaíno: Campeonato Sul-Americano de Campeões-1948; Campeonato Carioca-1945/47/49/50/52/58; Torneio Início do Campeonato Carioca-1948; Torneio Rio-São Paulo-1958; Torneio Municipal-RJ-1947/48; Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro-1953; Torneio de Santiago do Chile-1953 e Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer-1953.
Com a camisa do “Bonsuça”, em 18 de agosto, pelo turno do Campeonato Carioca, pela primeira fez, Barbosa jogou contra o Vasco da Gama, e ajudou o time rubro-anil a segurar o placar de 1 x 1. 
Apitado por Frederico Lopes, a partida rolou no acanhado estádio do Botafogo, à Rua General Severiano, e teve Pinga, de pênalti, abrindo o placar, aos 35 minutos - Gilberto empatou, aos 51. Naquele dia, o capitão cruzmaltino Bellini foi expulso de campo.
Comandado por Martim Francisco, o time do Vasco alinhou: Carlos Alberto Cavalheiro, Paulinho de Almeida e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel; Lierte, Livinho, Roberto Pinto, Válter e Pinga. O Bonsucesso teve: Barbosa, Bibi e Mauro (também expulso); Valdemar, Eli e Gonçalo; Jair, Gilberto, Nonô, Brandãozinho e Bira. O prélio rendeu Cr$ 247.284,00 e não teve público pagante divulgado.


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