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1 – Bons tempos, os tempos antigos! Certa vez, os maqueiros de São Januário fizeram um acerto esquisito com uma rádio paulista do interior que preparava-se para estrear nas transmissões interestaduais do futebol, com patrocínio de uma marca de cerveja: assim que um vascaíno caísse e ficasse colado ao gramado, de costas, era para ser virado, imediatamente, de barriga para baixo. Motivo: o locutor não conhecia bem a "Turma da Colina" e precisava ver o número de suas gloriosas jaquetas. Rendia umas tradicionais cervejinha de cortesia que a marca levava para o estádio.
Sei de alguém que vivia caindo em campo, pra ajudar os amigos maqueiros
a molharem o pescoço por dentro. Depois da pugna, evidentemente.
2 – Contou-me o trepidante repórter
Zildo Danta: rolava a décda-1960 e a patota vascaína excursionava pelo
continente africano. Lá pelas tantas, o empresário arrumou proposta para
estender o giro até Guiné, então jovem república africana. Durante as
conversações com o pessoal da federação de futebol do país ficou-se sabendo que
havia mais seis mil clubes registrados na entidade, mas só dois treinadores eram
habilitados para a função.
Cruzes! Os técnicos dos milhares de times
eram os cartolas e os jogadores.
3 - Mais uma me passada pelo glorioso
Zildô: um dirigente vascaíno voltara
da Europa contando que a medicina esportiva da Dinamarca sugerira a proibição
da prática de dois esportes para atletas de futebol: automobilismo e esqui.
Comentário do trepidante Zildo para o cartola:
- Como na Colina de São Januário
não há montanha nevada e nem mesmo pista pra corridas de velocípede, fique
tranquilo. Nenhum jogador vai reclamar.
Errou, feio! Segundo o photógrafo Gervásio Batista, de Manchete, o atacante Sabará vivia
enchendo o saco da diretoria, pedindo autorização para os filhos dos atletas
andarem de bicicleta na pista de atletismo, quando acompanhassem os pais aos
treinos.
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Zagallo reproduzido de Manchete Esportiva |
4
– Outra da coleção do Zildo Dantas: o atacante
húngaro Albert marcara os sete gols de Ferencvaros 7 x 0 Debreczin, em 1962. Ao
contar o fato ao glorioso ponta-direita Sabará, este explicitou:
-
Não fez mais do que a brigação dele. Zelou pelo bom nome dos camisa sete.
Realmente,
o Albert brigara muito pra fazer tantos gols. E Sabará ouvido de menos. Nninguém
falara que o húngaro era camisa 7. Jogava com a 9.
5
– O eterno capitão vascaíno Hideraldo Luís Bellini só
chamava Mário Jorge Lobo Zagallo – colega de Seleção Brasileira em 1958/1962 - por Ximbica.
Indagado a razão, explicou que imitava o meia Didi, que tratava o Lobo por tal onomatópose. Segundo o zagueirão Orlando
Peçanha de Carvalho, colega dos dois nas mesmas seleções canarinhas, o apelido
fora inventado pelo terrível Mané Garrincha.
Quando chegou
à Colina, em 1980 – voltou em 1990 - o Ximbica já tinha a fama de um Monza, o
carro mais famoso da década oitentista.
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