Historieta me contada pelo intrépido e trepidante Tio Guga. Vamos lá!
Paulin era um grande ladrão de
bolas. Bobeou, ele roubava e lançava, quase sempre, o meia Lacíndio, o
Delegado, que irritava a moçada, prendendo muito a maricota. Era o adversário enrolar a jogada e Paulin chegava junto.
Por causa daquela sua grande capacidade roubativa, os meninos nem mais o chamavam pelo
seu verdadeiro nome de registro e de batismo, Paulo Ernesto Oliveira. Era só Ladrão, do o que ele nem se importava, principalmente porque meninos menores começaram a querer imita-lo. Virou ídolo entre os pirralhada.
Além do apelido no jogo de bola, até na escola a turma só tratava Paulin pelo apelido. Um dia, a professora do Grupo Escolar Doutor Dorival Guimarães Passos quis saber
porque os colegas só tratavam o Paulo Ernesto daquele jeito. Explicaram-lhe o motivo e, de repente, ela,
também, já o chamava assim. Durante as perguntas de aula aos alunos, rolava:
- Quem foi o autor do hino
nacional? – indagava a Sinvaldo, Elias, Chico de Alexandre, João de Nenza,
Lig-Lig, Jango de Dolé, e ninguém sabia. Então, olhava pra Paulin e cobrava: Ladrão, quem foi?
Algo muito natural. Ninguém levava nada pra outros lados. Paulin era só ladrão de bolas, no jogo de bola, o
ídolo dos pirralhinhos. Contava-se que a professor Ana de Brito, a diretora
escolar, também, entrara no time dos que o chamavam pela onamatópose, bem como o padre Benedito e até o prefeito
da cidade, o Seu Mureco, isto é, Durvalmerindo Bandeira Coité.
Certa tardezinha, quando os meninos iriam treinar, Paulin chegou atrasado. Durante o bate-bola
esquentativo, a gorduchinha, chutada por Hildon Pé de Cabo de Guarda Chuva -
maior pé torto do mundo - saiu de campo e foi bater ao seu encontro. Menino muito
espirituoso, Paulin pegou a bola e se mandou com ela, deixando os companheiros sem
entender nada. E sem treino, naquele dia.
Mais tarde, quando a garotada
rodava pela praça, após o terço que levava muita gente à igreja católica e única da cidade, a
turma encontrou Paulin desabando de rir da cara deles. Din Fernandes, o
indagou:
- Moço! Que maluquice foi aquela? –
e ouviu:
- Vocês não me chamam de ladrão? Então,
roubei bola - e, por castigo do capitão do time, o Alemãozin, foi recuado para zagueiro central.
NOTA DO KIKE
Por ter a Kika voltado de Paris com novo corte de cabelo, além de tinturas clareantes nas melenas, esta é a última vez em que este logotipo acima é publicado, pois o seu telhado ganhou nova cobridura. Ele irá à Feira da Torre, no sábado, posar para Solange Aparecida produzir uma nova tela identificativa desta kaluna. Aguardem a New Kika! Caso a pintura demore a pintar no pedaço, então, em seu lugar, saído do banco dos reservas, o que seria a próxima MEXERICOS cederá vaga, escaslada pelo PROFEXÔ, à coluna ...TÁ NO CADERNINHO, a ser pesquisada pelo glorioso Wandeco, isto é, Wanderley Bahia - cabra bom!
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