Vasco

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sexta-feira, 1 de maio de 2015

TRAGÉDIAS DSA COLINA - ZEBRAÇA

“O estádio inteiro gritava,  freneticamente pelo Canto do Rio. E num momento espontâneo as torcidas uniram-se numa verdadeira frente antivascaína, numa evidente antipatia pelo clube de São Januário que aparece, este ano, mais forte do que nunca e como um autêntico bicho-papão.”
Neste pequeno  trecho, o redator Luís Carlos Barreto sintetizou bem o que é um favorito: o time a ser odiado. E segundo ele,  a “torcida rubro-negra liderou a aliança antivascaína”. Está na revista “O Cruzeiro”, que circulou a partir de 18 de julho de 1953, contando o que  fora o Tornei Início do 46º Campeonato Carioca de Futebol (disputado desde 2006), promovido, até então, por quatro entidades – Liga Metropolitana, Liga Carioca, Associação Metropolitana de Esportes Athléticos e Federação Metropolitana de Futebol.  
Naquele festival de bola rolando, em 5 de julho, 11 equipes (América, Bangu, Bonsucesso,  Botafogo, Canto do Rio, Flamengo, Fluminense, Madureira, Olaria, Portuguesa e  São Cristóvão) tentavam barrar o favorito Vasco da Gama, o campeão estadual da temporada anterior. Era tarde rara de sol e frio no Maracanã, reunindo 144 atletas, que pelejaram entre as 11h15 e as 17h30, no total de 6h15 de muitas emoções. E o favorito dançou.
O  Vasco estreou assombrando, com 2 x 0 sobre o Botafogo, marcando um gola em cada tempo do jogo apitado por Carlos de Oliveira “Tijolo” Monteiro.  Formou com: Carlos Alberto Cavalheiro, Elias e Haroldo; Amauri, Edésio e Conceição; Pedro Bala, Naninho, Vavá, Alvinho e Hélio. No segundo compromisso, os vascaínos ficaram no 1 x1, com o Fluminense, sob o apito de Eric Westman.
ALVEJOU A REDE - Mesmo jogando com uma equipe repleta de reserva, o Vasco ameaçava seus rivais.
Na decisão por pênaltis, Alvinho bateu e a “Turma da Colina” faturou: 3 x 1, repetindo a escalação. Veio a final. Pela frente, o Vasco tinha o “lanterna” do Campeonato Carioca passado. Não tinha-se como esperar uma zebra passeando pelo gramado do “Maraca”. Principalmente porque a turma do Canto do Rio pegara a barca cedo, em Niterói, sem tempo para almoçar. No entanto, a moçada do técnico Newton Anet eliminou, nos pênaltis, o São Cristóvão e o Flamengo, surpreendentemente. E, depois de atravessar a Baía de Guanabara,  partiu para encarar o “Almirante”.
No tempo normal da final, o timaço vascaíno não conseguiu dobrar o faminto “Cantusca”: 0 x 0. Fora preciso uma prorrogação. Aí rolou uma pisadaça:  Haroldo  fez um gol contra, o time cruzmaltino  cometeu um pênalti (Miltinho converteu), e, por  FM, Jaime ainda fez mais um: Canto do Rio 3 x 0, em cima de: Carlos Alberto; Elias e Haroldo; Amauri, Edésio e Conceição; Friaça, Naninho, Vavá, Alvinho e Hélio. O Canto do Raio afora: Celso; Nanati e Carlos; Cleuzo, Valter e Zé de Souza; Miltinho, Binha, Roberto, Jaime e Jairo.

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