Vasco

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

DOIS NÚMEROS – 13 e 14 - E OS VASCAÍNOS

Pelas contas da edição 27 da revista carioca “Manchete Esportiva”, de 1956, o atacante Albino Friaça passou 50 minutos campeão mundial, em 1950, ao abrir o placar de Brasil 1 x 2 Uruguai, no 16 de junho, no   Maracanã.
Na verdade, 77 minutos, pois o gol de Gigghia que virou o placar saiu a 13 minutos do final. Dessa marca, desconte-se dois minutos, o tempo em que Friaça passou desmaiado, devido tanta gente pular sobre ele comemorando seu gol. Logo, foram 75 minutos como campeão mundial, título interrompido por um 13 fatal, para os supersticiosos.
Friaça era presença constante no fustigo ao adversário
Sobre aquele seu tento, ele comentou com a “Manchete Esportiva”: “...quase todos nós tínhamos absoluta confiança na vitória...a certa altura (do segundo tempo), Bauer controlou a bola no meio do campo, passou por Obdúlio Varela e a entregou a Zizinho, que fez alguns passos e lançou no buraco. Eu acompanhava o lance, livrei-me, na corrida, do meu marcador, Rodrigues Andrade, e finalizei. com um tiro forte e endereço certo”.
Para Friaça, o time brasileiro era o melhor da Copa-50, deixando, após os 6 x 1 Espanha, o grupo convencido  da vitória final, sobretudo por achar os espanhóis os melhores depois do Brasil. E apontou o ponta-esquerda Gainza como o mehor jogador da competição. Também, elogiou o treinador Flávio Costa.
 Albino Cardoso Friaça disputou 13 jogos pela Seleção Brasileira e em três dias 13 defendeu o escrete nacional – 13.05.1950 – Brasil 3 x 3 Paraguai; 13.06.1950 – Brasil 6 x 1 Espanha; 13.04.1952 – Brasil 5 x 0 Panamá. Quando estava em sua temporada-13, defendia o Vasco da Gama, pelo qual, com 13 bolas nas redes, ele foi o principal artilheiro do time que conquistou o Torneio Municipal-1947.
 Em São Januário, no entanto, Friaça não precisava de coincidências numéricas para tornar-se um dos ídolos da torcida vascaína. Fazia parte de uma “máquina” chamada por “Expresso da Vitória” e ficou campeão carioca-1945/47/49.
Fazer gols valia esta sempre requisitado pelos repórteres
Friaça chegou à Colina, em 1943, e integrou a equipe dos aspirantes. Mas não demorou para o treinador uruguaio Ondino Viera subi-lo ao time-A. Ele dedicou oito das 15 temporadas de sua carreira ao “Almirante”. Saiu algumas vezes – defendeu São Paulo, Ponte Preta e Guarani de Campinas – e, sobre o “Expresso da Vitória”, comentou com a mesma “Manchete Esportiva”: “Que timão possuíamos...um esquadrão como o do Vasco custaria (em 1956) uma fortuna incalculável”- e citou os colegas Barbosa, Augusto, Rafagnelli, Berascochea, Ely do Amparo, Argemiro, Jari Rosa Pinto, Ademir Meneses,  Isaías, Chico, Elgen e Lelé, artilheiro do Campeonato Carioca-1945, com 13 choros de goleiros – excluiu-se da lista do grandes “Matadores da Colina”.  
 Friaça é o artilheiro-14 (vizinho de 13) da história vascaína, com 191 jogos em 106 gols – os 13 maiores são Roberto Dinamite (617), Ademir Menezes (272), Romário (251), Pinga (250), Russinho (225), Sabará (165), Vavá (150), Lelé (147), Valdir ‘Bigode’ (144), Maneca (137) Chico (127), Bismarck (112)  e Edmundo 110.
Nascido em Porciúncula-RJ, em 20- de outubro de 1924, ele viveu por 84 temporadas, até 12 (vizinho do 13) de janeiro de 2009. Portanto, 84 temporadas: 8 + 4 = 12, vizinho do 13.     
                        FOTOS REPRODUZIDAS DE MANCHETE ESPORTIVA
     
                                                     MISTÉRIOS DO 14

O Vasco e o número 14 fazem uma boa tabelinha. O primeiro título internacional da rapaziada; o primeiro continental; o primeiro em continente europeu e a maior goleada passaram por aquela dezena. Sem falar que, entre 1980 e 2000, a “Turma da Colina” chegou a 14 finais de Estaduais. Confira a tabelinha:
14 de janeiro de 1940 – Disputava-se, no Brasil – e em São Januário – o primeiro torneio internacional de clubes. Chamou-se Luiz Aranha, em homenagem ao presidente da então Confederação Brasileira de Desportos, irmão de Cyro Aranha, o presidente vascaíno. Uma puxadinha de saco,  tudo em casa. Foram jogos de 20 minutos, com dois tempos de 10, até as semifinais, e de 30 minutos (duas etapas de 15), na final. Modelo idêntico ao dos "Torneios Inícios", muito populares entre os cariocas, na época. Só que maior números de escanteios a favor decidia.
O Vasco tinha a concorrência de Flamengo, Botafogo e dos argentinos Independiente e San Lorenzo. E entrou pra rachar. Aos 3 minutos, Fantoni marcou e venceu o Independiente, por  1 x 0. Na final, pegou pela frente um outro argentino, o San Lorenzo. Como o tempo normal ficou no 0 x 0, foi para a prorrogação. E pra cima. Em jogada de Orlando Rosa Pinto, no segundo tempo, surgiu o chamado “córner” que fez a taça ir pra Colina. Era a primeira conquista de um clube brasileiro em uma competição internacional. A moçada: Nascimento, Jaú e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Fantoni, Villadoniga (Luna), Nino e Orlando. 

Orlando (D) armou o ataque
 do escanteio vitorioso
14 de março de 1948  Pintou a mais  importante conquista do futebol brasileiro da época. O Vasco foi buscar, no Estádio Nacional de Santiago do Chile, o primeiro titulo de um clube canarinho no exterior, o Sul-Americano de Clubes Campeões.
Tão impactante, que os presidentes chileno, Gabriel González Videla, e argentino, Juan Domingo Perón, compareceram à final – e entregaram o troféu ao capitão cruzmaltino Augusto da Costa.
Naquele dia, todo o Brasil foi Vasco. O "Time da Colina" empatou, por 0 x 0, com o River Plate-ARG, uma das equipes mais fortes do planeta, prejudicado, pela arbitragem, que anulou um gol legítimo, de Chico, e marcou um pênalti contra, que o goleiro Moacir Barbosa foi  buscar, na cobrança de Lostau.
Treinado por Flávio Costa, o Vasco era:  Barbosa, Augusto e Wilson (Rafanelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico.    
Livinho fez o Real cair na real


14 de junho de 1957 O Vasco conquistou o Torneio de Paris, concebido para ser o mais importante do calendário internacional. Na estreia, 3 x 1 sobre o Racing local. Na decisão, 4 x 3 diante do Real Madrid, apontado como o melhor time do planeta. Os espanhóis saíram na frente, aos quatro minutos. Di Stefano marcou.
 Aos 16, minutos, Válter Marciano empatou: 1 x 1. Aos 28, Vavá desempatou, com a rapaziada virando o primeiro tempo na frente. Na etapa final, eles empataram, aos 8, com Mateos. Aos 21 minutos, Livinho voltou a desempatar: Vasco 3 x 2, e time espanhol na roda. Aos 39, Válter aumentou: 4 x 2. Aos 44, Kopa diminuiu: Vasco 4 x 3, formando com: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Valter Marciano; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga. O treinador era Martim Francisco.
Vasco 14 x 1 Canto do Rio -  Esta é a maior goleada da história dos campeonatos cariocas. Aconteceu em 6 de setembro de 1947, quando o “Expresso da Vitória” carregou o caneco, com uma superioridade indiscutível sobre a concorrência: 20 jogos, com 18 vitórias e dois empates, fazendo 68 gols, dos quais Maneca  marcou 14.
Detalhe: a rodada seguinte foi em 14.09, e  o Vasco venceu o seu maior rival, o Flamengo, por 2 x 1.A goelada sobre o “Cantusca” teve apito de Alberto Gama Malcher, em São Januário. Maneca (5), Ismael (5), Dimas (3) e Chico foram os “matadores”. O time teve: Barbosa, Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Chico. O treinador era Flávio Costa.

24 DE MAIO - ANIVERSARIANTE
); Marcelinho Carioca e Souza. Técnico: Antônio Lopes.


ANIVERSARIANTE DO DIA - Nascido em 24 demaio dee 1900, no Rio de Janeiro, vivceu até 23 de dezembro de 1987 (87 temporadas). Paschoal), enquanto viveu (até 23.12.1987), jamais deixou de frequentar São Januário, na qual esteve como ponta-direita, entre1922 a1932. Ele já chegou balançando a rede. No primeiro jogo, amistosamente, contra a seleção da Marinha, fez o único tento da partida. Dali, pelos próximos 10 anos, foi o dono absoluto de sua posição, a qual só a deixou quando uma contusão não lhe permitiu ir mais além.
Figura fundamental no time da conquista do primeiro título vascaíno na Série A do Campeonato Carioca, em 1923, Paschoal Silva Cinelli era tão veloz – chutava, também, com o pé esquerdo – que lhe apelidaram por "Trem de Ferro". Foi descoberto pelo treinador uruguaio Ramón Platero, quando jogava pelada na área chamada de Cais do Porto. Em 1924, com o Vasco enfrentando o racismo dos clubes de elite e escanteado para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, ele deitou e rolou nas redes dos times pequenos. 
Campeão carioca em 1922 (Segunda Divisão), 1923, 1924 (LMDT) e em 1929, Paschoal foi o símbolo dos primeiros Vascos vencedores. Durante a campanha do bi carioca (1923/24), ele totalizou oito gols (1 em 23 e 8 em 24), em 30 jogos (14 em 23 e 16 em 24). Em seu último título, em 1929, fez todos os 23 jogos e deixou quatro bolas no filó. Por sinal, naquele ano ele integrou o seu melhor time: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola: Paschoal, Oitenta e Quatro, Russinho, Marito Mattos e Santana. 
Paschoal deixou o seu nome registrado, também, na história de um dos maiores duelos vascaínos, o“Clássico da Amizade”, denominação em desuso, contra o Botafogo. No primeiro deles, em 22 e abril de 1923, em General Severiano, marcou umdos gols – Mingote e Cecy completaram os 3 x 1. Quando parou de jogar, trabalhou em uma loja de secos e molhados. (foto reproduzida de www.crvascodagama.com.br) Agradecimento. 

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