Vasco

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sábado, 14 de abril de 2018

69 - O VENENO DO ESCORPIÃO - JORNAL DA BAHIA OUVE RÁDIO SOCIEDADE DA BAHIA

 Para 1957, a Bahia anunciava a inauguração da sua primeira estação de televisão – TV Itapoã, Canal 5, afiliada aos Diários e Emissoras Associados – e o governador Antônio Balbino prometia esforços para recuperar o mercado do cacau.
 Por aquela época, a Rádio Sociedade da Bahia tornou-se uma das primeiras no país a instalar transmissores de 50 kilowatts. Também, partiu para as ondas curtas, com dois transmissor de 10 kilowatts, cada um. O mundo poderia, então, ouvir as notícias da economia, da sociedade, da poesia e da música baiana, entre outros itens.
 A inauguração muito festiva dos transmissores terminou sendo o maior acontecimento estadual durante os três últimos dias de 1956, levando a Salvador caravanas de colunáveis do Rio de Janeiro e de São Paulo, como já havia ocorrido, há pouco tempo, quando da inauguração da nova sede do Banco da Bahia.
 A madrinha dos aparelhos foi a primeira dama Tsyla Veloso de Carvalho, que recebeu uma corbeille, entregue por Atahis Carvalho, e foi agraciada, ainda, por uma jóia oferecida pelos  Associados. De sua parte, o prefeito de Sano Amaro da Purificação, Manoel Marques, presentou convidadas com pulseiras de balangandãs da Bahia.
Dentro das comemorações, o governador Antônio Balbino recepcionou e ofereceu um jantar aos convidados no Palácio da Aclamação e discursou durante a  inauguração da aparelhagem transmissora, no subúrbio de Água Comprida, onde o paraninfo foi Paulo Guzzo, presidente do Instituto Brasileiro do Café.     
 Ainda como parte da programação, a Casa Vogue, de São Paulo, premiou o fazendeiro Mário da Silva Cravo, do município de Santa Inês e escolhido pelos produtores, com um cheque de cr$ 50 mil cruzeiros, como incentivo para melhorar a qualidade do café fino, principal produto brasileiro de exportação. Ele doou o dinheiro à Casa da Mãe Pobre, de sua cidade, prêmio recebido no auditório da Rádio Sociedade da Bahia, “falando para o Brasil e o mundo”, como passou a dizer o vaidoso ouvinte da PRA-4. 

OBS: Fotos reproduzidas da revista "O Cruzeiro", sem constar o nome do fotógrafo.                         



  

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