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domingo, 1 de abril de 2018

DOMINGO E DIA DE MULHER BONITA - O MERGULHO DO PEIXINHO DOURADO

                      
Quem folhear as revistas da década-1950, principalmente “O Cruzeiro”, verá lindas brasileiras usando um maiô que trazia um peixinho dourado pela altura da virilha. A onda começou em 1954, quando a baiana Martha Rocha foi eleita Miss Brasil, durante concurso na na boate do Palácio Quitandinha, um hotel-cassino, em Petrópolis-RJ.
A partir de então, as “peixonas” brasucas passaram a mostrar a sua beleza durante o Miss Universo, nos Estados Unidos, concurso criado em 1953, quando o maiô Catalina entrou como patrocinador e a fornecer os seus modelos, tornando-se a acara da promoção que ocorria na praia de Long Beach, na ensolarada Califórnia.
O Miss Universo foi inspirado pelo International Pageant of Pulchritude (Desfile Internacional de Beleza), que rolou, de 1926 a 1935, chamando de “Miss Universo” à vencedora. Problemas econômicos nos EUA e a II Guerra Mundial deram uma paradinha na promoção. Em 1950, o Miss America, disputa da beleza norte-americano, foi à passarela, sob patrocínio dos maiôs Catalinae vencido por, Yolanda Betbeze.
No Brasil pós-guerra de 1955, a beleza baiana de Martha Rocha fez tanto sucesso que os Diários e Emissoras Associados entraram na promoção, transmitindo o desfile de Miss Brasil, que passou a ganhar “status” da futebolística Copa do Mundo.
Veio a décda-1960 e os maiô Catalina vestiram  as Miss Brasil e Universo Ieda Maria Vargas, gaúcha, em 1963, e Martha Vasconcellos, baiana, e 1968, bem como a Miss Beleza Internacional (3 lugar do Miss Brasil), Maria da Glória Carvalho, em 1968.  
Em 1971, a carioca Lúcia Petterle, então Miss Guanabara, foi eleita Miss Mundo, disputado pela segunda colocada do Miss Brasil. A catarinense Vera Fischer, que virou atriz e grande refereência de beleza loira, foi outra Miss Brasil vestida pela Catalina.
Eleições da mais bela brasileira não era, porém, cria da “Década Dourada”, como foram chamados os idos-1950. Já acontecera desde 1900, quando a primeira ‘Miss Brasil’ chamou-se Violeta Lima Castro, a apelidade “Bebê”.
Há pesquisadores, no entanto,  dando conta de que, em 1865, nos tempos imperiais já houvera isso, com coroa na cabeça de uma francesa naturalizada brasileira.
 Há histórias, também, de outras vencedoras na primeira metade do século 20, como a paulista Zezé Leone, em 1922; a carioca Olga Bergamini de Sá, em 1929; a gaúcha Yolanda Pereira, em 1930; as cariocas Ieda Telles de Menezes, em 1932, Vânia Pinto (primeira modelo profissional brasileira), em 1939 e a goiana Jussara Marques  em 1949.
Até 1981, o Brasil teve duas Miss Universo, quatro segundos lugares e várias candidatas entre as 15, 10 e  5 primerias colocadas. Em 2011, quando o Miss Universo foi disputado por aqui, pela primeira vez, o maiô Catalina ficou no passado, tendo sido trocado por um biquíni da mesma marca, por exigência dos novos tempos das transmissões televisivas.
De origem estados-unidense, o maiô Catalina foi fabricado no Brasil pelo Grupo Águia, sediado em Petrópolis-RJ. É uma história que começa em 1937, com imigrantes alemães introduzindo na cidade o manejo de máquinas para a fabricação de tecidos. Atualmente, o grupo fabrica na China.
Imagem reproduzida da revista carioca `O Cruzeiro`, com as miss destacando o peixinho em suas virilhas 



 

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