Garrincha pisou no gramado do Maraca, cercado por dezenas de repórteres e fotógrafos, e assanhou a galera tentando, por uma cinco vezes, a sua jogada tradicional sobre o lateral-esquerdo vascaíno Eberval. Mas não passou daquilo. Ao final do primeiro tempo, estava esgotado e foi substituído. No segundo tempo, Vasco da Gama 2 x 0, com Nado, aos 71, e Walfrido, aos 85 minutos, classificando o time para o quadrangular final. José Aldo Pereira apitou e o Almirante , treinado por seu ex-lateral-direito Paulinho de Almeida (década-1950).
Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Fontana e Eberval; Alcir e Buglê (Benetti); Nado, Adílson Albuquerue, Bianchini e Danilo Meneses (Walfrido) foi o time cruzmaltino, enquanto o Flamengo teve: Dominguez (Marco Aurélio); Marcos, Onça, Moisés e Paulo Henrique; Rodrigues Neto e Liminha; Garrincha (Zélio), Silva Batuta, Dionísio e Luís Carlos, dirigidos por Valter Miraglia.
Era a segunda vez em que o Almirante estragava uma festa do Garrincha. Em sua estreia pelo Corinthians, em 2 de março de 1966, no Pacaembu, a rapaziada lhe mandou 3 x 0. Mas ele pouco levava vantagem sobre os vascaínos, que lhe venceram em 20 pegas (empataram sete), sobrando 10 trifunfos botafoguenses para ele, história iniciada em 22 de agosto de 1953, quando levou 4 x 1. Em seu último duelo, foi anulado pelo marcador Oldair Barchi e o Vasco sagrou-se campeão da I Taça Guanabara, em 5 de setembro de 1965, com 2 x 0, no Maracanã.
ANTES DO TORTO
Coincidentemente, em um outro 30 de novembo, no de 1947, o Vasco da Gama mandou 5 x 2 Flamengo, tempos do Expresso da Vitória,que soltava fumaça na cara de quem pintasse pelos trilhos. O Flamengo, que o diga. Atreveu-se a encarar o gás da máquina, em um domingo, no estádio da Gávea, pelo Campeonato Carioca, e arrependeu-se, feio. Friaça (2), Maneca (2) e Lelé tocaram lenha na fogueira mostraram com´é que é (gíria da época). O time tocado pelo treinador Flávio Costa atropelou com: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Dimas, Maneca, Lelé e Chico. OBS: não tinha como ninguém parar a maquina. Na temporada-1947, o Almirante era tão superior à concorrência que que terminou o Casmpeonato Carioca invicto, com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Em 20 jogos, venceu 17 e empatou três.
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