Esta pernambucana arretada... |
Por volta de 1986/7, um colega do jornal Correio do Brasil, que agente chamava por Ricardinho Meia-Lauda, vivia pedindo-me uma vaga para uma amiga dele, de Recife.
Eu era o Editor de Esportes e o carinha dizia ser a tal uma fera na reportagem. Um dia, pintou vaga e a moça começou a trabalhar conosco.
Em pouco tempo, vi que aquele jornal era pequeno para ela e prometi-lhe falar com o meu amigo Editor de Cidade do Correio Braziliense, Sylvio Guedes, para leva-la.
A
repórter pernambucana não só fez sucesso no mais antigo diário brasiliense,
como casou-se com o cara, é mãe de Gabriel e de Helena, e avó de Liz. E
tornou-se a primeira mulher Editora Chefe de um jornal diário em Brasília –
parecia que o carago fora criado, exclusivamente, para os marmanjos.
Respeitável público: com vocês, Ana Dubeux! Claro
que a moça não tinha nada contra os homens, mas, aos poucos, foi entrando na
área deles e mandando-os buscar a bola no fundo da rede. Distinções que só eles
ganhavam, começaram a mudar de endereço, rumando para a estante de sua casa.
Entre as que me lembro estão: Prêmio Ayrton Senna - Editor-2006; Prêmio Esso de Jornalismo-Primeira Página: 2005, 2011 e 2012; Prêmio CNT de Jornalismo-2012, com a série de reportagens "Órfãos do Asfalto"; Troféu Mulher Imprensa-Editora-2005/2006 e Troféu Mulher Imprensa-a Diretora de Redação/Editora-2013.
Entre as que me lembro estão: Prêmio Ayrton Senna - Editor-2006; Prêmio Esso de Jornalismo-Primeira Página: 2005, 2011 e 2012; Prêmio CNT de Jornalismo-2012, com a série de reportagens "Órfãos do Asfalto"; Troféu Mulher Imprensa-Editora-2005/2006 e Troféu Mulher Imprensa-a Diretora de Redação/Editora-2013.
...só não fica careca de tanto ganhar prêmios porque usa capa amarela e é... |
Ana adorava fazer pautas e cobrir futebol, o que era raro, então, para as formosas donzelas, principalmente nordestinas.
No Correio do Brasil, ela ficou por pouco tempo. Pulou para a cobertura da capital do país e as suas cidades satélites, para o Correio Braziliense.
...fácil de ser encontrada pela The Net... |
Pronto! Abriram o meio-de-campo para Ana mostrar que a mulher jornalista merecia melhores passarelas para desfilar o seu talento. Tornou-se colunista da Editoria de Cidade, Subeditora, Editora-Executiva, Chefe de Reportagem e, enfim, a poderosa chefona. Mais? Primeira mulher a integrar o Condomínio do Diários Associados.
Tá bom, ou quer mais?
Se quer mais, anote: a avó de Liz segue fã intransferível e intransponível dos
Beatles, evidentemente, sem deixar de, de vez em sempre, dar um tapinha nos
gloriosos ritmos musicais de sua animada terrinha.
Ana é Editora
Chefe do Correio Braziliense desde
dezembro de 1997. No Jornal de Brasília esteve
entre janeiro de 1992 e dezembro de 1976. Como a profissão de jornalista é
muito dinâmica, ela trabalhou, ainda, para uma assessoria parlamentar
da Câmara dos Deputados e para a Agência Brasileira de Comunicação.
Pois bom, meu rei! Como você viu, este baiano aqui é o maior puxa-saco da gloriosa Ana Dubeux. Tanto que, certa vez, exercendo o meu ofício de escritor inédito e esgotado, bolei um conto com a Ana sendo heroína de expulsão de piratas de Pernambuco. No final, ao ser
indagada pelo Imperador sobre o que ela desejaria, por recompensa, respondia ao Pedro II:
...onde tem muitos artigos da hora à sua disposição. |
- Onde? - o Imperador
desconhecia o pedaço.
- Em Fernambuck! –
ela repetia, ante a ignorância do homem.
- Onde mesmo? - seguia burrão.
- Muito bem, Imperador. Se o piratão inglês James Lancaster sabia onde ficava Fernambuck, e o senhor, o chefe brazuca, desconhece a história das minhas plagas, a partir deste momento serei republicana - foi à vizinha Alagoas fuxicar nos oritimbós do Marechal Deodoro da Fonseca, que mandou os Orleans e Bragança pra tonga da mironga do cabuletê.
- Onde mesmo? - seguia burrão.
- Muito bem, Imperador. Se o piratão inglês James Lancaster sabia onde ficava Fernambuck, e o senhor, o chefe brazuca, desconhece a história das minhas plagas, a partir deste momento serei republicana - foi à vizinha Alagoas fuxicar nos oritimbós do Marechal Deodoro da Fonseca, que mandou os Orleans e Bragança pra tonga da mironga do cabuletê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário