Galo desmancha maracutaias no futebol mineiro e carregar caneco pra seu terreiro
A rivalidade Atlético-MG x Cruzeiro é tão forte que os dois só se encontram em jogos oficiais. Mas já se cruzaram, também, no que foi um autêntico amistosão. Estava o Campeonato Mineiro de 1981 em seus finalmentes, com o clássico Galo x Raposa marcado para a última rodada, antecedida por atleticanos contra Uberaba, em uma noite de quarta-feira, no Mineirão – 25 de novembro.
Como torcedores e radialistas da época adoravam histórias de maracutaias, espalhou-se que o Alético-MG escalaria time reserva diante dos uberabenses, para não vencerem e garantirem renda recorde no jogo seguinte, num domingo, diante dos cruzeirenses. Claro que a diretoria galense desmentiu. E mandou time principal para a peleja, o que fez a galera atleticana comparecer em grande número ao estádio 46.165 pagantes -, na expectativa de comemorar o titulo estadual naquela noite, antecipadamente.
Rola a bola e, aos oito minutos, o ponta-esquerda atleticano Éder Aleixo (foto abaixo), proprietário de um chute fortíssimo, capaz de derrubar um muro e um jegue amarado atrás, desperdiçou uma cobrança de pênalti. Inacreditável para a massa atleticana, que passou a desconfiar dos boatos e a achar que havia mesmo jacu baleado naquela história. Mas se acalmou, aos 17 minutos, quando o apoiador Toninho Cerezo complementou, de cabeça, cruzamento de bola por Reinaldo e abriu a conta: Galo 1 x 0. Quatro minutos depois, foi a vez de Reinaldo fazer 2 x 0 e muita comemoração da rapaziada das arquibancadas e da geral (ainda havia torcedor em pé, em volta do estádio).
Com a vitória e mesmo com o Cruzeiro mandando 3 x 0 Caldense na mesma noite, o Galo ficou tetracampeão mineiro, título que só havia escrito em 1955 e que valeu a secagem de três barris de chope, pois o clássico do domingo passaria a ser “amistoso”. Por ali, surgiu um novo boato: de que o Galo não comparecia ao estádio, pra sacanear o rival que contava com uma boa grana de renda. Mas não só compareceu como venceu e até saiu na porrada com o “grande inimigo”, que chegou a ter três atletas expulsos de campo – Nelinho, Eudes e Zé Henrique.
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