Vasco

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sábado, 15 de fevereiro de 2020

O VENENO DO ESCORPIÃO – O IZKROTINHO SAULO QUE VIROU ESTADO BRASILEIRO

 Antigamente, havia ditados populares – já em desuso – que eram verdadeiras leis. Quem não se lembra de, por exemplo: quem trabalha come; mais vale um pássaro nas mãos do que dois voando; Deus ajuda a quem trabalha; o que é do home o bicho num come; quem tem de ser, já nasce; o povo aumenta, mas não inventa. E etc, etc, etc. Mas rola um chute pra fora nesses ditos do povo: pau que nasce torto vive sempre torto.
 O desmentido a este ditado popular está nos  textos religiosos antigos, no que diz respeito a Saulo de Tarso, um playboyzinho, escrotinho, grandecíssimo filho da puta, que só pensava em se dar bem. Um dia, ele se deu mal, para o seu bem, e o pau que era torto deixou de ser torto.
Reproduzido de www.portaldasmissões.com.br
Saulo, que ansiava por ocupar a cadeira de Gamaliel, no Sinédrio de Jerusalém, arrumou uma encrenca com o pregador cristão Estevão, que antes de ser batizado por Pedro e tornar-se cristão era Jeziel, habitante de Corinto.  Saulo não sossegou enquanto não o condenou ao apedrejamento.
 Como, inicialmente, não encontrou, dentro da lei, elementos para acabar o desafeto (só da parte dele), arrumou um chegado para fazer denúncia falsa contra o cara que ele acusava de ser feiticeiro, subversivo, elemento ativo, nocivo ao bem estar comum e destruidor das Leis de Moisés. Além disso, meteu na cadeia Pedro, João, Felipe e quem mais seguisse a palavra de um carpinteiro alucinado, como classificava Jesus Cristo.
Denúncia falsa feita, Estevão foi preso, condenado e apedrejado. Alegre pelo seu sucesso, Saulo de Tarso distribuiu convites para a chacina que presidiu, oferecendo vinho aos convidados. E convenceu a sua noiva Abigail a ir com ele ao circo armado. A moça, não queria ir, mas, para não desagradar ao noivo, concordou pintar na parte final do massacre, quando o homem já estivesse mais pra lá do que pra cá. Então, por ali, ela descobriu que o massacrado era o seu irmão Jezial,  condenado pelo seu noivo, que não sabia daquilo.
 De tão escrotão que era, Saulo de Tarso dispensou a noiva, alegando que não poderia desposar irmã de inimigo. Jezial, em seus estertores, o perdoou, bem como Abigail. Mesmo assim, acima de tudo, estava a sua vaidade, e ele preferia comemorar vitória como condenador, de olho na cadeira de Gamaliel, que já simpatizava com a filosofia dos homens do Caminho - primeiro nome do cristianismo.
Saulo de Tarso é também chamado por Paulo de Tarso, Apóstolo Paulo, São Paulo Apóstolo, Apóstolo dos Gentios por São Paulo. À época em que o seu esporte predileto era perseguir, ferozmente, os primeiros discípulos do Jota Cristo (34, 35 DC), durante viagem Jerusalém-Damasco, segundo a Bíblia, para prender cristãos, ele teve a visão de Jesus Cristo coberto por grande facho de luz, e ficou sem ver nada durante três dias, até que Ananias o curou e o batizou.
Saulo parou de caçar e encarcerar pessoas inocentes, e passou a buscar o  bem, fazendo tabelinha com Pedro e Tiago. Tornou-se um dos líderes de nascente seita e escreveu 13 epístolas do Novo Testamento, embora sete delas sejam contestada por estudiosos mais modernos. Logo, foi um pau que nasceu torto e não viveu sempre torto, o que significa que toda lei tem brecha na lei. Inclusive, a dos ditos populares.

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