LP lançado após estouro do compacto Fuscão Preto |
Por aquela época, Almir Rogério era mais um cantor que tentava acontecer na linha das baladas românticas, mais um concorrente de Agnaldo Timóteo. Mas não deu pra encarar. O sucesso não pintou.
Por aqui
entra aquela história do sacomé, né? Almir
estava em Brasilia e, andando pelas ruas da capita
federal, ouviu um moleque cantando algo que achou interessante. A
melodia tomou conta de sua cuca e ele decidiu grava-la.
Motoqueiro aprendeu as sacanagens do dono do Fuscão preto |
O rapaz de Bragança Paulista vendeu 1,5
milhão de discos, passou 43 semanas nas paradas de sucesso do Rio de Janeiro e
de São Paulo e motivou a gravação de 39 versões do hit car,
lançado, em 33 rotações, por compacto simples de vinil, com uma música de cada
lado. Botou no bolso o então maior sucesso da música sertaneja, O Menino da Porteira, lançado por Sérgio
Reis, em 1973.
Fez sucesso e foi com Xuxa ao cinema |
Com tanta
badalação, o Fuscão Preto não ficava mesmo na garagem. Teve paródias, respostas e
foi parar nas telas dos cinemas, com um dos filmes estrelado por Xuxa e com
Almir Rogério participando. Um outro, estrelado por Denise Dumont e Monique
Lafond, duas divas da hora, contava história de moças do interior seduzidas
pelo cheiro da gasolina do automóvel.
Enquanto
isso, Almir Rogério aproveitou o sucesso que pintou por conta do modelo
imaginado por Ferdinand Porsche, na Alemanha de 1935, e lançou um LP (discos com
12 a 14 músicas, em 33 rotações por minuto) em que o novo herói era O Motoqueiro, sujeito que roubava a
passageira de um Fuscão preto, no dia do casamento dela – o cara trocara
o besouro pela motoca?
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