Vasco

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

ALMIRANTE BOTOU PRA DESCARRILHAR

Martim virou livro,  por
 Lígia Leite e Mauro Fiuza
O Almirante não bota só pra afundar. Também, joga pra fora das bitolas. Pergunte aos pesquisadores e historiadores do São Paulo Railway. N o 21 do fevereiro de 1945, o dono dos mares – e do gramado, naquele dia - sapecou  9 x 1, amistosamente, em São Januário, no visitante paulistano. Imagine se não fosse amistosamente.
Mas não confunda este time fora dos trilhos com o atual São Paulo Futebol Clube. Corta essa! O atual Tricolor do Morumbi é descendente do São Paulo da Floresta, é outro departamento. Vasco da Gama 9 x 1 São Paulo Railway foi o único pega entre ambos.
Com menor apetite, passadas 32 temporadas, o Almira viu o Santo baixar no terreiro do Maracanã e o exorcizou: Vasco da Gama 3 X 0 São Cristóvão, em 1979, pelo Campeonato Estadual Especial.
Pena que o Santo foi mandado pro Inferno sob as vistas de pouca gente, apenas 9.575 presentes. Washington Oliveira, Guina e Ramón Pernambucano foram  os castigadores, enquanto a patota infernal era:  Leão; Orlando Lelé, Abel Braga,  Geraldo e  Marco Antônio (Gaúcho), Helinho e Paulo Roberto; Guina, Wilsinho (Zé Mário), Ramón e Washington Oliveira.
E, já que estamos falando de Santo, que tal falar do Diabo? Não do São Tanaiz, mas do América-RJ. Este teve os seus chifres cerrados pela Turma da Colina, durante a Taça Guanabara-1990, com o fogo da vitória ardendo no gramado do Maraca,  esquentando 16.501 almas que rezaram pelo sucesso de: Acácio; Luis Carlos Winck, Marco Aurélio, Quiñonez e Mazinho; Andrade, William (Roberto Dinamite), Tita e Bismarck; Bebeto e Sorato (França) - Sorato, aos 20e aos 44 minutos sacaneou o capeta, queimando as suas redes.
 Detalhe infernal: quando o Diabo atenta, até um sujeito calmo, tranquilão, como o mórmon Tita, termina expulso de campo.
O saco de maldades do Almirante ainda não foi fechado. No glorioso de 1991, pela Copa do Brasil, o castigado foi o amazonense Rio Negro: 5 x 0.
Aconteceu na Colina e o malvado Delegado Antônio Lopes mandou estes caras fazerem o serviço: Acácio: Ayupe, Jorge Luís, Tosin e Eduardo; Luisinho Quintanilha, Roberson e William (Luciano). Sorato e Tiba (Júnior). Foi um serviço tão bem feito que até Zé do Carmo, que não era muito de meter o pé na rede, meteu dois – Sorato, Júnior e Luciano terminaram de enfiar a cabeça do Rio Negro debaixo d´água.
Mais nos 21 de fevera: 1943 - Vasco 1 x 0 Santos; 1957 - Vasco 1 x 0 Grêmio-RS;  1968 – Vasco 2 x 1 Atlético-MG. 
No que diz espeito a velinhas ardendo, quem as assoprou nos 21 de fevereiro - parabéns para eles - foram o treiandor Martim Francisco, o golador Evair e o apoiador Donizete Oliveira.
Evair, seguindo Edmundo, comemora gol, em foto reproduzida de www.cbf 
Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nascido na minera Barbacena, em 1928, teve duas pasagens pela Colina: 1956/1957 e 1961/1962.  Ajudou o Almirante a carregar dois canecos para a Colina: do Campeoanto Carioca-1956 e do Torneio de Paris-1957, nete botando na roda o então maior tome do planeta, o espanhol Real Madrid.
Evair Aparecido Paulino é coterrâneo de Martim Francisco, mas tendo nascido em Ouro Fino, em 1965, temporada em que o Vasco da Gama conquistou o título da primeira disputa homenageando o Rio Quatrocentão, o Torneio Internacional de Verão. Esteve vascaíno, por 36 pugnas e 12 bolas no filó, tendo sido campeão do Brasileirão-1997, sua única temporada na Colina.
Donizete Francisco de Oliveira, nascido na paulista Bauru, em 1968, disputou 15 jogos, em 2001, sem marcar gols, pelo Almira, atuando pelo meio-campo.     

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