O Club de Regatas Vasco da Gama tem nome de mestre
dos mares e foi criado em uma cidade litorânea, o Rio de Janeiro. Mas, em
determinados momentos de sua navegação, andou afundando marinhagens.
Foi o que
fez, em 1948, com o time do Litoral, da Bolívia, que nem tem mar.
Mergulhou-lhe 2 x 1 no placar. Que onda! Caminho nem tanto marítimo para
o Almirante navegar e trazer, do Chile, o caneco do Campeonato
Sul-Americano de Clubes Campeões.
O Vasco
da Gama estreou na disputa, no 14 de fevereiro, remando para o primeiro título
de um clube brazuca nas estranjas, diante de 34
mil almas alojadas no Estádio Nacional de Santiago, onde Lelé meteu duas bolhas
no tanque, sob aplausos de Barbosa, Rafagnelli (Augusto) e Wilson; Ely, Danilo
e Jorge; Djalma (Friaça), Lelé, Ismael (Maneca) e Chico, treinados por Flávio
Costa.
Desde
aquela época que o Almira não dava bolas para times de
mariscos. No entanto, no 14 do fevêra de 1982, pegou um time
litorâneo, apelidado por Peixe, e tascou-lhe 3 x 0 nas guelras,
pelo Campeonato Brasileiro.
Daquela
vez, pescou o não milagreiro Santos, no Maracanã, com iscas atiradas
pelos pescadores Cláudio Adão, Pedrinho e Wilsinho, sob as vistas
de 42.959 pagantes. Antônio Lopes estava no no leme da nau que
conduzia: Mazaroppi; Rosemiro, Rondinelli, Ivan e Pedrinho; Serginho, Marquinho
e Dudu: Wilsinho, Cláudio Adão, Roberto Dinamite e Renato Sá.
Deixemos,
agora, assuntos litorâneos de lado, pois o Almirante pode
contar, também, assuntos a seco, como Vasco da Gama 3 x 0 Goytacaz-RJ, de 1979,
quando as federações de futebol da antiga Guanabara e do Rio de Janeiro foram
fundidas.
Por
aqui, rolou um rolinho. Criaram uma disputa extra, como fase final da
inicial disputa da nova entidade, ficando as pugnas de 1978 dadas por
classificatórias para 1979, por determinação da Resolução Nº 4/78 do antigo
Conselho Nacional de Desportos.
A partir
de 25 de janeiro de 1979, fizeram o Campeonato Especial, com o primeirão
Estadual da FERJ-Federação Estadual de Futebol do Rio de Janeiro ficando para
rolar de maio a setembro.
Veio
o 14 de fevereiro, no Maracanã, e a moçada - Leão;
Orlando Lelé Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio; Helinho,
Paulo Roberto e Washington Oliveira; Ramón Pernambucano; Paulinho (Zé Mário) e
Paulo César (Gaúcho) - bateu no time de Campos-RJ, diante de 9.391
pagantes. Como já é folha virada, Folha (contra) abriu a conta, para o uruguaio
Washington Oliveira e Gaúcho fecharem.
Reprodução de www.netvasco.com.br -agradecimento |
Como Almira é
assim: toca o terror no Maraca e também na selva. Em 2007, foi
à amazônica Manaus enrolar o Rolo Compressor local,
o Fast Club, no 14 fevereiríssimo, pela Copa do Brasil, no
Estádio Vivaldo Lima. Também apelidado por Tricolor de Aço,
orgulhoso por já ter vencido (3 x 2) o Vasco (27.06.1968), o anfitrião
cultivava o que para ele era uma lenda.
Veio a
pugna nas barbas da selva e 27.821 almas pagantes comparecem ao evento que
totalizou 34.696 presentes, com os caronas e que aplaudiram (mais uma) a virada
da Turma da Colina: 2 x 1, por ordem do chefe Renato Gaúcho Portaluppi
e cumprida por: Cássio; Eduardo Santos, Gustavo Breda (Anderson Luiz), Jorge
Luiz e Sandro; Amaral, Júnior (Renato), Madson e Morais; Marcelinho
e Alessandro (Alan Kardeck).
Pois é! Na data em que tudo isso acontecia,
nascia, em 1918, o glorioso músico e compositor brazuca Jacob do Bandolim, e, em 1946, o cantor/compositor Dicró, que
torceu pelo Almira até 2012.
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