Pernambucano, brazuca e kinzemarcista |
O
15 de março, politicamente, é data incorreto na história brasileira. Nele, em
1789, Joaquim Silvério dos Reis entregava carta-denúncia
contra os inconfidentes mineiros.
De outra parte, quase dois séculos depois, o Club de Regatas Vasco
da Gama deixava de ser sediado em república de estados unidos, para ser de
república federativa-1967.
Passados mais oito temporadas, deixava de ser guanabaraino, para ficar sendo do Rio de Janeiro, que passara por fusão com a Guanabara-1975.
Passados mais oito temporadas, deixava de ser guanabaraino, para ficar sendo do Rio de Janeiro, que passara por fusão com a Guanabara-1975.
Mais 10 temporadas se foram e os torcerdores vascaínos viam o
Brasil empossar José Sarney como o seu primeiro presidente civil, após 21
anos de ditadura miliar.
A data registra os nascimentos do maior sociólogo brazuca, Gilberto
Freyre, que viveu entre 1900 a 1987, e do gande botânico norte-americano
Liberty Hyde Bailey (1858 a 1954).
Entre os atletas vascaínos, desembarcaram no planeta dois
grandes atacantes: 1971 – Euller Filho
do Vento; 1972 - Valdir Bigode. Leia abaixo sobre as passagens deles pela Rua Geral Almério de Moura. Combinado?
BOLA QUE ROLA - No
futebol, os 15 de março tiveram três confrontos cruzmaltinos contra times com
uniformes em preto e branco. Se bem que o Santos FC considera o Vasco, também,
um alvinegro. Tanto que o convidou para a sua Semana Alvinegra, na
década-1940. Adversários alvirrubros, rubro-verdes celestes também estão no
caderninho.
VASCO 3 X 0 BOTAFOGO-RJ - O time
da estrela solitária, em uma quinta-feira, foi o primeiro alvinegro batido nos
15 do 3, valendo pelo Torneio Relâmpago-1944 e por 3 x 0 ecrito no placar do
etádio das Laranjeiras. O prélio, apitado por Durval Caldeira, teve gols
por Djalma (39 min) e Chico (42 e 75), e o treinador Ondino Viera escalando:
Yustrich, Zago e Rafagnelli; Alfredo II, Ely e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaias,
Jair e Chico.
Treinador uruguaio Ondino Viera (C) reproduzido da revista Esporte Ilustrado |
VASCO 3 X 1 BOTAFOGO-PB - Este foi vencido em tarde de uma quarta-feira, em João Pessoa, no jogo de ida pela segunda fase da Copa do Brasil-2000, no Estádio Almeidão, em partida assistida por 3.399 pagantes.
Romildo Corrêa-SP apitou a peixeirada no bucho dos paraibanos, com cravadas a cargo de Edmudo (28 min); Dedé (85), e Paulo Miranda (90).
Treinado por Abel Braga, a formação mostrou: Hélton; Paulo Miranda, Odvan, Alexandre Torres e Felipe; Amaral, Nasa e Alex Oliveira (Helder); Pedrinho (Marica), Edmundo e Viola (Dedé).
VASCO 3 X 0 AMÉRICA-RJ - Até a
década de 1970, o Diabo Rubro ainda foi considerado um
dos grandes cariocas. A partir dali entrou em queda
livre. Por exemplo, em 15 de março de 1993, nem teve como oferecer resistência
aos vascaínos. Foi batido pelos gols de Valdir Bigode (67
min) e de William (76 e 84). Naquele dia, uma segunda-feira, o técnico
Joel Santana escreveu mais uma vitória vascaína em seu currículo, valendo pela
Taça Guanabara do Estadual-1993, no Maracanã. O antigo clássico foi
assistido por 4.084 pagantes, apitado por Daniel Pomeroy e teve a Turma
da Colina armado assim: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e
Cássio; Sidnei (Geovani) Leandro Ávila, Wiliam e Carlos Alberto Dias; Valdir e
Bismarck (Vitor).
VASCO 2 X 1 PALESTRA ITÁLIA-SP -
Este mudou de nome e teve vários distintivos até ser Palmeiras. Desde 28 de
setembro de 1924 - era branco verde e vermelho no escudo - , quando o duelo
começou (amistosamente). Até 28 de agosto de 1940, foram 23 confrontos, com
o Almirante consguindo cinco vitórias e 12 empates.
Na fase Sociedade Esportiva Palmeiras, o pega vem de 14 de fevereiro de
1943. Em 15 de março de 1992, os 2 x 1 vascaínos foram no antigo
paulistano Parque Antarctica, pelo Campeonato Brasileiro, diante de 21.457
pagantes e com gols marcados por Bebeto (17 e 30 min). Com apitos por Márcio
Rezende de Freitas-SC e time treinado por Nelsinho Rosa, o Vasco foi: Regis;
Luis Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Eduardo (Cássio); Luisinho,
William e Flávio; Edmundo, Bismarck e Bebeto.
VASCO 2 X 1 CRUZEIRO valeu pela
Taça Libertadores-1999, em São Januário, apitado por Carlos Eugênio Simon
e assistido por 16.347 pagantes. Foi vitória de virada, com Luizão
empatando (27 min) e Donizete Pantera (56) na rede. O time era
dirigido por Antônio Lopes, que escalou: Carlos Germano, Maricá (Vítor), Géder,
Mauro Galvão, Felipe, Nélson (Válber), Nasa, Vagner (Fabrício Eduardo),
Pedrinho, Donizete e Luizão.
FERAS VELINHANTES
Reprodução de www.paixaodagama.blogspot.com - agradecimento |
Euller Elias de Carvalho, para os locutores esportivos, era o Filho do Vento, por ser
um atacante muito veloz.
Nascido, em 1971, na mineira Felixlândia, defendeu o
Vasco da Gama, de 2000 a 2001, sendo considerado por Romário “o jogador mais importante do time”,
principalmente, porque dele recebia lançamentos que terminavam com bola na
rede.
De sua parte, em 83 jogos vascaínos, Euller mandou 28 bolas na caçapa. Foi campeão, em 2000, do Campeonato Brasileiro e da Copa
Mercosul, e, em 2001, da Taça Rio.
Foi como membro
da Turma da Colina que Euller chegou
à Seleção Brasileira. Disputou sete jogos e marcou três gols, um deles no 8 de
outubro de 2000, quando os canarinhos mandaram 6 x 0 Venezuela, pelas Eliminatórias
da Copa do Mundo, na colombiana Maracaibo - e todos os gols foram vasccaínos – Romário (4), Juninho Pernbambucano e Juninho
Paulista completaram o placar.
Reprodução de wwwsupervasco.com - agradecimento |
Valdir de Morais Filho é o Valdir Bigode, por cusa de um
bigodinho que sempre usou. Carioca, chegante em 1972, destascou-se na Taça São
Paulo Júnior-1992, quando o Vasco da Gama conquistou seu único título das mais
importante disputa nacional da categoria. Profissionalizou-se, na mesma
temporada, e teve duas duas passagens pela Colina: 1992 a 1994 e de 2002 a
2004, totalizando 226 partidas.
Valdir
foi o principal artilheiro dos Estaduais-RJ-1993 e 2004 e é o 11º da história
do Vasco da Gama, com 144 na caçapa.
Com a jaqueta colineira, tem estes títulos, como matador a mando do Almirante:
1991 - Torneio de Verão Jose de Trujillo; 1992 – Taça São Paulo de Futebol (Júnior); 1993; Troféus Cidades de Barceloona e de Zaragoza-ESP-1993 e, também, Torneio João Havelange-RJ-SP; Campeonato Estadual-RJ-1992/1993/1994 e 2003; Taça Guanabara-1992, 1994 e 2003; Taça Rio-1992/1993, 2003/2004.
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