Vasco

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sábado, 28 de março de 2020

A DESPEDIDA DO ÍDOLO EDMUNDO

                                            
Jogado parte do amistoso de 28 de março de 2012, não faltou mais nada na vida desportiva de Edmundo. O carinho da torcida vascaína, durante o seu Jogo de Despedida, em São Januário, lhe fez dizer que “jamais deveria ter saído de onde se projetou” - depois, passou por Palmeiras, Flamengo, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Fluminense, Nova Iguaçu-RJ e Figueirense, no Brasil, e por Fiorentina e Napoli-ITA, além de Tokio Verdi e Urawa Red Diamonds-JAP.
Vasco da Gama 9 x 1 Barcelona equatoriano, que não trouxe os seus principais atletas, ficou em segundo plano, se comparado à festa da torcida.
- Eu não esperava por isso, principalmente por ser final de mês e com o ingresso caro. Até telefonei, pedindo para abaixarem o preço. Mas foi lindo. Eu precisava disso -, revelou, após o jogo.
Saiu tudo como Edmundo queria. Vestiu a camisa 10 e marcou dois gols. Um deles cobrando pênalti para o o canto direito do goleiro, que não teve chance de defesa. O segundo foi a síntese da sua velha categoria e esperteza: complementou, de primeira, desviando chute de Fagner.
No momento de comemorar os gols, Edmundo não esqueceu da molecagem, do requebrado, da gingado que marcaram a sua irreverência. Só mesmo uma pane na energia elétrica do estádio pôde apagar os seus momentos de brilho.
- Pena que as pernas não acompanha mais o cérebro - reclamou. Mesmo aos 41 de idade, ainda driblou e lançou, mesmo vendo dava mais para competir com a juventude dos marcadores.
FESTA NO CEU - O telão do estádio mostrava as principais cenas do ídolo, como um  golaço contra o Flamengo, em 1997. Edmundo, no túnel, estava muito emocionado, para ir ao gramado. Foi recebido com queima de fogos. Das arquibancadas, ouviu o velho grito: “Ah, é Edmundo”.
Após a execução do hino do Vasco, com os torcedores cantando, o presidente vascaíno, Roberto Dinamite, discursou e  entregou ao apelidado Animal. Depois, a bola rolou para o fetival de gols. Ao marcar o seu primeiro tento na partida, no pênalti forçado por Thiago Feltri (falta na entrada da área, se atirando dentro) Edmundo cobrou e marcou seu 136º gol vascaíno. Em seguida, gritou:
- Obrigado! - apontando e se curvando ante as arquibancadas.
No gol de Alecsandro, em lance com a participação de Edmundo, o goleador o homenageou, imitando uma de suas comemorações. O Barcelona fez o dele, em falha de Dedé, mas logo  Juninho descontou.
Na etapa final, houve muitas trocas. O Vasco marcou, ainda, com Éder Luís (2), Felipe Bastos, de falta, Diego Souza e Allan. Aos 40 minutos, Edmundo saiu, ao som do hino cruzmaltino. A galera gritava: “Ah, é Edmundo”. O Animal levou a bola do jogo, enrolado na bandeira do Vasco, e chorava, acenando para os torcedores. 
Pelo Vasco da Gama, jogaram: Prass (Alessandro); Fagner (Allan), Dedé (Fabrício), Renato Silva e Thiago Feltri (DieysonT); Rômulo (Nilton), Juninho (Abelairas), Felipe e Edmundo (William Barbio), Eder Luis (Fellipe Bastos) e Alecsandro (Diego Souza). Técnico: Crstóvão Borges.  O Barcelona equatoriano teve: Morales (Vera Gines); Cedeño, Anderson, Espinoza (Zamora) e Mercado (Washinton Vera); Assencio, De la Torre, Torres e Mina (García); Bueno (Montaño) e Rosero. Técnico:   Carlos Gruezo
A cronologia dos gols foi:  Edmundo, aos 12 e aos 34; Alecsandro, aos 22; Asencio, aos 39, e Juninho, aos 40 minutos do 1º tempo; Éder Luís, a 1; Fellipe Bastos, aos 21; Éder Luís, aos 25; Diego Souza, aos 31, e Allan, aos 45 minutos da etapa final. Marcelo de Lima Henrique-RJ apitou, o público atingiu 16.021 pagantes e 21.247 presentes, e a renda fico por  R$ 528.330,00.

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