Vasco

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sábado, 4 de setembro de 2021

REVKIKE - Nº 20 - AZULÃO DA COLINA

                               ARTE POR RENATO APARECIDA 

A camisa azul faz parte da história da Seleção Brasileira, desde o 3 de janeiro de 1937, quando a rapaziada enfrentou o Chile, pelo Campeonato Sul-Americano, e teve de pegá-la emprestadas, com o argentino Boca Juniors. À época, não era comum os uniformes reservas.

Em Copas do Mundo, a Seleção Brasileira ficou azul, pela primeira vez, em 5 de junho de 1938, na França, para enfrentar a Polônia, que jogava, também, de branco. Pediu-se camisas emprestadas, provavelmente, ao Racing, de Estrasburgo, local da partida. Foram jaquetas com azul mais leve, sem o escudo da CBD-Confederação Brasileira de Desportos, por falta de tempo  para apregá-lo.

Pesquisadores citam que o escrete nacional voltou a ficar azul, em 1939 e entre 1949 e 1957, sem citar contra quem jogou. Para muitos, a história começa mesmo no 29 de junho de 1958, em Brasil 5 x 2 Suécia, valendo o primeiro título mundial da rapaziada. Conta-se que, por os dois times usarem o mesma amarelo, foi feito sorteio, ganho pelo rival, que, então, amarelou as suas camissas. Nesse ponto, entra a história de que o chefe  da delegação, Paulo Machado de Carvalho, muito supersticioso, não queria ver a rapaziada jogando com o brancao dos 1 x 2 Uuguai, da Copa-1950, e teria mandado o massagista Mário Américo e o roupeiro Francisco de Assis comprar as azulonas, da cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, para os católicos. O escudo da CBD e a numeração, retirados das amarelonas das partidas anteriores, foram, então, costurados às pressas para a finalíssima do Mundial.

Tal história, no entanto, era constestada pelo criador da camisa canarinha, o gaúcho  Aldyr Garcia Schlee - jornalista, escritor, professor universitário -, garantindo que a camisa azul existia, por sua sugestão, também, da mesma época da canarinha. “Desenhei-a com a gola pólo, sugerindo, também, gola olímpica. A camisa azul foi levada para Suécia, pois nenhuma seleção ia à Copa do Mundo levando só um jogo de camisa. Inventaram  a compra (das camisas azuis) na manhã (do jogo) de domingo, quando não haveria tempo para se costurar tudo”, comentou ele, em entrevistas de 2014.          

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 Até capotar na Copa do Mundo-1950, a Seleção Brasileira jogou por 13 vezes,de branco,  em Mundiais, com sete vitórias, dois emptes e quatro escorregadas. Com ela, venceu os Sul-Americanos-1919/1922/1949.

Após Suécia-1958 - contando com os vascaínos Bellini, Orlando e Vavá, que marcou dois gols, além do roupeiro Assis e do masagista Mário Américo, que já havia sido -, a Seleção Brasileira só voltou a usar azul nos 3 x 1 Polônia. Era uma tarde de quinta-feira e o cara foi o vascaíno Roberto Dinamite, com dois gols, aos 12 e aos 17 minutos do segundo tempo, diante de 39.596 almas, ou mais de 40 mil presentes. Um outro cuzmaltino presente ao jogo chamava-se Dirceu Guimarães e integrou a Turma da Colina, entre 1977/1978, por 25 partidas e duas bolas nas redes. Na mesma temporada-78, foi negociado com o América, do México. Da rapaziada daquele prélio, o goleiro  Leão (1979 a 1980, em 27 jogos) havia sido vascaíno, enquanto Jorge Mendonça entrou nessa história, em 1980, com 21 jogos e 11 tentos.

Próximo uso das camisas azul: 28 de junho de 1994, em Brasil 1 x 1 Suécia, no estádio Pontiac Silverdome, em Pontac, no Michigam-EUA. Romário marcou o gol brasileiro no prmeiro minuto do segundo tempo, diante de 72.217 pagantes. Ele foi vascaíno em quatro oportunidades: 1985 a 1988; 2000 a 2002; 2005 a 2006 e de 2007 a 2008, marcando 313 gols. Além dele, quatro outros atletas que passaram pela Colina estiveram na partida - Jorginho Amorim (1999 a 2001, 99 jogos e dois gols); Dunga (1987, 23 jogos e três gols); Bebeto (1989 a 1992 e em 2001, 123 jogos e 61 gols)  e Mazinho (1985 a  1990, 232 jogos e 17 gols) - haviam vestido a camisa vascaína.  

No mesmo Mundial, em 9 de julho de 1994, rolou  Brasil azul nos 3 x 2 Holanda, pelas quartas-de-final, no estádio Cotton Bowl, em Dallas, no Texas,  diante de 63.500 torcedores. Jorginho, Dunga, Mazinho, Bebeto e Romário estavam nesta, com os dois últimos batendo na rede. E levaram o time à finalíssima, terminada no 0 x 0 e que teve prorrogação e decisão nos pênaltis, vencidos pela rapaziada, mas com a camisa canarinha.

                                  LEIA, AMANHÃ, A NOIVASKAYNA

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