O Vasco já formou
times de fazerem verdadeiros “carnavais” em cima dos seus adversários, como se
falava, antigamente. De quebra, o 'xerifão' Brito e o atacante Sabará eram
mestres nos sambas dos velhos carnavais cariocas. Mais pra frente, teve um meia
aloirado apelidado por Toninho Vanusa, em alusão à “blondice” de uma cantora
homônima de muito sucesso na década-1960.
Quando aderiu ao
futebol, em 1916, o Vasco conviveu com o som de “Pelo Telefone”, de Mauro
Almeida e Dunga, o primeiro sambinha gravado no país. Em 1917, o seu torcedor
Alfredo da Rocha Viana, o Pixinguinha, aos 20 anos, compôs o maior clássico da
música popular brasileiro, “Carinhoso”, em parceria com Braguinha, e o escondeu
por 11 anos, por achar que ninguém aceitaria algo que contrariava os modelos da
época. Choro deveria ter três partes, e a sua criação só tinha duas.
Chegam os
anos-1950, e eles vão embora com Wagner Maugeri, Maugeri Sobrinho, Lauro Müller
e Victor Dagô mandando o torcedor cantar que “A Taça do Mundo é nossa”. Nossa e
buscadas na Suécia com a força dos vascaínos Bellini, Orlando e Vavá. Os
'canarinhos' e os 'azulões' fizeram o mundo rebolar. Como nos tempos do
iê-iê-iê, dos vascaínos Roberto e Erasmo Carlos, na Jovem Guarda, na
década-1960. Enfim, o Vasco já pegou o embalo da polca, do samba-canção, do
bolero, de guarânias, lambada, enfim de tudo. É uma instituição com muito
swing.
Swing? Um filho do
jazz. Como a Bossa Nova. Como o Vasco, que criou bossas novas como pretos,
pobres e analfabetos jogando futebol, em uma época repleta de preconceitos. Por
isso, um dia, o Swing foi parar em
São Januário , já com o seu apelido da grafia dos tempos
de Prudentina-SP abrasileirada para Suingue.
Álvaro Aparecido Pedro
era o nome do apoiador, nascido em 13 de março de 1946, em
Rancharia-SP. Viveu durante 67 anos e esteve vascaíno
depois de passar, também, por Palmeiras (1966/1968), Corinthians (1969/1973) e
Fluminense. Depois do Vasco, ainda passou pelo paraense Clube do Remo.
Pendurada as chuteiras, foi treinador em sua terra e juiz de futebol, no
Espírito Santo.
Suingue tinha uma boa estatura para o atleta do seu tempo:
1m75cm. Calçava chuteiras nº 41 e os seus cabelos e olhos eram castanhos
claros. Filho de José Antônio Pedro e de Palmeira Lopes Pedro, foi devoto de
Nossas Senhora Aparecida. Profissionalizou-se, pela Prudentina, em 1962, umano
em que rolava muito swing pelas ondas longas e curtas das rádios brasileiras. (foto reproduzida da Revista do Esporte Nº 376, clicada por Osmundo Salles, Dom Carlos Menezes, Jorge Renato ou Arnaldo Campos).
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