Vasco

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quinta-feira, 10 de julho de 2014

NO MUNDO DA COPA - JK

No dia 24 de junho de 1958, a Seleção Brasileira enfrentaria a francesa, pela Copa do Mundo, na Suécia. Se vencesse, seria finalista. 
Empolgado com as vitórias dos “canarinhos”– 3 x 0 Áustria; 2 x 0 URSS e 1 x 0 País de Gales, além do 0 x 0 Inglaterra – o presidente Juscelino Kubitscheck convidou Guiomar, a mulher do meia Didi, o craque daquele Mundial, e Miriam, a noiva do centroavante Vavá, para irem ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, ouvirem a narração da partida, juntamente com a torcida que ele teria ao seu redor.
Naquele dia, o Brasil goleou os franceses por 5 x 2, no Estádio Rasunda, em Estocolmo, diante de 27.100 pagantes, sob arbitragem de Mervyn Griffiths, do País de Gales. O cruzmaltino Vavá abriu o placar, aos dois minutos. Just Fontaine empatou, aos 9,mas Didi desempatou, aos 39, terminando o primeiro tempo em Brasil 2 x 2. Na etapa final, Pelé carimbou as redes, aos 52, 64 e 75 minutos. Aos 83, Piantoni ainda fez mais um para os europeus.
O Brasil da torcida de JK venceu a França contanto com: Gilmar: De Sordi e Bellni; Orlando e Nilton Santos: Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo.

No mesmo momento em que o JK ouvia Oduvaldo Cozzi, pelo rádio, o presidente da França, René Coty, almoçava, no Palácio dos Campos Elísios, sentado diante de um televisor, acompanhando o prélio transmitido pela TV Eurovision.
Única revista esportiva brasileira semanal de circulação nacional, a “Manchete Esportiva” captou os grandes momentos desportivos de JK. 
Instantes daquela vibração, com fotos do presidente sintonizando o rádio e comemorando o triunfo nacional, circularam já depois da Copa, em 30 de agosto, pelo Nº 145, quando a publicação contava histórias de bastidores.
De acordo com o então major (José) Bonetti, no dia da final daquela Copa, em 29 de junho, o presidente JK estava em Brasília. “Havia uma construção, de madeira, que alojava uma das unidades da Polícia do Exército, a responsável pela segurança ao presidente da república. Eu estava de plantão, naquele dia, como um dos coordenadores da segurança presidencial. Pouco antes do jogo, o presidente pediu-me para arrumar um rádio para ouvir a narração da final. Como ainda não havia palácios construídos em Brasília, ali mesmo, no improvisa do quartel, o JK escutou um tempo da transmissão do locutor Oduvaldo Cozzi”, conta o homem.

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