No
dia 24 de junho de 1958, a Seleção Brasileira enfrentaria a francesa,
pela Copa do Mundo, na Suécia. Se vencesse, seria finalista.
Empolgado com as
vitórias dos “canarinhos”– 3 x 0 Áustria; 2 x 0 URSS e 1 x 0 País de Gales,
além do 0 x 0 Inglaterra – o presidente Juscelino Kubitscheck convidou Guiomar,
a mulher do meia Didi, o craque daquele Mundial, e Miriam, a noiva do
centroavante Vavá, para irem ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, ouvirem a
narração da partida, juntamente com a torcida que ele teria ao seu redor.
Naquele
dia, o Brasil goleou os franceses por 5 x 2, no Estádio Rasunda, em Estocolmo,
diante de 27.100 pagantes, sob arbitragem de Mervyn Griffiths, do País de
Gales. O cruzmaltino Vavá abriu o placar, aos dois minutos. Just Fontaine
empatou, aos 9,mas Didi desempatou, aos 39, terminando o primeiro tempo em
Brasil 2 x 2. Na etapa final, Pelé carimbou as redes, aos 52, 64 e 75 minutos.
Aos 83, Piantoni ainda fez mais um para os europeus.
O Brasil da torcida de JK venceu a França contanto com:
Gilmar: De Sordi e Bellni; Orlando e Nilton Santos: Zito e Didi; Garrincha,
Vavá, Pelé e Zagallo.
No
mesmo momento em que o JK ouvia Oduvaldo Cozzi, pelo rádio, o presidente
da França, René Coty, almoçava, no Palácio dos Campos Elísios, sentado diante de
um televisor, acompanhando o prélio transmitido pela TV Eurovision.
Única
revista esportiva brasileira semanal de circulação nacional, a “Manchete
Esportiva” captou os grandes momentos desportivos de JK.
Instantes daquela
vibração, com fotos do presidente sintonizando o rádio e comemorando o triunfo
nacional, circularam já depois da Copa, em 30 de agosto, pelo Nº 145, quando
a publicação contava histórias de bastidores.
De
acordo com o então major (José) Bonetti, no dia da final daquela Copa, em 29 de
junho, o presidente JK estava em Brasília. “Havia uma construção, de madeira,
que alojava uma das unidades da Polícia do Exército, a responsável pela
segurança ao presidente da república. Eu estava de plantão, naquele dia, como
um dos coordenadores da segurança presidencial. Pouco antes do jogo, o
presidente pediu-me para arrumar um rádio para ouvir a narração da final. Como
ainda não havia palácios construídos em Brasília, ali mesmo, no improvisa do
quartel, o JK escutou um tempo da transmissão do locutor Oduvaldo Cozzi”, conta o homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário