Vasco

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

COMANDANTES DE ESQUADRA - PAULO AMARAL - 2

No futebol brasileiro, treinador perder o emprego sempre foi muito normal. Seria até perdoável um insucesso diante do grande Santos de Pelé, na década-1960, fase em que o “Peixe” tinha o melhor time do mundo. Mas não foi o que aconteceu com Paulo Amaral, em 2 de março de 1961, quando a “Turma da Colina” caiu, por 1 x 5, no Pacaembu. Não teve perdão. E olhe que, naquela noite, o “Rei do Futebol”nem visitou as redes.
O vexame foi de Miguel, Paulinho e Bellini; Brito e Coronel: Écio e Lorico (autor do único tento vascaíno), Sabará, Delém, Pinga (Wilson Moreira) e Da Silva. No jogo seguinte, seis dias depois, a equipe cruzmaltina já estava orientada por Martim Francisco e recuperou-se, no Maracanã, vencendo o Corinthians, por 2 x 0, com o cearense Pacoti sendo o “cara”: dois tentos. O time pouco mudou: Ita, Paulinho, Bellini e Écio (Russo); Brito e Coronel; Sabará, Delém, Pacoti, Lorico e Da Silva.
Para mostrar que a recuperação não fora por acaso, mis quatro dias passados, a rapaziada mandou 3 x 2 na Portuguesa de Desportos, dentro do Pacaembu, com Pacoti voltando à rede, e Sabará e Waldemar completando o serviço deste time: Ita, Paulinho Bellini e Écio; Brito e Coronel; Sabará, Delem (Humberto), Pacoti, Waldemar e Da Silva (Itajubá).
Paulo Amaral, sujeito carrancudo, durão, voltou a São Januário no início de 1962, quando o Vasco tinha acertados 17 jogos amistosos – venceu 15 e empatou dois, com o ataque marcando 43 gols – o artilheiro foi Saulzinho, com 13 tentos – e a defesa sofrendo oito. No entanto, fora convocado para ser o preparador físico da Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo daquela temporada, no Chile, com preparação entre 21 de abril e 16 de maio, prevendo jogos diante do Paraguai, pela Taça Oswaldo Cruz, e amistosos com Portugal e País de Gales. Daquele vez, Paulo Amaral deixou a Rua General Almério de Moura pela porta da frente.
DUAS CHANCES - Paulo Lima Amaral, carioca que viveu entre 18 de outubro de 1923 e 1º de maio de 2008, esteve treinador vascaínos por duas oportunidades: em 1961 e nos inícios de 1962, quando saiu para servir à Seleção Brasileira (como preparador físico) que treinaria para a Copa do Mundo.

Um dos pioneiros da preparação física desportiva brasileira, Paulo Amaral era carrancudo e musculoso. No Vasco e em todos os clubes pelos quais passou, sempre teve um difícil relacionamento com a imprensa e os seus ateltas. Foi depois do seu trabalho na Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1958, na Suécia, que os times brasileiros passaram a contratar preparadores físicos específicos, pois quem fazia isso eram os treinadores.
Antes de ser preparador físico, Paulo Amaral foi obscuro zagueiro reserva do Flamengo e do Botafogo, entre 1942/1948. Desistiu naquele último ano, ao formar-se em Educação Física. Sónão desistiu da bola. Em 1952, diplomou-se em técnico de futebol e foi levado pelo treinador Sílvlio Pirillo para botar a rapaziada botafoguense para correr muito. Pela mesma época, dirigiu os aspirantes alvinegros. O próximo passo foi consagrador. Tornou-se o primeiro preparador físico da Seleção Brasileira e sagrou-se bicampeão das Copas do Mundo de 1958 (Suécia, e 1962 (Chile).
Em 1960, Paulo Amaral foi contratado como treinador do time principal do Botafogo. Em 1962, convenceu a comissão técnica da Seleção Brasileira de que deveria ser auxiliar técnico do técnico Aymoré Moreira. O bi valeu-lhe emprego na italiana Juventus, de Turim. Fiocu até 1964, foi vice-campeão italiano da temproada1962/1963, e caiu por divergências com um cartola e o astro argentino Omar Sivori.
De volta ao Brasil, Paulo Amaral passou, muito rápido, pelo Corinthians, pois havia deixado boa impressão na Itália, e voltou para treinar o time do Gênoa. Na nova volta ao Brasil, rodou por vários clubes, como Atletico-MG, Bahia e Fluminense, pelo qual conquistou seu único título como treinador, a Taça de Prata-1970 (um dos empriões do Brasilerião). Voltou ao exterrior, para treinar o português Porto. De volta ao Brasil, trabalhou para o Améica-RJ, Remo-PA e Guarani de Campinas-SP. Em 1978, voltou a tentar o futebol exetrno, dirigindo o Al-Hilal, da Arábia Saudita.
  
 

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