Como Elba de Pádua Lima, o Tim, no comando da rapaziada, o Vasco saiu de uma longa fila de espera. Sem o título estadual, desde 1958, durante o tremendo período de seca na Colina – só colhera a I Taça Guanabara-1965, e dividido a safra do Torneio Rio-São Paulo-1966, com Botafogo, Santos e Corinthians, porque faltara datas para a decisão, pois a Seleção Brasileira ocuparia o calendário restante do semestre, treinando para a Copa do Mundo da Inglaterra –, o jejum foi quebrado, sob a presidência de Agathyrno da Silva Gomes.
Tim viveu com três qualidades: craque de bola, treinador estrategista e grande cozinheiro. Sabia temperar um cardápio e um resultado no placar. Nascido na paulista Rifânia, em 20 de fevereiro de 1915, habitou o "planeta bola", até 7 de julho de 1984. Como atleta, foi extraordinário. Um dos maiores do seu tempo. Os argentinos apelidaram-no por “El Peon”, encantados com a sua e arte mostrada durante o Campeonato Sul-Americano-1942, com ele vestindo a camisa da Seleção Brasileira.
O atacante Silva, que o capitão Buglê sponta como um dos principais responsáveis pelo título, por aglutinar a turma em torno de um ideal, inclusive, promovendo reuniões das patota em sua casa, declarou à imprensa: “O Tim foi fundamental para aquela conquista. O Fluminense era o campeão brasileiro-1970 e o Botafogo a base da Seleção Brasileira. Nós corríamos por fora. Ele armou jogadas fundamentais para vencermos, como algumas ensaiadas por mim, com o Gilson Nunes e o Buglê. Terminaram na rede, gols decisivos. O Tim foi um gênio durante a campanha” – que você confere abaixo.
Tim viveu com três qualidades: craque de bola, treinador estrategista e grande cozinheiro. Sabia temperar um cardápio e um resultado no placar. Nascido na paulista Rifânia, em 20 de fevereiro de 1915, habitou o "planeta bola", até 7 de julho de 1984. Como atleta, foi extraordinário. Um dos maiores do seu tempo. Os argentinos apelidaram-no por “El Peon”, encantados com a sua e arte mostrada durante o Campeonato Sul-Americano-1942, com ele vestindo a camisa da Seleção Brasileira.
Veio, 1970. Elba de Pádua Lima dirigia um Vasco desacreditado, considerado pelos torcedores rivais como "derrubado". Mas a sua moçada passou por cima dos adversários, como aquele personagem do "mineirinho come quieto". Um a um, até terminar a competição, com 13 vitórias, três empates e só duas escorregadas, marcando 30 e sofrendo 14 gols, o que deixou-lhe com o bom saldo de 16 tentos. O “Batuta” Walter Machado Silva, o camisa 10, foi o seu principal artilheiro, com nove bolas nas redes.
ROLOU A FESTA - O Vasco ficou campeão carioca em uma noite de quinta-feira, no Maracanã, vencendo o Botafogo, por 2 x 1, com gols de Gílson Nunes e de Silva, em jogo apitado por José Aldo Pereira, assistido por 59.170 pagantes. A turma do feito chamava-se: Élcio; Fidélis, Moacir, René e Eberval: Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Era o 10º título estadual, com os outros tendo sido em: 1923, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958. Silva foi o artilheiro do time, com 10 gols |
CAMPANHA: Turno - 28.06.1970 – Vasco 2 x 1 Bonsucesso (gols de Chiquinho (contra) e Silva); 04.07 – 2 x 1 Madureira (Valfrido e Silva); 08.07 – 4 x 2 Bangu (Valfrido, Silva, Buglê e Luiz Carlos); 11.07 – 0 x 0 Campo Grande; 19.07 – 1 x 1 Fluminense (Buglê); 22.07 – 1 x 0 São Cristóvão (Silva); 26.07 – 0 x 0 Botafogo; 01.08 – 1 x 0 Olaria (Alcir); 06.08 – 1 x 3 América (Silva); 09.08 – 1 x 0 Flamengo (Silva); 15.08 – 2 x 0 Portuguesa (Buglê (2). Returno - 22.08 – 3 x 1 Olaria (Fidélis, Gílson Nunes e Valfrido); 30.08 – 1 x 0 Flamengo (Valfrido); 06.09 – 2 x 0 Madureira (Silva e Alcir); 19.09 – 4 x 0 Campo Grande (Silva, Valfrido, Luiz Carlos e Ademir); 13.09 – 3 x 2 América ( Silva (2) e Gílson Nunes); 17.09 – 2 x 1 Botafogo (Gílson Nunes e Silva); 20.09 – 0 x 2 Fluminense.
TIME BASE: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Time comandou esta turma só durante a temporada-1970. Ele substituiu Célio de Souza, que estivera no clube, em 1069, e foi substituído por Paulo Amaral, em 1971.
OS CAMPEÕES: Alcir, Buglê, Fidélis, Gílson Nunes, Moacir e Silva (18 jogos); Valfrido (17); Andrada (16); Renê (15); Luiz Carlos Lemos (14); Ademir (12); Jaílson (10); Batista e Eberval (9); Kosilek (5); Clóvis, Élcio, Joel Santana e Willi (2); Beneetti e Ferreira (1).
OS CAMPEÕES: Alcir, Buglê, Fidélis, Gílson Nunes, Moacir e Silva (18 jogos); Valfrido (17); Andrada (16); Renê (15); Luiz Carlos Lemos (14); Ademir (12); Jaílson (10); Batista e Eberval (9); Kosilek (5); Clóvis, Élcio, Joel Santana e Willi (2); Beneetti e Ferreira (1).
Com esta rapaziada, o Vasco quebrou o tabu, de 12 anos, sem títulos no Campeonato Carioca. Treinado por Elba de Pádua Lima, o Tim (último à direita, em pé), o time carregou a taça com uma rodada de antecipação. Na foto, da esquerda para a direita, acima, estão os atletas: Andrada, Alcir, Renê, Moacir, Eberval e Fidélis; agachados: Santana (massagista), Luís Carlos Lemos, Ferreira, Bougleux, Silva, Valfrido e Gílson Nunes. (Foto reproduzida da revista Supervasco). Agradecimento
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