Vasco

Vasco

domingo, 2 de abril de 2017

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - DULCE NUNES, UMA VOZ ENCANTANTE


 Ela foi consideradas por Tom Jobim e Vinícius de Morais uma das melhores cantoras surgidas na música popular brasileira. Também compositora e produtora musical, esta carioca – nascida
Dulce Pinto Bressane, em 11 de junho de 1936 –, está com 81 anos de idade e desfrutando de muito boa saúde.
Um dos grandes momentos da carreira de Dulce foi em 1965, quando Baden Powell voltou da França, e montou, no Rio de Janeiro,  um recital da música popular brasileira, que vinha sendo engolida pelos embalos da garaotada da Jovem Guarda. Ele foi selecionada para o show, após Baden tê-la escutado entoar “Canto Livre”, que classificou de “uma beleza  de música”, por sinal, composta por ela.
Dulce Nunes estreou o recital ao lado de Alaíde Costa e do Quinteto de Cordas de Oscar Castro Neves e devolveu ao carioca o antigo sentimento pela música genuinamente nacional, então preterida em prol da “beatlemania”.
Além de cantar, compor e produzir shows, Dulce atuava, também, como pianista. Estudou piano com Werther Politano, teoria musical, com Paula e Silva; composição, com Moacyr Santos e Guerra Peixe, e análise musical, com Esther Scliar. Mas começou a vida artística pelas telas dos cinemas, nos filmes “Estrela da manhã” e “O noivo da minha mulher”,  ambos na década-1950. Ao disco, chegou em 1964, pelo selo CBS, cantando a trilha sonora do musical “Pobre menina rica”, de Carlos Lyra e Vinícius de Morais, atuando juntamente com Lyra, Catulo de Paula e Thelma Soares.
Casada com o pianista Bené Nunes, por 11 anos, ela separou-se dele, em 1965, e partiu para o seu primeiro  LP (tempos dos vinilzão), cantando a participação de gente como Guerra Peixe (ao piano) e Baden Powell (ao violão) e composições de Tom Jobim, Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, deste reeditando a balada “Onde está você?”,  que havia feito muit sucesso, com Alaíde Costa, um ano anes.
O segundo disco de Dulce Nuness saiu, em 1966, com o seu nome por título “Dulce”. O terceiro, em 1968, foi, também, o seu último trabalho solo. Nele, com “Samba do Escritor”,  lançou Egberto Gismonti como instrumentista e arranjador. Um encontro tão afinado, que estiveram casados, de 1968 a 1976, tendo ela atuado em vários discos dele, como vocalista. De 1978 a 2011, compôs trilhas sonoras para peças peças teatrais. Uma cantora de poucos discos solo, mas de muita versatilidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário