Ela foi consideradas por Tom Jobim e Vinícius
de Morais uma das melhores cantoras surgidas na música popular brasileira.
Também compositora e produtora musical, esta carioca – nascida
Dulce Pinto Bressane, em 11 de junho de 1936 –, está com 81 anos de idade e desfrutando de muito boa saúde.
Dulce Pinto Bressane, em 11 de junho de 1936 –, está com 81 anos de idade e desfrutando de muito boa saúde.
Um dos
grandes momentos da carreira de Dulce foi em 1965, quando Baden Powell voltou
da França, e montou, no Rio de Janeiro,
um recital da música popular brasileira, que vinha sendo engolida pelos
embalos da garaotada da Jovem Guarda. Ele foi selecionada para o show, após
Baden tê-la escutado entoar “Canto Livre”, que classificou de “uma beleza de música”, por sinal, composta por ela.
Dulce Nunes
estreou o recital ao lado de Alaíde Costa e do Quinteto de Cordas de Oscar
Castro Neves e devolveu ao carioca o antigo sentimento pela música genuinamente
nacional, então preterida em prol da “beatlemania”.
Além de cantar, compor e produzir shows, Dulce atuava,
também, como pianista. Estudou piano com Werther Politano, teoria musical, com
Paula e Silva; composição, com Moacyr Santos e Guerra Peixe, e análise musical,
com Esther Scliar. Mas começou a vida artística pelas telas dos cinemas, nos
filmes “Estrela da manhã” e “O noivo da minha mulher”, ambos na década-1950. Ao disco, chegou em
1964, pelo selo CBS, cantando a trilha sonora do musical “Pobre menina rica”,
de Carlos Lyra e Vinícius de Morais, atuando juntamente com Lyra, Catulo de
Paula e Thelma Soares.
Casada com o pianista Bené Nunes, por 11 anos, ela
separou-se dele, em 1965, e partiu para o seu primeiro LP (tempos dos vinilzão), cantando a
participação de gente como Guerra Peixe (ao piano) e Baden Powell (ao violão) e
composições de Tom Jobim, Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, deste
reeditando a balada “Onde está você?”, que havia feito muit sucesso, com Alaíde Costa,
um ano anes.
O segundo disco de Dulce Nuness saiu, em 1966, com o seu
nome por título “Dulce”. O terceiro, em 1968, foi, também, o seu último
trabalho solo. Nele, com “Samba do Escritor”,
lançou Egberto Gismonti como instrumentista e arranjador. Um encontro
tão afinado, que estiveram casados, de 1968 a 1976, tendo ela atuado em vários
discos dele, como vocalista. De 1978 a 2011, compôs trilhas sonoras para peças
peças teatrais. Uma cantora de poucos discos solo, mas de muita versatilidade.
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