Os primeirões, na década-1970, foram o
centroavante Marco Antônio e o ponta-direita Júnior Brasília, revelados pelo
Ceub Esporte Clube. Um é goiano e o outro mineiro. Nos anos-80, vieram mais um
ponta-direita, o baiano Jussiê, e um zagueiro mineiro, Sousa, ambos crias do
Brasília. Só em 1990, o futebol candango teve um atleta genuinamente seu
vestindo a camisa canarinha, o lateral-esquerdo Lira, revelado pelo Taguatinga
Esporte Clube e que apareceu para o mundo da bola com a camisa do Vasco da
Gama.
Pois é! O primeiro
candango a chegar à seleção brasileira nem imaginava por isso, quando batia as
suas peladas pelo time do Aliança, na Shis Norte, em Taguatinga. Quis o destino
que, num daqueles dias, o treinador Erci Rosa o visse em ação e o convidasse
para mostrar o seu veneno com a camisa do “Taguá”.
“Em 1983, o Erci
me encaminhou para o Vasco, que me usou no time juvenil. Fui campeão por ele, e
júnior, em 84. Em 85/86, eu jogava com Romário e Mazinho (futuros tetracampeões
na Copa de 1994) e o Régis (goleiro), que também chegou à seleção. Foi o
Antônio Lopes quem nos promoveu. Assinei o meu primeiro contrato naquele ano
(1986)”, recorda.
Depois da Taça
Guanabara de 1987, Lira esteve emprestado ao Taubaté-SP. Em 88, voltou para o
grupo que foi bicampeão regional. Em 89, viveu um momento singular em sua
carreira: juntamente com Roberto Dinamite, foi emprestado à Portuguesa de
Desportos, que ainda levou Antônio Lopes.
“Fizemos uma boa
temporada na Lusa. Tanto que, ao final de 89, o Goiás me tirou do Vasco– e por
ter marcado 11 gols no Brasileiro, os vascaínos chamaram o Dinamite de volta.
Lira foi um dos
poucos atletas a defender três “grandes” cariocas. Além do Vasco, passou por
Fluminense e o Flamengo, sendo campeão nos dois. Em 1995, ele era o capitão do
time tricolor campeão estadual, com o gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
“Eu estava há um
ano e quatro meses no Grêmio, quando o Fluminense foi me buscar no Sul, em
1992. Fazia boa temporada no Sul, merecendo uma convocação para a seleção
brasileira”, diz ele que fez os 26 jogos das campanha do título carioca de
1995, quando o time-base foi: Wellerson, Ronald, Lima, Paulo Pava e Lira;
Márcio Costa, Aílton, Djair e Rogerinho: Renato Gaúcho e Ézio (Leonardo).
No mesmo ano em
que foi campeão pelo Flu, Lira mudou para o Fla. Passou por mais dois “grandes”
clubes, os Atléticos Mineiro e Paranaense. E encerrou a carreira, em 1998, após
defender quatro times“pequenos”: Vitória, Desportiva e Vilavelhense-ES, e
Tupi-MG.
ORIGEM - “Nasci na
QNJ 24, Casa 1, em Taguatinga, no dia 2 de abril de 1966”, contou Lira. ,
isto é, Carlos Augusto José de Lira. Ele disputou nove jogos pela Seleção
Brasileira principal, vencendo seis e empatando três. Saiu invicto, em oito
pegas contra seleções nacionais, e mais um diante de um clube, o espanhol
Valência (27.04.1995), quando o Brasil mandou 4 x 2.
Lira (D) e omário |
Foi em 8 de
novembro de 1990 que Lira envergou a jaqueta canarinha, pela primeira vez.
Durante um amistoso, no Mangueirão, em Belém, no 0 x 0 ante o Chile. Convocado
por Paulo Roberto Falcão, esteve nesta formação: Sérgio (Santos); Gil Baiano
(Bragantino-SP, depois Luiz Henrique-Bahia), Paulão (Cruzeiro, depois
Cléber-Atlético-MG), Adílson Batista (Cruzeiro) e Lira; César Sampaio (Santos,
depois Leonardo-São Paulo), Donizete (Grêmio-RS), Cafu (São Paulo) e Neto
(Corinthians, depois Valdeir-Botafogo); Careca Bianchezzi (Palmeiras) e Charles
(Bahia).
“Eu estava no
Goiás, com o treinador João Avelino, jogando uma grande temporada. Fiz até gol
olímpico, contra o Fluminense. Me ajudou muito na convocação o bom time em que
eu estava, contando com o meia Luvanor, o goleador Túlio e os também atacantes
Fagundes e Niltinho, entre outros (equipe montada pelo técnico Aderbal Lana, em
1990)”, situa o ex-lateral.
Em sua passagem
pela seleção brasileira, Lira venceu, ainda, Bulgária (3 x 0, em 28.05.90);
Iugoslávia (3 x 1, em 30.10.1991); Tchecoeslováquia (2 x 1, em 18.12,1991);
Finlândia (3 x 1, em 15.04.1992) e Costa Rica (4 x 2, 23.09.1992). Além do
empate com os chilenos, ficou igual, também, com os mexicanos (0 x 0, em
13.12.1990) e poloneses (2 x 2, em 17.03.1993).
PELADEIRO- O
primeiro candango a chegar à seleção brasileira nem imaginava por isso, quando
batia as suas peladas pelo time do Aliança, na Shis Norte, em Taguatinga. Quis
o destino que, num daqueles dias, o treinador Erci Rosa o visse em ação e o
convidasse para mostrar o seu veneno com a camisa do “Taguá”.
“Em 1983, o Erci
me encaminhou para o Vasco, que me usou no time juvenil. Fui campeão por ele, e
júnior, em 84. Em 85/86, eu jogava com Romário e Mazinho (futuros tetracampeões
na Copa de 1994) e o Régis (goleiro), que também chegou à seleção. Foi o
Antônio Lopes quem nos promoveu. Assinei o meu primeiro contrato naquele ano
(1986)”, recorda.
Depois da Taça
Guanabara de 1987, Lira esteve emprestado ao Taubaté-SP. Em 88, voltou para o
grupo que foi bicampeão regional. Em 89, viveu um momento singular em sua
carreira: juntamente com Roberto Dinamite, foi emprestado à Portuguesa de
Desportos, que ainda levou Antônio Lopes.
“Fizemos uma boa
temporada na Lusa. Tanto que, ao final de 89, o Goiás me tirou do Vasco– e por
ter marcado 11 gols no Brasileiro, os vascaínos chamaram o Dinamite de volta.
Lira foi um dos
poucos atletas a defender três “grandes” cariocas. Além do Vasco, passou por
Fluminense e o Flamengo, sendo campeão nos dois. Em 1995, ele era o capitão do
time tricolor campeão estadual, com o gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
“Eu estava há um
ano e quatro meses no Grêmio, quando o Fluminense foi me buscar no Sul, em
1992. Fazia boa temporada no Sul, merecendo uma convocação para a seleção brasileira”,
diz ele que fez os 26 jogos das campanha do título carioca de 1995, quando o
time-base foi: Wellerson, Ronald, Lima, Paulo Pava e Lira; Márcio Costa,
Aílton, Djair e Rogerinho: Renato Gaúcho e Ézio (Leonardo).
No mesmo ano em
que foi campeão pelo Flu, Lira mudou para o Fla. Passou por mais dois “grandes”
clubes, os Atléticos Mineiro e Paranaense. E encerrou a carreira, em 1998, após
defender quatro times “pequenos”: Vitória, Desportiva e Vilavelhense-ES, e
Tupi-MG.
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