Vasco

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segunda-feira, 3 de abril de 2017

LIRA, UM CANDANGO CRUZMALTINO

 Os primeirões, na década-1970, foram o centroavante Marco Antônio e o ponta-direita Júnior Brasília, revelados pelo Ceub Esporte Clube. Um é goiano e o outro mineiro. Nos anos-80, vieram mais um ponta-direita, o baiano Jussiê, e um zagueiro mineiro, Sousa, ambos crias do Brasília. Só em 1990, o futebol candango teve um atleta genuinamente seu vestindo a camisa canarinha, o lateral-esquerdo Lira, revelado pelo Taguatinga Esporte Clube e que apareceu para o mundo da bola com a camisa do Vasco da Gama.
Pois é! O primeiro candango a chegar à seleção brasileira nem imaginava por isso, quando batia as suas peladas pelo time do Aliança, na Shis Norte, em Taguatinga. Quis o destino que, num daqueles dias, o treinador Erci Rosa o visse em ação e o convidasse para mostrar o seu veneno com a camisa do “Taguá”.
“Em 1983, o Erci me encaminhou para o Vasco, que me usou no time juvenil. Fui campeão por ele, e júnior, em 84. Em 85/86, eu jogava com Romário e Mazinho (futuros tetracampeões na Copa de 1994) e o Régis (goleiro), que também chegou à seleção. Foi o Antônio Lopes quem nos promoveu. Assinei o meu primeiro contrato naquele ano (1986)”, recorda.
Depois da Taça Guanabara de 1987, Lira esteve emprestado ao Taubaté-SP. Em 88, voltou para o grupo que foi bicampeão regional. Em 89, viveu um momento singular em sua carreira: juntamente com Roberto Dinamite, foi emprestado à Portuguesa de Desportos, que ainda levou Antônio Lopes.
“Fizemos uma boa temporada na Lusa. Tanto que, ao final de 89, o Goiás me tirou do Vasco– e por ter marcado 11 gols no Brasileiro, os vascaínos chamaram o Dinamite de volta.
Lira foi um dos poucos atletas a defender três “grandes” cariocas. Além do Vasco, passou por Fluminense e o Flamengo, sendo campeão nos dois. Em 1995, ele era o capitão do time tricolor campeão estadual, com o gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
“Eu estava há um ano e quatro meses no Grêmio, quando o Fluminense foi me buscar no Sul, em 1992. Fazia boa temporada no Sul, merecendo uma convocação para a seleção brasileira”, diz ele que fez os 26 jogos das campanha do título carioca de 1995, quando o time-base foi: Wellerson, Ronald, Lima, Paulo Pava e Lira; Márcio Costa, Aílton, Djair e Rogerinho: Renato Gaúcho e Ézio (Leonardo).
No mesmo ano em que foi campeão pelo Flu, Lira mudou para o Fla. Passou por mais dois “grandes” clubes, os Atléticos Mineiro e Paranaense. E encerrou a carreira, em 1998, após defender quatro times“pequenos”: Vitória, Desportiva e Vilavelhense-ES, e Tupi-MG.


Lira (D) e omário
ORIGEM - “Nasci na QNJ 24, Casa 1, em Taguatinga, no dia 2 de abril de 1966”, contou Lira. , isto é, Carlos Augusto José de Lira. Ele disputou nove jogos pela Seleção Brasileira principal, vencendo seis e empatando três. Saiu invicto, em oito pegas contra seleções nacionais, e mais um diante de um clube, o espanhol Valência (27.04.1995), quando o Brasil mandou 4 x 2.
 
Foi em 8 de novembro de 1990 que Lira envergou a jaqueta canarinha, pela primeira vez. Durante um amistoso, no Mangueirão, em Belém, no 0 x 0 ante o Chile. Convocado por Paulo Roberto Falcão, esteve nesta formação: Sérgio (Santos); Gil Baiano (Bragantino-SP, depois Luiz Henrique-Bahia), Paulão (Cruzeiro, depois Cléber-Atlético-MG), Adílson Batista (Cruzeiro) e Lira; César Sampaio (Santos, depois Leonardo-São Paulo), Donizete (Grêmio-RS), Cafu (São Paulo) e Neto (Corinthians, depois Valdeir-Botafogo); Careca Bianchezzi (Palmeiras) e Charles (Bahia).
“Eu estava no Goiás, com o treinador João Avelino, jogando uma grande temporada. Fiz até gol olímpico, contra o Fluminense. Me ajudou muito na convocação o bom time em que eu estava, contando com o meia Luvanor, o goleador Túlio e os também atacantes Fagundes e Niltinho, entre outros (equipe montada pelo técnico Aderbal Lana, em 1990)”, situa o ex-lateral.
Em sua passagem pela seleção brasileira, Lira venceu, ainda, Bulgária (3 x 0, em 28.05.90); Iugoslávia (3 x 1, em 30.10.1991); Tchecoeslováquia (2 x 1, em 18.12,1991); Finlândia (3 x 1, em 15.04.1992) e Costa Rica (4 x 2, 23.09.1992). Além do empate com os chilenos, ficou igual, também, com os mexicanos (0 x 0, em 13.12.1990) e poloneses (2 x 2, em 17.03.1993).

PELADEIRO- O primeiro candango a chegar à seleção brasileira nem imaginava por isso, quando batia as suas peladas pelo time do Aliança, na Shis Norte, em Taguatinga. Quis o destino que, num daqueles dias, o treinador Erci Rosa o visse em ação e o convidasse para mostrar o seu veneno com a camisa do “Taguá”.
“Em 1983, o Erci me encaminhou para o Vasco, que me usou no time juvenil. Fui campeão por ele, e júnior, em 84. Em 85/86, eu jogava com Romário e Mazinho (futuros tetracampeões na Copa de 1994) e o Régis (goleiro), que também chegou à seleção. Foi o Antônio Lopes quem nos promoveu. Assinei o meu primeiro contrato naquele ano (1986)”, recorda.
Depois da Taça Guanabara de 1987, Lira esteve emprestado ao Taubaté-SP. Em 88, voltou para o grupo que foi bicampeão regional. Em 89, viveu um momento singular em sua carreira: juntamente com Roberto Dinamite, foi emprestado à Portuguesa de Desportos, que ainda levou Antônio Lopes.
“Fizemos uma boa temporada na Lusa. Tanto que, ao final de 89, o Goiás me tirou do Vasco– e por ter marcado 11 gols no Brasileiro, os vascaínos chamaram o Dinamite de volta.
Lira foi um dos poucos atletas a defender três “grandes” cariocas. Além do Vasco, passou por Fluminense e o Flamengo, sendo campeão nos dois. Em 1995, ele era o capitão do time tricolor campeão estadual, com o gol de barriga marcado por Renato Gaúcho.
“Eu estava há um ano e quatro meses no Grêmio, quando o Fluminense foi me buscar no Sul, em 1992. Fazia boa temporada no Sul, merecendo uma convocação para a seleção brasileira”, diz ele que fez os 26 jogos das campanha do título carioca de 1995, quando o time-base foi: Wellerson, Ronald, Lima, Paulo Pava e Lira; Márcio Costa, Aílton, Djair e Rogerinho: Renato Gaúcho e Ézio (Leonardo).
No mesmo ano em que foi campeão pelo Flu, Lira mudou para o Fla. Passou por mais dois “grandes” clubes, os Atléticos Mineiro e Paranaense. E encerrou a carreira, em 1998, após defender quatro times “pequenos”: Vitória, Desportiva e Vilavelhense-ES, e Tupi-MG.

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