Reprodução de logotipo disponível pela Internet |
Pasmem! Além de desprezar quem é o verdadeiro pai da aviação, o filme faz tremenda apologia dos irmãos norte-americanos Orville e Wilbert Wright, exibindo desenhos, maquetes e até reproduzindo um voo de aeroplano trazido para o tempo atual.
Se os Wright fossem o que a TV do
Governo pretendeu vender aos brasileiros, o presidente dos Estados Unidos (país
deles), em 1982 – Ronald Reagan – não teria reconhecido, durante jantar no Itamaraty,
aqui em Brasília, que Alberto Santos-Dumont era o verdadeiro inventor do que conhecemos,
hoje, por avião.
No chamado berço da moderna civilização ocidental, a glória – fotografada, filmada e testemunhada a olhos nus por cerca de mil pessoas – cabe ao cidadão mineiro – nasceu em Palmira, atual Santos-Dumont, vivendo entre 20.07 a 23.07.1932 - que preencheu as normas da mais respeitada entidade aeronáutica da época, a Comissão Aviadora do Aeroclube da França: sua máquina decolou de forma autônoma, controlado pelo piloto, ele.
No chamado berço da moderna civilização ocidental, a glória – fotografada, filmada e testemunhada a olhos nus por cerca de mil pessoas – cabe ao cidadão mineiro – nasceu em Palmira, atual Santos-Dumont, vivendo entre 20.07 a 23.07.1932 - que preencheu as normas da mais respeitada entidade aeronáutica da época, a Comissão Aviadora do Aeroclube da França: sua máquina decolou de forma autônoma, controlado pelo piloto, ele.
Santos-Dumont reproduzido do acervo da Assembleia Legislativa de São Paulo |
O 14-Bis, de Santos-Dumont, pesava
205 quilos, tinha 10 metros de comprimento por quatro de altura e 12 de
envergadura. Atingia 30 quilômetros horários, com motor de 24 cavalos de
potência. Voou no dia 23 de outubro de 1906, no parisiense campo de Bagatelle,
percorrendo 60 metros, em sete segundos, a uma altura de três metros. Emocionou
até os juízes da Comissão Oficial do Aeroclube da França e valeu ao construtor,
mais tarde, estátua no local – glória que não tiveram os norte-americanos, quando
não emocionaram Paris, em 1908, exibindo um sistema de três eixos para
realização de manobras na forma de um oito. O 14 Bis o fazia em círculos.
A divulgação do filme exibido pela emissora
estatal brasileira, ontem à noite, pode ser classificada por autêntico atentado
ao patrimônio cultural do país. Se o Governo gasta R$ um bilhão de reais anuais
para manter no ar a TV Brasil, “que
ninguém assiste”, como disse, por entrevista à imprensa, o presidente (da
República) Jair Bolsonaro, logo, o contribuinte está tendo os seus tributos em
pagamento de impostos dilapidados pela irresponsabilidade de quem comprou (e, também,
programou) a atração do horário – começou entre 20h30 e 21 h. No mínimo, isso
mereceria uma investigação e punição.
Voo do 14Bis reproduzido de www.wikipedia - agradecimento |
Mas nem só a TV Brasil desonra Alberto Santos-Dumont.
Da mesma forma,em 2009, procedeu a Editora LeYa, ao lançar o livro Guia Incorreto da História do Brasil, assinado
pelo jornalista Leandro Narloch, também, repassando glórias e reconhecimentos para
os Wright. Desconstrói um herói brasileiro e o exibe como tendo sido um sujeito
antipático, antissocial.
Pior fez a TV Globo, por uma de
suas chamadas novelas das sete. Usou e
ridicularizou Santos-Dumont, como o Mêssiê
Santôz, no palavreado dos personagens que conviviam com um sujeito que comportava-se
como uma autêntica libélula desvairada.
Que fosse! Vá à França e fale mal da Mariane, o símbolo da república nacional,
representada por uma mulher que tem os seios desnudos, ou vá aqui do lado, no
vizinho Paraguai, e esculhambe com o
megalomaníaco Solano Lopez, que destruiu o país e a sua população masculina,
levando-o à guerra contra Brasil, Argentina e Uruguai. No mínimo, você será execrado,
por atacar símbolos nacionais. Mas o Brasil jamais ligou para o seu patrimônio
cultural. Atualmente, temos um Governo que vê a nosssa proposta de incentivo à cultura
(Lei Rouanet) como dinheiro atirado ao fogaréu.
Reprodução de cpa de livro |
Será que ele é mais importante do que Beaurepaire
Rohan? Este, quando nada, mereceu nome de rua no centro de João Pessoa, a capital
paraibana.
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