Pag 2 (primeira contracapa)
Saulzinho reproduzido da Revistas do Esporte e colorizado por www.kikedabola.blogspot.com.br
APRESENTAÇÃO
O gaúcho Saulzinho e o paulista Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961, junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate técnico.
Para reviver as histórias
vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília até a gaúcha Bagé,
onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa,
onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns
jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não
foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só
se for do Pelé!
Gustavo Mariani
1
O GAROTO DOS PAMPAS
Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras, como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.
Aos 15, Saulzinho já marcava
gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se
protagonista de um caso incomum. Era 1955 e o Conselho Nacional de
Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir,
deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante
dele, por outro motivo
Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do
pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no
linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros da
Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa
do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato
de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo,
naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de
bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do
rival, tornando-o um índio, como
jogador do clube alvirrubro era chamado.
Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956. Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.
Em 1958, mais uma
vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do
qual só restavam Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve
por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores
quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”.
Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro
durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre,
no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva
(nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora,
pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre time fortíssimo para os padrões do então
futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador
colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso,
coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio
Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho
marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2)
fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou:
Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros,
Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.
Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do
Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um
centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu
a contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o
presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se
interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos".
Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao
treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com
o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê,
preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José
Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros,
de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros,
de gratificação, do Guarany.
Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São
Januário obtendo média de gols superior à
do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina
no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando
pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules
Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão
para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.
Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno,
Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de
adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos
gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam mais
tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz. Mas
ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e que
viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil, fazia
gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas
poderiam abrir-lhe grande futuro?
Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da
Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria
difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro
pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid,
deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre
1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular,
pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.
2
O GUARANY
Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany
Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé,
criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez,
Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto,
Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria
dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais,
no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de
equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar,
sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada
estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da
Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol
dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado,
em 2008. Vejamos algumas histórias do clube:
1 - O Guarany já teve duas revelações
disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em
1938, cobrão do Botafogo, e o lateral-esquerdo
Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados
Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.
2 - Os maiores goleadores índios foram Max
(129 gols) e Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se
tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de
Max.
3 - Em 1956, o Guarany foi campeão
municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden,
Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza,
Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).
4 - Campeões estaduais, em 1958: Salvador
Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez,
Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por 1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1,
perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão
teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde
Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis
Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.
5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na
metade da década-1960, Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu
artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio
citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada
Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a
pelota.
3
CRUZMALTINO
O
Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o
Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no
Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians, no paulistano
Pacaembu. No dia 10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0
Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o
Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca
Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1
River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um
Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio
Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27
de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por
fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x
0.
De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou
amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos
times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2, diante de 122.038 pagantes, embora a
imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões,
395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e
Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis,
que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7,
e Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com
a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho
de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira
(Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos
(Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di
Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).
Quando Saulzinho
desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações
com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi nos
3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre
o 5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.
16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando
Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto,
aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá),
Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras.
Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes
de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º
tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e
Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da
Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa
Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife,
apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha
marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo,
virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao
gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e
Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.
05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1
América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio
da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público
divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10;
Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco
escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e
Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.
4
PRIMEIRA EXCURSÃO
O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno
em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior -
Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e 3 x
1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando
no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário,
no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:
07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em
Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício,
Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha,
Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).
10.05.1961 -
Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova
arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos
3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e
Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha)
e Pinga.
Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas
oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x
1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba - quando partiu
para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961,
atuando em estádios europeus e africanos, pelas formações abaixo
comandadas pelo treinador Martim Francisco. Confira:
27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE -
Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores.
Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson;
Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.
30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2 Alemannia
Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000.
Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43 min do 1º tempo e
aos 16 do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.
01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR.
Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1;
Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e
aos 35 min do 1º tempo; Sabará, aos 5 e
aos 8; Saulzinho, aos 18, Roberto Pinto,
aos 25, e Laerte, aos 30 min do 2º tempo.
Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito),
Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).
04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos 45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos 22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.
11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio:
Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos
41 min do 1º tempo; Pinga, aos 35, e Saulzinho,
aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará,
Saulzinho, Pacoty e Pinga.
14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE.
Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20;
e Saulzinho, aos 44 min do 1ºT; Lorico,
aos 27 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga
e Da Silva.
18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local:
Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e
Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e
Pinga.
21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio:
Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto,
aos 4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min
do 1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e
aos 28, e Lorico, aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto;
Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.
27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado
Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE.
Gol: Roberto Pinto, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:
Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.
Saulzinho não
atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 -
Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x
1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos: Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0
EIK-NOR (3); Vasco 4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE
(1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão internacional, em julho, com 12
gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi
prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de
dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por
Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso
e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio
(de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me
apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não
acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em
São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente.
E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre
tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e
famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os
gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de jogar, declarou preferir
receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio
Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou:
"Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os
torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular
absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida
vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por
vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo,
"é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário,
coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande
cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das
Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados.
Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no
coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também,
tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de
Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da
Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol
brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa
que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista
do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa
de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um
problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no
futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não
dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à
Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no
comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com
Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até
fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi
negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível
técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto
admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que
chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando
do ataque.
Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente
marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos
(Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria);
Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande)
e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e
Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre
outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela
frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
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O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão internacional, em julho, com 12
gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi
prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de
dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por
Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso
e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio
(de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me
apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não
acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em
São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente.
E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre
tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e
famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os
gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular
absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida
vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por
vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo,
"é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário,
coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande
cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das
Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos
disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com
força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio,
também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de
Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama,
em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol
brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa
que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista
do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa
de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um
problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no
futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não
dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à
Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no
comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com
Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até
fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi
negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível
técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto
admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que
chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando
do ataque.
Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente
marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos
(Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria);
Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande)
e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e
Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre
outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela
frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
7
TEMPORADA-1962
O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da
temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou
seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano,
cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3
x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também,
no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã.
Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o
Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que,
naquela temporada,
fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem um
só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais caseiros,
com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1
América (14.02) e Vasco 1 x 4
Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo (25.02) e do 4 x 3 Fluminense
(10.03), resultados que não levaram a Turma da Colina à
segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos amistosos - de 21 de
abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o Sudeste, vencendo sete e
empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou cinco), com Saulzinho sendo
o principal artilheiro da excursão, cravando sete tentos e totalizando 13, em
17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois empates e 43 gols (oito
contra).
Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava
o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o
maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia
Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se
despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No
prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade,
marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com
arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama
na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito
Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva.
Paulo
Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de
janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21
de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do
time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao
final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas
partidas: 23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 -
0 x 0 Guarani de Campinas-SP.
Indiscutivelmente, 1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2) - e seis de giro de oito jogos pelo Nordeste - diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria (1) e Bangu (1).
Para
o tchê, o Vasco da Gama-1962,
sobretudo no Campeonato
Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao
menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava
tarimba e cancha. Éramos um time
jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº
224, de 22 de junho de 1963.
Mesmo com as
irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o
jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de
Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada
- Troféu Atlas-1962 - Saulzinho foi um dos
reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta
seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito
(Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e
Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo)
e Zagallo (Botafogo).
Embora premiado
como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado para a
Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de maio e 17
de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis parceiros de
dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que fora ao Mundial
saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só participara de duas
partidas.
Além dos
citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho
Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor
capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria
aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian
Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.
8
JOGOS DE SAULZINHO
14.01.1962 - Vasco da Gama
- 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho),
em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho
(Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho.
17.01.1962
- Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio
Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará.
21.01.1962
- Vasco da Gama 6 x 0 CRB-AL - amistoso no Estádio da Pajuçara
(Severino Gomes Filho), em Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho,
Vevé e Laerte escrevendo no placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado);
Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e
Lorico (Roberto Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará.
24.01.1962
- Vasco da Gama 4 x 0 Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em
Fortaleza, com redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita;
Paulinho de Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo).
28.01.1962
- Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em
São Luís do Maranhão, com gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega.
Time: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e
Lorico (Roberto Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará
(Ronaldo).
31.01.1962
- Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas,
em Forteleza, com Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita;
Dario, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho,
Viladônega e Sabará.
25.02.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com
gol marcado por Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita,
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará,
Villadônega, Saulzinho (Javan) e Da Silva.
10.03.1962
- Vasco da Gama 4 x 3 Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário,
com público de 4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos
do segundo tempo, por este Vasco: Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo);
Nivaldo e Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico
(Roberto) e Da Silva.
21.04.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana
de Andrade, do Núcleo Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time:
Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e
Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva.
01.05.1962
- Vasco da Gama 4 x 1 Vila Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida
Paranaíba, em Goiânia, com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro
tempo. Vevé (2) e Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta
rapaziada: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio
(Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.
06.05.1962
- Vasco da Gama 5 x 0 Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em
Uberlândia, com Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo -
Joãozinho, Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado
(Barbosa); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio
(Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.
10.05.1962
- Vasco da Gama 3 x 0 Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie
Davids, com gols marcados por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado
(Barbosa); Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e
Dario; Écio (Laeerte) e Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e
Sabará. OBS: última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma
da Colina.
13.05.1962
– Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano
Estádio do Canindé (Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas
de Sabará e de Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé),
Saulzinho, Pinga e Sabará.
20.05.1962
- Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da
mineira Santa Luzia, com virada de placar
assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva.
01.07.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Bonsucesso – Prmeiro
turno do Campeoanto Carioca.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00.
Gols: Saulzinho, aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32
da mesma etapa. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
08.07.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua
Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols:
Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14
do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
15.07.1962
– Vasco da Gama 0 x 1 Olaria. Estádio: da Rua Bariri-RJ (Antônio
Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,3167.250,00. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
21.07.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho.
Renda|: Cr$ 1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
04.08.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 47.629 pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do
2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
12.08.1962 – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
19.08.1962
– Vasco da Gama 4 x 0 Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e
Nivaldo: Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
26.08.1962
– Vasco da Gama 3 x 1 São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de
Lima, na Rua Figueira de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$
712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do
2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
02.09.1962
– Vasco da Gama 2 x 1 América. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Armando
Marques. Renda: Cr$ 1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e
Saulzinho, aos 10 min da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e
Da Silva.
09.09.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26
min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.
16.09.1962
– Vasco da Gama 0 x 2 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Renda: Cr$ 9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva.
21.09.1962
– Vasco da Gama 7 x 0 Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Renda: Cr$ 585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34;
Lorico, aos 42 e aos 44 min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e
Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva.
30.09.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Bonsucesso – Returno
- Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes.
Renda: Cr$ 1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.
06.10.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Monteiro. Público: 2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e
aos 43, e Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Da Silva.
14.10.1962
– Vasco da Gama 1 x 3 Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes
de Castro. Renda: Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel;
Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.
21.10.1962
- Vasco da Gama 3 x 2 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro.
Público: 18.726. Renda: Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos 31 min do
1º tempo; Lorico, aos 23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726.
Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel;
Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.
04.11.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 69.461. Renda: Cr$ 10.077.210.00.| Gol: Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO:
Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel,
Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.
10.11.1962
- Vasco da Gama 5 x 1 Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz:
Guálter Gama de Castro. Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15;
Sabará, aos 19; Maranhão, aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e Viladônega,
aos 7 min da fase final. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.
15.11.1962
- Vasco da Gama 5 x 0 Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ.
Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da
Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita
(Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva.
18.11.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Wilson Lopes de Souza. Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Viladônega, Saulzinho e Da Silva.
25.11.1962
- Vasco da Gama 2 x 0 América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ.
Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes:
Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Da Silva.
02.12.1962 -
Vasco da Gama 0 x 2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 57.393. Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Fagundes, Saulzinho e Tiriça.
09.12.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Público: 79.181. Renda: Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Fagundes.
14.12.1962 -
Vasco da Gama 3 x 3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar
Ferreira: Renda: Cr$ 196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18);
Saulzinho, aos 34 min do 1º tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.
1
- A partir dos próximos capítulos as rendas não serão mais divulgadas, porque a
moeda brasileira mudou várias vezes e o leitor precisaria de uma tabela de
conversão para mensurar o valor atual. Só foram separadas etas por terem sido
as da melhor temporada vascaína do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador
do time em todos os jogos do Estadual-RJ.
9
POLIMENTO
Embora tenha ido para São
Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que
Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava,
mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei
ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou.
Provocado
por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do
Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº 188, de
13 de outubro de 1962 - Saulzinho via muitas dificuldades para
encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho, plantando
não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir Menezes e
Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo marcar
muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida
cruzmaltina vibrar”, deixou claro.
Saulzinho
colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962, marcando
18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista Dida; 15 de
outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do rubro-negro
Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu, até então, o
maior bicho de sua carreira, além de prêmios oferecidos por
uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o ponteiro dos
goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde 1950, quando
Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida ao barbante,
como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes.
Depois
de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após
16 temporadas, em 1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes,
para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 -
Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé
(13); 1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes
(25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 -
Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte
(12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19);
2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 –
Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por
várfias competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698,
em 1.110 jogos; Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429
prélios – seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca
(137) e Chico (127).
10
TEMPORADA
1963
Saulzinho iniciou a
temporada-1963 marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na
Costa Rica, amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a
disputar o Torneio Pentagonal Cidade do México,
que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a
conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge
Vieira.
Por gramados mexicanos, Saulzinho começou
escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0 América-MEX, na Cidade do México. No
dia 17, fez o seu terceiro gol na excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade
do México. Voltou à rede no dia 20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto
tento na excursão. Em 31 de janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então
Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do Pentagonal mexicano e começou a
formar, com Célio Taveira, a dupla mais importante de ataque cruzmaltino da
década-1960.
Após o Pentagonal do
México, Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro,
Vasco 1 x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time
fez mais um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San
Salvador, mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi
ao Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá
fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio
Rio-São Paulo.
Em 13 de fevereiro,
Saulzinho entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o
Vasco da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma
história interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua
turma chegou a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e
Fontana tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou
a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos
2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de
Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos
antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o
seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que
o jogo havia terminado empatado (2 x 2)."
A primeira bola mandada à
rede por Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de
março, em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto,
teve fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No
mais, foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e
engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes
priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano.
No Estadual-1963, a Turma da Colina começou comandada pelo treinador Jorge Vieira, que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de Mário Tilico. A rapaziada não fez uma boa campanha, terminando em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal artilheiro, com 14 gols. Como este havia marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos vascaínos a temporada:
06.01.1963 - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols: Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera desta partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$ 11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista.
1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX.
Torneio Pentagonal do México. Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO:
Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico;
Sabará, Viladônega (Vevé), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado
por Saulzinho, de bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e considerado
“sensacional” pelos jornalistas cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto)
17.01.63 – Vasco 5 x 0 El
Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e
Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min
do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita;
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará,
Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão
mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25
minutos do segundo tempo.
20.01.1963 - Vasco 1 x 1
Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do México. Estádio: da Cidade
Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º tempo. VASCO: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Ronaldo.
31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla
de Praga (TCH). Torneio Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia.
Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio),
Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).
03.02.63 - Vasco 1 x 1
Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio Diez, em Toluca-MEX. Gol:
Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.
10.02.1963 – Vasco 2 x 0
Seleção de El Salvador. Amistoso, em San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e
Mário Tilico, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel
Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário
Tilico.
13.02.1963 - Vasco 1 x 1
Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 18.485. Renda: Cr$ 3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo.
Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes);
Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico).
16.02.1963 - Vasco 2
x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols:
Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do
2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha
(Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos:
Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão
(Toninho), Pelé e Pepe.
21.02.1963 – Vasco 1 x 3
Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º
tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão
(Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico).
06.03.1963 – Vasco 0 x 0
Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e
Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi
expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo.
09.03.1963 – Vasco 1 x 2
Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira
de Moraes. Público: 13.444. Renda: Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do
2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e
Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo:
OBS: expulso de campo na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não
havia suspensão
automática.
13.03.1963 - Vasco 1
x 1 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00. Gol: Sabará.
Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario; Écio
(Maranhão) e Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e
Mario Tilico.
17.03.1963 - Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando
Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00. Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo.
Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio
(Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio, (Viladônega) e Ronaldo.
24.03.1963 – Vasco 1 x 2
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ . 1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º
tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes).
28.03.1963 – Vasco 1 x 1
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug.
Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol: Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico;
Sabará (Joãozinho), Vevé (Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 -
neste jogo o Vasco encerrou a sua participação na competição
interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo
(21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x
2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só
não enfrentou o Santos (16.02).
31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio
Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile.
Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a
1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge
Vieira.
09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional
do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI.
Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3, e Joãozinho, aos 14 e aos 20
min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro
pênalti vascaíno batido por Célio.
11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo
Colo-CHI. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do
Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI. Gols: Célio (2), um em cada tempo, e
Saulzinho, na etapa final. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario;
Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico.
14.04.1963 - Vasco 2 x 2
Universidad do Chile. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de
Santiago. Juiz: Carlos Robles-CHI. Gols:
Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco:
Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico;
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Mário Tilico.
27.04.1963 – Vasco 2 x 3
Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de Oliveira e Sousa, em
Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo, aos 22, e Célio,
aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico; Sabará, Rodarte
(Viladônega), Célio e Ronaldo.
05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade
d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do
Marfim. Público: cerca de 17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º
tempo, e aos 35 da etapa final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício,
Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Saulzinho, Célio e Ronaldo.
09.05.1963 – Vasco 3 x 0
Kotoco. Amistoso, em Kumasi, em Gana. Público: cerca de 20.000. Gols:
Célio, Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes.
12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real
Republikans. Amistoso, no Estádio Nacional Accra, em Gana. Público: cerca de 30
mil. Juiz: Frank Mils. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho,
Célio e Ronaldo.
25.05.1963 – Vasco 6 x 0
Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols:
Saulzinho (4), Célio e Lorico. Time: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Fagundes; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Ronaldo
26.05.1963 – Vasco 3 x 1
Seleção West África. Amistoso, no Liberty Stadium, em Ikadan, na Nigéria. Gols:
Célio (2) e Sabará. Vasco: Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Russo e
Dario; Écio e Lorico; Sabará, Célio, Fagundes e Ronaldo.
29.05.1963 – Vasco 2 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso, no estádio de Lagos, na Nigéria. Gols: Fagundes e Célio: Vasco: Ita, Joel Felicio, Brito (Russo), Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Célio e Ronaldo. OBS: o jornal nigeriano The Royal Gazette, de 30.05.1963, chama os três adversários vascaínos no país por: 6 x 0 Seleção da Nigéria; 3 x 1 Western Rovers e 2 x 1 Lagos Bombers.
04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Russo (Barbosinha) e Fontana (Dario); Écio e Lorico (Maranhão); Joãozinho, Célio (Sabará), Fagundes e Ronaldo.
07.06.1963 – Vasco 1 x 2
El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; João,
Sabará, Fagundes (Saulzinho) e
Ronaldo.
09.06.1963 – Vasco 1 x 1
Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol vascaíno por Sulzinho.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico;
Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).
OBS: 1 – Saulznho contava
ter o treinador Jorge Vieira dirigido o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só
no primeiro tempo, segundo ele, por ter se desentendido com os cartolas, tendo
o veterano lateral-direito Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado
a rapaziada durante a etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte,
contra o português Sporting; 2 - Saulzinho
alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963,
Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação. A bola
quicou dentro do gol e voltou para o meio da área, em um lance limpo, sem qualquer
impedimento, nenhum problema. Incluive, a torcida aplaudiu”.
11.06.1963 –Vasco 0 x 3
Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de
Feitas. Vasco: Humberto Torgado: Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio
(Joãozinh) e Ronaoldo.
13.06.1963 – Vasco 2 x 0
Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos
10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito
e Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo
(Écio).
16.06.1963 – Vasco 2 x 3
Mônaco. Troféu Teresa Herrera. Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz:
Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e
Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).
19.06.1963 – Vasco 3 x 2
Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez.
Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e aos 40 min, todos no 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio
e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho, Fagundes e
Ronaldo.
22.06.1963 – Vasco 0 x 1
Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e
Joãozinho; Sabará, Saulzinho (Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia
seguinte, rolaria o Torneio Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o
Vasco escalou time reserva e foi eliminado no primeiro
jogo.
30.06.1963 - Vasco 4 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto; Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo,
e Sabará, aos 31 da mesma fase final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS:
o gol de Célio é um dos mais rápidos da história do futebol vascaíno. Ele
voltava a time após quatro partidas de fora.
07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Gol: Sabará. Detalhe: Joel Felício marcou gol-contra. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico.
14.07.1963 - Vasco 5 x 0
Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton
Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º
tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e
Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da ponta-direita da Seleção
Brasileira da estreia de Pelé, em 1957.
28.07.1963 – Vasco 1 x 3
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico;
Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho.
04.08.1963 – Vasco 2 x 0
América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda:
Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e
Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e Mário Tilico.
10.08.1963 – Vasco 1 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e
Maurinho.
18.08.1963 – Vasco 1 x 1
Madureira. Estádio: Conselheiro Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol:
Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha
e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS:
por o atleta Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação
Fluminense de Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva
da Federação Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no
dia 25 de setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1.
24.08.1963 - Vasco 0 x 0
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550.
Renda: Cr$ 21.448,760,00. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha,
Dario, Écio, Lorico, Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará.
03.09.1963 - Vasco 0 x 2
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Claudio Magalhães. Renda: Cr$
5.326.688,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito e Dario; Ecio e Barbosinha;
Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e Sabará.
06.09.1963 - Vasco 3 x 0
Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico,
aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos 20, e Célio, aos 33 min do 2º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho.
08.09.1963 – Vasco 0 x 1
Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute
Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo Cunha), Paulinho de Almeida (Joel
Felício), Fontana Russo e Juraci (Barbosinha); Maranhão e Milton;
Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho (Odmar). OBS: Sulzinho e
Célio não entram nesta escalação porque o treinador Jorge Vieira usou vários
reservas.
15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug.
Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho,
Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador
Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este
passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou, de 15 de novembro e 14 de
dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de dezembro, último prélio do calendário-1963,
Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu, e
em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de janeiro
de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica da data.
21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu.
Campeonato Carioca. OBS: 1 - início do comando de Oto Glória, sem
Saulzinho e Célio, que não atuaram, também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1
Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0 Portuguesa-RJ.
06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de
Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado:
Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé,
Lorico, Célio e Mário Tilico.
09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto
do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Écio e Maranhão; Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico.
20.10.1963 – Vasco 0 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira.
Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar e Lorico; Joãozinho, Altamiro,
Célio e Milton.
26.10.1963 – Vasco 2 x 2
América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de
Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols: Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo.
Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva.
03.11.1963 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha;
Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio e Da Silva.
10.11.1963 – Vasco 4 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de
Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho,
aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva.
15.11.1963 – Vasco 3 x 4
Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira.
Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico,
aos 16 min do 1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado
“Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo
Pelegrini, substituindo Oto Glória.
22.11.1963 – Vasco 1 x 1
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. OBS: Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini
armou o time no esquema tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e
deixando só o Tilico e Célio mais ofensivos.
01.12.1963 – Vasco 2 x 0
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico,
aos 36 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio
e Da Silva.
07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José
Monteiro. Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de
Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico,
Célio e Ede.
14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS: Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia suspensão automática.
11
TEMPORADA-1964
O Vascoco da Gama iniciou a temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente. A seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar, no paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter dois gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e empatou um, encerrando a sua participação no torneio interestadual com apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14 gols.
26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.
27.02.1964
– Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades
Magalhães Dias. Gol: Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de
Almeida (Joel Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão)
e Lorico; Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva.
06.03.1964
- Vasco 1 x 2 Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção.
Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao
Zarate. Gol: Mário Tilico aos 5 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico;
Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Da
Silva.
08.03.1964 -
Vasco 1 x 1 Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio:
Manuel Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen),
aos 4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro),
Célio (Saulzinho) e Da Silva.
10.03.1964 -
Vasco 1 x 2 Cerro Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio
Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol:
Mário Tilico, 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita);
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton
(Maurinho), Mário Tllico, Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS:
primeira expulsão de campo de Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo
tempo.
14.03.1964
– Vasco 0 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Flávio de Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco:
Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e
Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva.
21.04.1964
– Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Teixeira Portela Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol:
Célio (pen), aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva),
Mário Tilico, Célio e Ramos. OBS: pela primeira vez na
temporada, Saulzinho não foi escalado.
29.03.1954
– Vasco 0 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo
Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico (Sabará), Célio e Ramos
(Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista.
04.04.1964
– Vasco 3 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Antônio Viug. Público: Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e
Lorico, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e
Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho).
12.04.1964
– Vasco 1 x 1 São Paulo. Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25
min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Milton) e Lorico (Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho,
Célio e Sabará. OBS: segundo jogo da temporada sem Saulzinho no
time.
15.04.1964
– Vasco 1 x 0 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela. Público: 18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 -
o Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com
Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da
temporadas sem Saulzinho no time vascaíno.
19.04.1964
– Vasco 0 x 0 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo
Sanches. Público: 5.588. Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha,
Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio
(Altamiro) e Sabará (Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na
temporada.
21.04.1964
– Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz:
Alcebíades Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos
42 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira
(Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará
(Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na
temporada.
23.04.1964 - Vasco
0 x 0 Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz:
Elmo Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e
Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta
ausência de Saulzinho.
26.04.1964 -
Vasco 1 x 0 Valério Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG.
Juiz: Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e
Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima
ausência de Saulzinho.
01.05.1964
- Vasco 3 x 2 Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba.
Juiz: Kalil Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo;
Célio, aos 6, e Lorico, aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha,
Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho),
Zezinho, Célio e Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar,
Saulzinho voltou ao time.
03.05.1964
– Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico;
Joãozinho (Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde
06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos.
06.05.1964
– Vasco 0 x 1 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Púbico: 2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha;
Massinha (Joel Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho
(Altamiro), Saulzinho (Sabará), Célio e
Zezinho.
09.05.1964
– Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do
Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos
41 min do 1º tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco:
Ita; Joel Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e
Lorico; Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho
desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por
brigar com um adversário.
14.06.1964
– Vasco 1 x 0 Bangu. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano
Segismundo. Gol: Célio, aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício.
Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo),
Saulzinho, Célio e Da Silva (Altamiro).
18.06.1964
– Vasco 2 x 1 Bangu. Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz:
Jorge Paes Leme. Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10
da etapa complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha
e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará
(Milton). OBS: os dois times não disputavam amistosos desde 22 de
janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa
retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes, respectivamente,
2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$
619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca da época só se
interessava por grandes jogos e competições famosas.
21.06.1964
– Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES.
Juiz: Mauro Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e
Saulzinho, aos 32 da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
primeiro gol de Saulzinho, em 1964.
25.06.1964
– Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e
Saulzinho, aos 18 da segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha,
Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton);
Zezinho (Joãozinho), Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS:
1 – segundo gol de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito
criticado pela torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de
Janeiro, onde só havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas
ocasiões: 19 de dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de
1930. O jogo de 1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não
cobriu os custos das partida.
28.05.1964
– nesta data, em tarde de domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes,
o Vasco das Gama disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0
x 0 América e sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou
e o time vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão
e Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva.
04.07.1964
– Vasco 1 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho,
Saulzinho, Célio e Da Silva.
12.07.1964
– Vasco 2 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ.
Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos 33 min do
1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após
cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida.
19.07.1964
– Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
Saulzinho continuou de fora.
23.07.1964
– Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ.
Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min
do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos
e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os
vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de
novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo:
“Não montei na zebra”.
25.07.1964
– Vasco 0 x 2 Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU.
Público: 13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e
Pereira; Zé Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico,
Célio (Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho).
09.08.1964
– Vasco 3 x 3 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de
Melo. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos
43 minutos do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha;
Massinha Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da
Portuguesa-RJ e a “pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que
foi substituído pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não
esteve presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate
cruzmaltino, por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa
de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu.
13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR. Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914. Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho, aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela; Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o time.
16.08.1964
– Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz:
Joé Monteiro. Público: 6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho,
aos 24, todos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da
Silva.
19.08.1964
– Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Federico Lopes. Público: 290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo
Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.
23.08.1964
- Vasco 2 x 1 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Monteiro. Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico,
aos 31, ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva.
27.08.1964
– Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Gol: Célio (pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha
(Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho,
Mário Tilico, Célio e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo
Cunha apresentou duas falhas inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do
Amparo, saiu de campo aplaudido pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a
careira naquele momento. Depois daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia.
30.08.1964
– Vasco 1 x 1 Atlético-GO. Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Antônio Cândido de Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Alcir); Zezinho, Mário Tilico (Altamiro), Célio e
Ronaldo.
01.09.19674
– Vasco 1 x 0 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis
(Miltão); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos.
06.09.1964
– Vasco 2 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz:
Waldemar Meireles. Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17
da segunda etapa. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira;
Maranhão e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.
13.09.1964
– Vasco 1 x 0 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Público: 49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos
20 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da
Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava a ser
escalada.
20.09.1964
–Vasco 0 x 0 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Waldemar Meireles. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão
e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
esde o início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O
segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo.
27.09.1964
– Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen),
aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: a renda foi citada para efeitos
históricos e porque o América da época era “grande” no futebol lcarioa.
01.10.1964
– Vasco 2 x 0 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de
junho de1963, em Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca,
que Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia,
Célio bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo.
04.10.1964
– Vasco 2 x 2 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
José Monteiro. Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco:
Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não
fazia parte do dos ‘grandes” cariocas.
07.10.1964
– Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e
Mário Tilico, aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho.
11.10.1964
– Vasco 1 x 0 Paysandu-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em
Belém-PA. Juiz: Fernando de Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da
partida é chamado por “Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O
homenageado é um ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico
Vasques.
14.10.1964
– Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em
Belém-PA. Juiz: Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais
(contra), aos 12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão);
Massinha, Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho).
17.10.1964
– Vasco 3 x 2 Remo-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA.
Juiz: Antônio Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º
tempo, e Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel
Felício), Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título
cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do
México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em
alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o Paraguai.
O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré.
18
de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2 Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname,
em Paramaribo. Gols: Célio, Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias,
Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e
Zezinho. OBS: o Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor
país sul-americano e que teve colonização holandesa.
20.10.1964
– Vasco 1 x 1 Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR.
Gol: Célio. Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS:
terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu
Célio.
25.10.1964
– Vasco 4 x 2 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e
aos 26, e Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão;
Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho.
31.10.1964
– Vasco 4 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da
etapa final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio
e Zezinho.
07.11.1964
–Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho.
13.11.1964
– Vasco 5 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz:
José Teixeira de Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols:
Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5
do 1º (pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.
15.11.1964
– Vasco 2 x 0 Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César.
Gols: Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo.
Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho,
Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário
vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987.
Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade.
22.11.1964
– Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17
min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho.
29.11.1964
– Vasco 3 x 1 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em
Niterói-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e
Maranhão, aos 41 min, todos do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Zezinho, Célio e Da Silva. OBS: após seis escalações sucessivas, o
treinador Ely do Amparo separou a dupla
Saulzinho-Célio.
06.12.1964
– Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho,
aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho.
12.12.1964
– Vasco 1 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro
Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho.
12
TEMPORADA 1965
Nada melhor do que iniciar campanha carregando um caneco. Fez a dupla
Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro desafio do calendário-1965, o I
Torneio Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e
21 de janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol
Atlético de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo.
O Almirante arrancou para o
título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de Célio (2) e de
Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões, durante a
noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de 59.814
pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era vice-campeão
carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente cruzmaltinos que
vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira. Mas nada
daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez
grande final, goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e
Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida.
Após conquistar aquela competição, o Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”. Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois.
A seguir, o Torneio Rio-São
Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio
- contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois
artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados,
em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10
times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios
dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito
equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os
mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols.
Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos.
A
próxima competição que deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso
acontecer. Naquela temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a
Federação Carioca de Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu
representante na Taça Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga
à Taça Libertadores da América. O tchê, no entanto, não
atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína
no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25
dias após o final da Taça GB.
Disputada,
inicialmente, por seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e
Vasco da Gama, com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve,
depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e
botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n
Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas,
a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma,
totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante,
teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6
gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e
Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram
a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de
público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final.
Caneco
na prateleira da Colina, Saulzinho e Célio, depois, foram
disputar o Torneio Início do Campeonato
Carioca-1965, no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada
do Estadual - jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles
rolaram a bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para
Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez
o “dever de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em
Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na
terceira, a viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul
em campo.
Para
encerrar a temporada, o Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito
de ter vencido a I Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar,
a Revista do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 -
circulou com chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time
do Vasco”. Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título
conquistado em setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador
Zezé Moreira, para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer
ponto falho”. Tinha razão o Seu Zezé. O seu time perdeu,
surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da disputa pela faixa de
campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por
não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs na conta dos
insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho,
Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas.
Na
verdade, a Revista do Esporte
exagerava. Após os 2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo
oficial uma semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês
rolou após mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro,
respectivamente, entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x
0) e, depois, decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º
e 8 de dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do
Campeonato Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por
surpresa. Os tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense
– 1 x 2 (07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por
terem sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece.
Saulzinho
e Célio terminaram o Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando
15 pontos, de sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos,
com seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro
partidas - contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso
(24.10) e Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com
sete gols – diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e
Bonsucesso. Já o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a
classificação de 1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e
Madureira à Divisão de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação
Carioca de Futebol.
A
Taça Brasil marcou a despedida de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante
do Santos-SP, durante a noite do 1º de dezembro de 1965, no paulistano
Pacaembu, encerrando, também, a parceria dele com Célio que, por sinal, foi o
artilheiro do time naquela disputa, com três gols, em quatro jogos. Saulzinho
não renovou contrato, ao final de 1965, porque a sua mulher não se dava bem no
Rio de Janeiro. Preferiu voltar para Bagé, onde encerrou a carreira,
defendendo, mais uma vez, o Guarany local. Concluiu a sua história
vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois jogos - outro na
semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos Aflitos, em Recife, nos
2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no decorrer da partida,
substituindo Luizinho Goiano.
Em
sua despedida do Vasco da Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho
Saulzinho comemorou, com um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de
pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo sobre os santistas, quando o parceiro
ainda não sabia que aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari,
Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano);
Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho.
Antes
daquele prélio, Saulzinho havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos
em amistosos contra o português Benfica e o piauiense River. O penúltimo,
testemunhado por 37.383 pagantes, aos 28 minutos do amistoso,
abrindo o placar, em chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à
esquerda do goleiro Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último
gol vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo
Monteiro, da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e
bateu na rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas
técnicas de 1965.
Quanto
ao duelo Saulzinho x Eusébio, que era considerado um dos principais atacantes
do planeta, aconteceu durante a efervecentre de badalações dentro do IV
Centenario carioca. Todos queriam homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o
Vasco da Gama que, para tal, convidou o Benfica para um prélio de
confraternização dos portugueses com a colônia luso-brasileira, em 8 de julho
de 1965, quando o Maracanã recebeu 38.838 pagantes para o amistoso Vasco x
Benfica, base da seleção portuguesa, com 10 titulares do time que, em 1966,
ficaria em terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na Inglaterra.
O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em
homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado -
Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José
Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa;
do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era
festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós - auxiliado por
Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os
capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado
a defender e mandou as feras se pegarem.
O Benfica começou melhor e assim o
foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os
setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os
27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No
minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área
fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo
alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente
vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o
bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os
patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria
bem complicada.
A
farra do Almirante durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando
a pelota foi ao pés de Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque
português bateu na pelota à meia altura, com muito efeito, iludindo
o gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho
e que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola
chutada por Eusébio indo para fora.
Para
o segundo tempo, os portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no
intervalo, enquanto o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e
mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e,
quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou
só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o
anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou.
Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel
Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$
56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de
cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco
empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho.
Confira
tudo o que os dois artilheiros escrevram durante a temporada-1965:
17.01.1965
- Vasco 3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00.
Gols: Célio (pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39,
da mesma etapa final. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. OBS: 1 - o Muro de Berlim que
dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra Mundial, só caiu em
1989, quando os orientais deixaram de ser da República Democrática Alemã; 2 -
no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve um segundo torneio
homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a participação do
Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção paraguaia.
21.01.1965
- Vasco 4 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques.
Público: 59.814. Renda: Cr$ 58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos
42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel
Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Joãozinho), Célio, Saulzinho e
Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados juntos por Saulzinho
e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no México e do Chile-1963
e o paraense Francisco Vasques, em 1964.
24.01.1965
– Vasco 1 x 0 Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz:
Adalberto Silva. Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis);
Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e
Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15
minutos do segundo tempo.
26.01.1965
- Vasco 4 x 1 Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro
Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14;
Célio, aos 22 min do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio
(Da Silva) e Zezinho.
31.01.1965
- Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ. Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico,
em Goiânia-GO. Juiz: José Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas);
Luizinho (Joãozinho), Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho.
04.02.1965
- Vasco 3 x 1 Sport Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas
de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião
Rufino. Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo;
Célio, aos 12, e Lorico, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Lévis;
Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do
estádio.
07.02.1965
- Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana
de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião
Rufino. Renda: 6.387.200,00. Gols: Luizinho Goiano,
aos 2 e aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.
10.02.1965
- Vasco 1 x 1 Náutico. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de
Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes
Torres. Renda: Cr$ 4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e
Lorico, Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto
título cruzmaltinado conquistado por Saulzinho e Célio.
14.02.1965
– Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário
Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e
Zezinho.
20.02.1965
– Vasco 2 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho,
aos 27 do 1º tempo, e Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e
Lorico (Qincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho.
07.03.1965
– Vasco 1 x 4 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Ethel Rodrigues. Público: 39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25
min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão
e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e
Zezinho.
14.03.1965
- Vasco 0 x 1 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo
Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho
Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS:
Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques
brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo.
17.03.1965
- Vasco 2 x 0 Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz:
Teodorico Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos
43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio
(Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia
nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando
o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é
chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da
capital paraense.
24.03.1965
– Vasco 4 x2 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols:
Joel Felício, aos 10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e
Zezinho, aos 22 da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e
Zezinho (Da Silva).
04.04.1965
– Vasco 3 x 0 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton
Vieira de Moraes. Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio,
pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil.
Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino;
Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva
(Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula.
07.04.1965
– Vasco 2 x 1 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Ethel Rodrigues. Público: 16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21,
e Luizinho Goiano, aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício
(Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.
10.04.1965
– Vasco 0 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho
(Nivaldo), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.
14.04.1965
– Vasco 4 x 0 América-RJ. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols:
Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio,
aos 24 da etapa inicial e aos 9 min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Nivaldo) e Zezinho (Da Silva).
17.04.1965
– Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Zezinho.
21.04.1965
- Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em
Vitória-ES. Juiz: José Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo.
Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão);
Joãozinho (Aloísio), Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva
(Walmir).
24.04.1965
– Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Célio e
Zezinho.
02.05.1965
– Vasco 2 x 3 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Albino Zanferrari. Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols:
Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Oldair, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho
(Joãozinho). OBS: durante a década-1960, divulgava-se a formação do
meio-de-campo só com dois homens. No entanto, já se usava três, como Oldair
entra nesta formação.
05.05.1965
– Vasco 1 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen),
aos 3 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio (Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e
no 5 do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho.
09.05.1965
– Vasco 1 x 4 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz:
José Teixeira de Carvalho. Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos
31 do 2º tempo. Vasco: Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão (Oldair) e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê), Célio e Zezinho.
16.05.1965
- Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$
4.137.500,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken),
Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho.
20.05.1965
- Vasco 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando
Marques. Público: 11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos
44 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS:
Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05 -
Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2
Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 - Vasco
1 x 4 Santos, amistosas.
06.06.1965
– Vasco 1 x 1 Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ.
Juiz: Almir Salini. Gol: Mário Tilico
(pen), aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho.
10.06.1965
– Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho.
13.06.1965
– Vasco 0 x 1 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e
Zezinho.
17.06.1965
– Vasco 7 x 2 Combinado de Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em
Manaus-AM. Juiz: Manuel Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos
23 e aos 13 do 1º tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco:
Gainete: Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari);
Oldair (Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo) e
Zezinho.
20.06.1965
– Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM.
Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano,
aos 12, Saulzinho, aos 30, Mário Tilico,
aos 32 min do 1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita);
Joel Felício (Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico;
Luizinho Goiano (Maranhão), Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém)
e Zezinho.
24.06.1965
–Vasco 3 x 0 Bahia. Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves.
Gols: Mário Tilico, aos 28,
Saulzinho, aos 37 min do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa.
Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano (Caxias), Saulzinho, Mário Tilico (Benê)
e Zezinho. 27.06.1965 – Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário
Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico,
aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel
Felicio (Ari), Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair);
Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho.
29.06.1965
– Vasco 2 x 1 Ceará. Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols:
Joel Felício e Mário Tilico, ambos no
2º tempo. Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho.
08.07.1965
– Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838.
Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º
tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho,
Mário Tilico e Zezinho.
14.07.1965
– Vasco 5 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano,
aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa.
Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora.
22.07.1965
– Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 44.990. Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos
7 min do 2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do
primeiro tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu.
28.07.1965
– Vasco 1 x 0 América-RJ. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: 15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43
min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e
Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio
e Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta
partida porque ainda não havia suspensão automática.
01.08.1965
– Vasco 4 x 1 Tupi-MG. Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz
de Fora-MG. Juiz: Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do
2º tempo, e Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel
Felício), Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico
(Bonin); Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e
Zezinho.
07.08.1965
– Vasco 3 x 1 Bangu. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Público: 27.657. Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico,
aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.
11.08.1965
– Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 48.557. Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho.
21.08.1965
– Vasco 2 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos
44 do 1º e aos 24 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana
e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho.
25.08.1965
– Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Público: 34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do
2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Zezinho.
29.08.1965
- Vasco 4 x 0 River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no
Piauí. Gols: Mário Tilico, aos 24 do
1º; Oldair (pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari,
Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin
(Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará, Rio Grande do
Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos
demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0
Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965
– Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1
Ferroviário-CE; 14.01.1962 - Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0
Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama 6 x 0 CRB-AL;
27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia.
05.09.1965
– Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Público: 115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º,
e Paulistinha (contra), aos 5 min do
2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - Vasco campeão
invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como
seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista
Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol
consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria
na Taça Brasil e a revista Manchete estampou: “Vasco campeão do IV
Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por
ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE
07.09.1965
– Torneio Início do Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0
Portuguesa-RJ. Juiz: Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis:
Vasco 3 x 0, com Saulzinho cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias,
Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e
Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins.
Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e
Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1
Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou nesta partida em que defesa e
meio-de-campo não mudaram em relação aos dois jogos anteriores, enquanto o
ataque teve Rubilota em sua vaga.
19.09.1965
- Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano,
Célio, Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e
Célio não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a
estreia vascaína no Estadual.
26.09.1965
– Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em
Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício,
Brito, Fontana (Silas) e Oldair; Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem
jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para
atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira.
02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols:
Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana
e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e
Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do
adversário.
09.10.1965
- Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol: Mário Tilico. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Zezinho.
17.10.1965
- Vasco 2 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31
min do 2 tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.
24.10.1965
- Vasco 0 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de
Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho.
30.10.1965
- Vasco 4 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do
1º; Célio, aos 5 do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final.
Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho.
03.11.1965
– Vasco 2 x 2 Náutico-PE. Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE.
Juiz: Armando Marques. Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio,
aos 44 do 1º e aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio e Zezinho.
07.11.1965
- Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol:
Célio, aos min do 2º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho.
14.11.1965
- - Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols: Lorico, aos 6;
Célio, aos 18, e Telê Santana,
aos 28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes.
21.11.1965
- Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes,
aos 6 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e
Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Danilo Menezes.
28.11.1965
- Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes.
04.12.1965 - Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio não atou nessa partida..
12.12.1965
- Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca.
Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$
1.108.000. Gols: Oldair, e Célio, aos 18 min do 1º tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico.
Vasco: Gainete (Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão
e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS:
Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por
Tião Cavadinha.
15.12.1965
- Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo
Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião.
13
GOLS MAIS
BONITOS
Saulzinho
considerava estes os seus maiores golaços,
sem estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro:
1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o
Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou
ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: “O Sabará fez um cruzamento, da
direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de
bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista
mexicana Futbol”.
2 -
Era 1956 e ele defendia o Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com
participação de Camacho que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a
frente da grande área. “Eu estava no lugar certo para apará-la, com uma das
coxas. Antes de deixá-la cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a
pelota passar sobre a cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo
tempo e aquele único tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”.
3 -–
Enfrentava o Flamengo, pelo Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os
vascaínos pressionando pelo empate. "O Coronel (lateral-esquerdo)
chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho,
desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi
o gol do empate".
4 –
O Vasco da Gama estreava no Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso
(01.07. 1962), com dois gols dele, que narrou este lance assim: "O
Joãozinho (ponta-direita) apanhou a bola pela intermediária deles, a conduziu
até a lateral da grande área e fez o centro pelo alto. Quando a pelota caía,
pela altura da marca do pênalti, mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo
fulminante, sem que o goleiro pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente,
sensacional e que valeu instantes de delírio para a nossa torcida".
5 –
Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu (04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato
Carioca: "Houve um chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre
indecisos Mário Tito e Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol.
Formou-se jogada de incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da
bola. No entanto, improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da
chuteira, num impulso firme que terminou em gol”.
12
VIDA
DO CRAQUE
Casado, com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro.
Devoto
de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes
dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que
temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse
considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita
métrica e brincava: “Não encolho quando tenho de enfrentar becões
grandalhõs e durões”.
Quando
desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros admirando
muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros
mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da
efervecente década-1960. Mantinha o hobby de colecionar
flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás, durantes as
excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões. Depois do futebol,
o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o seu passatempo
predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman.
Por
ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom
relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de
louvar os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem
mais par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul
com o Uruguai, o que, realmente, o fez.
Saulzinho
começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de
idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal
agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm
de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como
garantira, em entrevista, também, à Revista
do Esporte - Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual
estivera na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área,
compenso o que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”.
Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres
concluírem que ele supria a falta
de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a luta. De
sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não precisa ser nenhum gigante”.
13
SAULZINHO x GARRINCHA
Saulzinho disputou quatros jogos contra o maior nome do futebol carioca
de sua época, o ponta-direita Garrincha, do Botafogo, também apelidado
por Mané Garrincha, por ser Manoel. O último, em 1965, mas
tudo começa no 19 de novembro de 1961, com goleada botafoguense, por 4 x 0, no
Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Tempos em que os botafoguenses tinham
um dos melhores times do planeta, rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de
Pelé. Time de feras, feríssimas: Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi,
Amarildo e Zagallo, sete titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira,
dispondo, ainda, de Zé Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas
nunca convocados pela CBD, mas de muito bom nível técnico – ver
Vasco do dia na ficha técnica da temporada.
Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e
no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha
no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da
conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele)
ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a
expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho
quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da
vitória – ver fichas técnica de 1962.
Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro,
Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do
Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.
Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira e Marinho Rodrigues
usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962.
O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de
maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar
de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno Zezé
Moreira só mandou o tchê à
cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e
Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio,
Mário Tilico e Zezinho
(Saulzinho).
SAULZINHO E PELÉ
O
duelo do camisa 9 vascaíno com o camisa 10 santista só aconteceu em duas
oportunidades, ambas pelo Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2
x 2 Santos, em 16 de fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de
1965.
Na
primeira delas, assistida por perto de 30 mil almas, o tchê
não foi a rede, mas o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes,
e em grande estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2
x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o
10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram
boa resposta: a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola
no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a
sua mãe. É presente do Rei”.
O
Vasco, que se deu mal mexendo com a fera, alinhou: Ita; Joel
Felício, Brito, Dario e Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e
Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge
Vieira. O Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro
Ramos, Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho),
Pelé e Pepe.
- Naquela noite, um conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de
Janeiro e aproveitou para rever o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio,
uns 10 minutos antes do final (da partida), pegou um táxi e falou pro
taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o
rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o
Saulzinho.
Capa
montada atendendo pedido de leitor da Revista do Esporte (ler
abaixo)
O
segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de grandecíssima glória para o artilheiro
cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano (Luiz Oliveira e Silva) abriu o
placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar
de bater o Peixe (apelido do
Santos), aos 83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que
escalou: Gainete; Jol Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora: Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu
(Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro,
Pelé e Noriva (Peixinho), ainda comandados por Lula.
O
primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé está registrado por jogo 2.055 do Almirante
e o segundo por 2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o
futuro “Rei do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já
havia ocorrido um encontro dos dois artilheiros, no Estádio Antônio
Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado
Guarany/Bagé x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e
Calvet para os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica,
Ataíde e Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O
Santos foi: Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair
Rosa Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O
amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público
pagante conhecido.
14 - SELEÇÃO BRASILEIRA
A
temporada-1966 marcou a oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete
nacional, durante a Taça Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a
Federação Gaúcha de Futebol de formar equipe para representa-la diante dos
chilenos. Tendo por treinador de campo Carlos Froner (oficialmente, o
cargo era de Fernando Brunelli), o já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer
do segundo tempo de dois prélios, substituindo David (cunhado de Pelé).
Com
o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões
brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo,
aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio
Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas
partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima
arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos - a
bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o
prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda
poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas:
17.
04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em
Santiago do Chile. Árbitro: Kevin Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol:
João Severiano, o Joãozinho, aos 15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo;
Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá,
Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico: Carlos Froner.
20.05.1966
– Brasil 1 x 2 Chile – Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça
O´Higgins – Árbitro: Kevin Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols:
Joãozinho, aos 19 min do 1º tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do
2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e
Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira).
Técnico: Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste
selecionado pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense -
Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano,
Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e
Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá; Brasil; Brasil
de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé - Didi Pedalada e
Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré -
Jadir e Joaquim.
15 - BARBANTEIRO
Quando o tchê Sasulzinho
vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente,
ele sacudia o barbante. As
redes aina nã era de náilon.
Mais de meio-século antes, na Inglaterra, de onde o
futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não havia rede. Só muita
discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou. Para acabara com os
bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a rede, em 1889. Mas ficou
na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste pra ver se a
invenção daria certo – deu!
Foi na cidade de Nottingham que o primeiro
goleiro - chamava-se Geary - foi “buscar a pelota no fundo da rede” -
como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No
Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante
produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o
grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas
- sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em
1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado
pelos narradores esportivos.
No
futebol carioca, já nos tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma
rede de náilon foi o goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960.
De Norte a Sul do Brasil, tchê
Saulzinho balançou a rede em todas as regiões brazucas. Há estados,
porém, em que ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande
do Norte. Os cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e
Fluminense (4) foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS,
saiu em 90 oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou
o goleiro buscar a bola no barbante:
Alajuelense-CRICA
(1); Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2); Atlético-GO
(1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ
(4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1);
Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF
(1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2);
CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2);
Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2);
Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto
Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1);
Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São
Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1);
Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).
16 –
TODOS OS JOGOS E GOLS DE SAULZINHO |
|||||||
Jogo |
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição |
Complemento |
Gols |
Total |
1 |
16-abr-1961 |
2x0 |
Corinthians-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
0 |
2 |
22-abr-1961 |
0x1 |
Palmeiras-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
0 |
3 |
01-mai-1961 |
2x1 |
Santa Cruz-PE |
Amistoso |
|
|
0 |
4 |
05-mai-1961 |
3x1 |
América-MG |
Amistoso |
|
1 |
1 |
5 |
07-mai-1961 |
0x0 |
Uberaba-MG |
Amistoso |
|
|
1 |
6 |
10-mai-1961 |
2x2 |
Uberaba-MG |
Amistoso |
|
|
1 |
7 |
27-mai-1961 |
2x0 |
St. Pauli (ALEMANHA) |
Amistoso |
|
|
1 |
8 |
30-mai-1961 |
3x2 |
Alemannia Aachen (ALEMANHA) |
Amistoso |
|
|
1 |
9 |
1-jun-1961 |
11x0 |
Comb. Freidig-Rosenborg
(NORUEGA) |
Amistoso |
|
3 |
4 |
10 |
4-jun-1961 |
10x0 |
Eik (NORUEGA) |
Amistoso |
|
3 |
7 |
11 |
6-jun-1961 |
2x0 |
Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA) |
Amistoso |
|
|
7 |
12 |
11-jun-1961 |
4x1 |
Frem (DINAMARCA) |
Amistoso |
|
2 |
9 |
13 |
14-jun-1961 |
4x1 |
Comb. IFK Malmö-Malmö FF
(SUÉCIA) |
Amistoso |
|
1 |
10 |
14 |
18-jun-1961 |
4x2 |
Seleção de Dalarna (SUÉCIA) |
Amistoso |
|
2 |
12 |
15 |
21-jun-1961 |
8x1 |
Bodens (SUÉCIA) |
Amistoso |
|
1 |
13 |
16 |
27-jun-1961 |
1x1 |
Comb. Hammarby-Djurgarden
(SUÉCIA) |
Amistoso |
|
|
13 |
17 |
09-set-1961 |
0x0 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
13 |
18 |
16-set-1961 |
0x1 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
13 |
19 |
21-set-1961 |
3x0 |
Olaria-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
13 |
20 |
30-set-1961 |
1x0 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
14 |
21 |
04-out-1961 |
1x0 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
15 |
22 |
08-out-1961 |
1x2 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
16 |
23 |
14-out-1961 |
0x3 |
Flamengo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
16 |
24 |
1-nov-1961 |
2x2 |
Nacional (URUGUAI) |
Amistoso |
|
1 |
17 |
25 |
12-nov-1961 |
1x1 |
Olaria-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
26 |
19-nov-1961 |
0x4 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
27 |
25-nov-1961 |
2x0 |
São Cristóvão-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
28 |
01-dez-1961 |
3x2 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
29 |
06-dez-1961 |
2x1 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
30 |
09-dez-1961 |
0x0 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
17 |
31 |
14-jan-1962 |
1x0 |
Santa Cruz-PE |
Amistoso |
|
1 |
18 |
32 |
17-jan-1962 |
2x0 |
Bahia-BA |
Amistoso |
|
|
18 |
33 |
21-jan-1962 |
6x0 |
CRB-AL |
Amistoso |
|
1 |
19 |
34 |
24-jan-1962 |
4x0 |
Ceará-CE |
Amistoso |
|
|
19 |
35 |
28-jan-1962 |
3x0 |
Moto Club-MA |
Amistoso |
|
1 |
20 |
36 |
31-jan-1962 |
3x1 |
Ferroviário-CE |
Amistoso |
|
3 |
23 |
37 |
25-fev-1962 |
1x1 |
Flamengo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
1 |
24 |
38 |
10-mar-1962 |
4x3 |
Fluminense-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
2 |
26 |
39 |
21-abr-1962 |
1x1 |
Seleção de Brasília-DF |
Amistoso |
|
1 |
27 |
40 |
01-mai-1962 |
4x1 |
Vila Nova-GO |
Amistoso |
|
1 |
28 |
41 |
06-mai-1962 |
5x0 |
Uberlândia-MG |
Amistoso |
|
2 |
30 |
42 |
10-mai-1962 |
3x0 |
Maringá-PR |
Amistoso |
|
|
30 |
43 |
13-mai-1962 |
2x1 |
Portuguesa-SP |
Amistoso |
|
|
30 |
44 |
20-mai-1962 |
3x1 |
Santa Cruz-MG |
Amistoso |
|
2 |
32 |
45 |
1-jul-1962 |
3x0 |
Bonsucesso-RJ |
Campeonato Carioca |
|
2 |
34 |
46 |
8-jul-1962 |
3x0 |
Portuguesa-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
34 |
47 |
15-jul-1962 |
0x1 |
Olaria-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
34 |
48 |
21-jul-1962 |
1x0 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
34 |
49 |
04-ago-1962 |
1x0 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
34 |
50 |
12-ago-1962 |
0x0 |
Madureira-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
34 |
51 |
19-ago-1962 |
4x0 |
Canto do Rio-RJ |
Campeonato Carioca |
|
2 |
36 |
52 |
26-ago-1962 |
3x1 |
São Cristóvão-RJ |
Campeonato Carioca |
|
3 |
39 |
53 |
02-set-1962 |
2x1 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
40 |
54 |
09-set-1962 |
1x0 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
40 |
55 |
16-set-1962 |
0x2 |
Flamengo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
40 |
56 |
21-set-1962 |
7x0 |
Campo Grande-RJ |
Campeonato Carioca |
|
2 |
42 |
57 |
30-set-1962 |
1x0 |
Bonsucesso-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
43 |
58 |
06-out-1962 |
3x0 |
Portuguesa-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
44 |
59 |
14-out-1962 |
1x3 |
Olaria-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
45 |
60 |
21-out-1962 |
3x2 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
46 |
61 |
4-nov-1962 |
1x1 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
46 |
62 |
10-nov-1962 |
5x1 |
Madureira-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
47 |
63 |
15-nov-1962 |
5x0 |
Canto do Rio-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
48 |
64 |
18-nov-1962 |
1x1 |
São Cristóvão-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
49 |
65 |
25-nov-1962 |
2x0 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
49 |
66 |
02-dez-1962 |
0x2 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
49 |
67 |
09-dez-1962 |
1x1 |
Flamengo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
49 |
68 |
14-dez-1962 |
3x3 |
Campo Grande-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
50 |
69 |
6-jan-1963 |
4x0 |
Alajuelense (COSTA RICA) |
Amistoso |
|
1 |
51 |
70 |
10-jan-1963 |
1x0 |
América (MÉXICO) |
Torneio Internacional do
México |
|
1 |
52 |
71 |
17-jan-1963 |
5x0 |
Oro (MÉXICO) |
Torneio Internacional do
México |
|
|
52 |
72 |
20-jan-1963 |
1x1 |
Guadalajara (MÉXICO) |
Torneio Internacional do
México |
|
1 |
53 |
73 |
31-jan-1963 |
1x1 |
Dukla Praha (CHÉQUIA) |
Torneio Internacional do
México |
|
|
53 |
74 |
03-fev-1963 |
1x1 |
Toluca (MÉXICO) |
Amistoso |
|
|
53 |
75 |
10-fev-1963 |
2x0 |
Seleção de El Salvador |
Amistoso |
|
|
53 |
76 |
13-fev-1963 |
1x1 |
Fluminense-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
53 |
77 |
16-fev-1963 |
2x2 |
Santos-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
53 |
78 |
13-mar-1963 |
1x1 |
Botafogo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
53 |
79 |
17-mar-1963 |
1x0 |
São Paulo-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
1 |
54 |
80 |
31-mar-1963 |
2x2 |
Universidad Católica (CHILE) |
Torneio Internacional do Chile |
|
|
54 |
81 |
09-abr-1963 |
3x2 |
Peñarol (URUGUAI) |
Torneio Internacional do Chile |
|
|
54 |
82 |
11-abr-1963 |
3x1 |
Colo-Colo (CHILE) |
Torneio Internacional do Chile |
|
1 |
55 |
83 |
14-abr-1963 |
2x2 |
Universidad de Chile (CHILE) |
Torneio Internacional do Chile |
|
|
55 |
84 |
05-mai-1963 |
3x0 |
Stade d'Abidjan (COSTA DO
MARFIM) |
Amistoso |
|
3 |
58 |
85 |
09-mai-1963 |
3x0 |
Asante Kotoko (GANA) |
Amistoso |
|
|
58 |
86 |
12-mai-1963 |
0x0 |
Real Republicans (GANA) |
Amistoso |
|
|
58 |
87 |
25-mai-1963 |
6x0 |
Seleção da Nigéria |
Amistoso |
|
4 |
62 |
88 |
7-jun-1963 |
1x2 |
Al-Hilal (SUDÃO) |
Amistoso |
|
|
62 |
89 |
9-jun-1963 |
1x1 |
Al-Merreikh (SUDÃO) |
Amistoso |
|
1 |
63 |
90 |
11-jun-1963 |
0x3 |
Sporting (PORTUGAL) |
Amistoso |
|
|
63 |
91 |
13-jun-1963 |
2x0 |
Málaga (ESPANHA) |
Amistoso |
|
1 |
64 |
92 |
16-jun-1963 |
2x3 |
Monaco (FRANÇA) |
Troféu Teresa Herrera |
|
1 |
65 |
93 |
19-jun-1963 |
3x2 |
Elche (ESPANHA) |
Amistoso |
|
2 |
67 |
94 |
22-jun-1963 |
0x1 |
Espanyol (ESPANHA) |
Amistoso |
|
|
67 |
95 |
30-jun-1963 |
4x1 |
Portuguesa-RJ |
Campeonato Carioca |
|
2 |
69 |
96 |
7-jul-1963 |
1x2 |
Campo Grande-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
69 |
97 |
24-ago-1963 |
0x0 |
Flamengo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
69 |
98 |
03-set-1963 |
0x2 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
69 |
99 |
06-set-1963 |
3x0 |
Bonsucesso-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
69 |
100 |
26-jan-1964 |
1x1 |
Atlético Mineiro-MG |
Amistoso |
|
|
69 |
101 |
27-fev-1964 |
1x0 |
Cruzeiro-MG |
Amistoso |
|
|
69 |
102 |
6-mar-1964 |
1x2 |
Guarani (PARAGUAI) |
Torneio Internacional de
Assunção |
|
|
69 |
103 |
8-mar-1964 |
1x1 |
Racing (ARGENTINA) |
Torneio Internacional de
Assunção |
|
|
69 |
104 |
10-mar-1964 |
1x2 |
Cerro Porteño (PARAGUAI) |
Torneio Internacional de
Assunção |
|
|
69 |
105 |
14-mar-1964 |
0x0 |
Fluminense-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
69 |
106 |
29-mar-1964 |
0x2 |
Santos-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
69 |
107 |
04-abr-1964 |
3x2 |
Palmeiras-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
69 |
108 |
01-mai-1964 |
3x2 |
Atlético Paranaense-PR |
Amistoso |
|
|
69 |
109 |
03-mai-1964 |
1x2 |
Bangu-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
69 |
110 |
06-mai-1964 |
0x1 |
Corinthians-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
69 |
111 |
14-jun-1964 |
1x0 |
Bangu-RJ |
Amistoso |
|
|
69 |
112 |
18-jun-1964 |
2x1 |
Bangu-RJ |
Amistoso |
|
|
69 |
113 |
21-jun-1964 |
2x0 |
Rio Branco-ES |
Amistoso |
|
1 |
70 |
114 |
25-jun-1964 |
3x0 |
Villa Nova-MG |
Amistoso |
|
1 |
71 |
115 |
28-jun-1964 |
0x0 |
América-RJ |
Torneio Início |
1x2 pen |
|
71 |
116 |
4-jul-1964 |
1x2 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
71 |
117 |
25-jul-1964 |
0x2 |
Nacional (URUGUAI) |
Amistoso |
|
|
71 |
118 |
13-ago-1964 |
3x0 |
Porto (PORTUGAL) |
Amistoso |
|
1 |
72 |
119 |
13-set-1964 |
1x0 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
72 |
120 |
20-set-1964 |
0x0 |
Madureira-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
72 |
121 |
27-set-1964 |
2x0 |
América-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
72 |
122 |
01-out-1964 |
2x0 |
Campo Grande-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
73 |
123 |
04-out-1964 |
2x2 |
Bangu-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
73 |
124 |
07-out-1964 |
2x0 |
Portuguesa-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
73 |
125 |
11-out-1964 |
1x0 |
Paysandu-PA |
Torneio Francisco Vasques |
|
|
73 |
126 |
14-out-1964 |
3x1 |
Tuna Luso-PA |
Torneio Francisco Vasques |
|
|
73 |
127 |
17-out-1964 |
3x2 |
Remo-PA |
Torneio Francisco Vasques |
|
|
73 |
128 |
20-out-1964 |
1x1 |
Transvaal (SURINAME) |
Amistoso |
|
|
73 |
129 |
25-out-1964 |
4x2 |
São Cristóvão-RJ |
Campeonato Carioca |
|
2 |
75 |
130 |
31-out-1964 |
4x2 |
Bonsucesso-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
76 |
131 |
7-nov-1964 |
0x2 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
76 |
132 |
13-nov-1964 |
5x0 |
Olaria-RJ |
Campeonato Carioca |
|
1 |
77 |
133 |
15-nov-1964 |
2x0 |
Porto Alegre-RJ |
Amistoso |
|
|
77 |
134 |
22-nov-1964 |
1x2 |
Flamengo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
77 |
135 |
06-dez-1964 |
1x1 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
77 |
136 |
12-dez-1964 |
1x1 |
Madureira-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
77 |
137 |
17-jan-1965 |
3x2 |
Seleção da Alemanha Oriental |
IV Centenário do Rio de
Janeiro |
|
|
77 |
138 |
21-jan-1965 |
4x1 |
Flamengo-RJ |
IV Centenário do Rio de
Janeiro |
|
2 |
79 |
139 |
24-jan-1965 |
1x0 |
Independente-MG |
Amistoso |
|
|
79 |
140 |
26-jan-1965 |
4x1 |
Atlético Goianiense-GO |
Torneio Gilberto Alves |
|
1 |
80 |
141 |
31-jan-1965 |
0x0 |
Flamengo-RJ |
Torneio Gilberto Alves |
|
|
80 |
142 |
04-fev-1965 |
3x1 |
Sport-PE |
Troféu 50 Anos Federação
Pernambucana |
|
1 |
81 |
143 |
07-fev-1965 |
2x0 |
Santa Cruz-PE |
Troféu 50 Anos Federação
Pernambucana |
|
|
81 |
144 |
10-fev-1965 |
1x1 |
Náutico-PE |
Troféu 50 Anos Federação
Pernambucana |
|
|
81 |
145 |
14-fev-1965 |
1x3 |
Corinthians-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
81 |
146 |
20-fev-1965 |
2x1 |
Fluminense-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
1 |
82 |
147 |
7-mar-1965 |
1x4 |
Palmeiras-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
148 |
14-mar-1965 |
0x1 |
Cruzeiro-MG |
Amistoso |
|
|
82 |
149 |
17-mar-1965 |
2x0 |
Remo-PA |
Amistoso |
|
|
82 |
150 |
24-mar-1965 |
4x2 |
Botafogo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
151 |
04-abr-1965 |
3x0 |
Santos-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
152 |
07-abr-1965 |
2x1 |
São Paulo-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
153 |
10-abr-1965 |
0x0 |
Flamengo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
154 |
21-abr-1965 |
1x1 |
Rio Branco-ES |
Amistoso |
|
|
82 |
155 |
24-abr-1965 |
1x1 |
Fluminense-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
156 |
02-mai-1965 |
2x3 |
Palmeiras-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
157 |
05-mai-1965 |
1x0 |
Flamengo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
158 |
09-mai-1965 |
1x4 |
São Paulo-SP |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
159 |
20-mai-1965 |
1x0 |
Botafogo-RJ |
Torneio Rio-São Paulo |
|
|
82 |
160 |
6-jun-1965 |
1x1 |
Entrerriense-RJ |
Amistoso |
|
|
82 |
161 |
10-jun-1965 |
1x0 |
Vila Nova-GO |
Amistoso |
|
|
82 |
162 |
13-jun-1965 |
0x1 |
Atlético Goianiense-GO |
Amistoso |
|
|
82 |
163 |
17-jun-1965 |
7x2 |
Seleção de Manaus-AM |
Amistoso |
|
2 |
84 |
164 |
20-jun-1965 |
4x0 |
Nacional-AM |
Amistoso |
|
1 |
85 |
165 |
24-jun-1965 |
3x0 |
Bahia-BA |
Amistoso |
|
1 |
86 |
166 |
27-jun-1965 |
2x1 |
Bahia-BA |
Amistoso |
|
1 |
87 |
167 |
29-jun-1965 |
2x1 |
Ceará-CE |
Amistoso |
|
1 |
88 |
168 |
8-jul-1965 |
1x1 |
Benfica (PORTUGAL) |
Amistoso |
|
1 |
89 |
169 |
01-ago-1965 |
4x0 |
Tupi-MG |
Amistoso |
|
|
89 |
170 |
29-ago-1965 |
4x0 |
River-PI |
Amistoso |
|
1 |
90 |
171 |
07-set-1965 |
0x0 |
Portuguesa-RJ |
Torneio Início |
3x0 pen |
|
90 |
172 |
07-set-1965 |
1x0 |
São Cristóvão-RJ |
Torneio Início |
|
|
90 |
173 |
26-set-1965 |
0x1 |
Portuguesa-SP |
Amistoso |
|
|
90 |
174 |
02-out-1965 |
2x0 |
Portuguesa-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
90 |
175 |
17-out-1965 |
2x1 |
Botafogo-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
90 |
176 |
24-out-1965 |
0x2 |
Bonsucesso-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
90 |
177 |
3-nov-1965 |
2x2 |
Náutico-PE |
Taça Brasil |
|
|
90 |
178 |
7-nov-1965 |
1x2 |
Fluminense-RJ |
Campeonato Carioca |
|
|
90 |
179 |
01-dez-1965 |
1x5 |
Santos-SP |
Taça Brasil |
|
|
90 |
Saulzinho está entre os 10 artilheiros
vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três
primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a
seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro
anulara um “sem nenhum problema no lance”.
Assim, ele fica empatado com Ismael e
Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista:
6 gols: Lelé – 08.05.1946 -
Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco da Gama 6 x
0 União São João-SP; .
5 gols: Russinho – 01.05.1927 –
Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama 8 x 0
Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Djayr –
15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite – 04.05.1980 –
Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians.
4 gols – Ismael – 06.09.1947 –
Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho -
25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da Nigéria - e Romário –
24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ.
17 -
ENTREVISTA/SAULZINHO
Único
atacante a obter uma média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais
da década-1960, e maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o
Saulzinho, tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade,
em sua terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo
time profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:
P
– Rapaz, você começou a carreira arrumando confusão entre o Bagé e o
Guarany?
R –
Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga
estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo
Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só
não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo,
porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959.
Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra
minha carreira decolar e vez.
Como
você foi parar no Vasco da Gama?
No
início de 1961, o Guarany venceu o Internacional (de Porto Alegre), em dois
amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos (antiga e já demolida casa do
Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz
gol, mas o treinador deles (do Inter), o Martim Francisco, gostou do meu
futebol e, pouco depois de chegar ao Vasco (da Gama), pediu a minha
contratação.
O
Vasco daquele tempo tinha feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel,
Sabará, Pinga, etc. Como você arrumou uma vaguinha naquele time?
Cheguei
a São Januário no 1º de abril de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite,
marquei três gols, no primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha,
entre os que me lembro, Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador).
Por conta daquele meu cartão de apresentação, tchê, o presidente
vascaíno, o João Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias
Metropolitana, mandou fazerem, logo, o meu contrato.
Quando
você chegava, a torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o
espanhol Atlético de Madrid) e de Almir (com o Corinthians). Sem os dois,
facilitou a sua vida?
Não foi nada fácil. Mais duro do que aquela batalha só o serviço militar, quando ralei mais do que preso por crime de abigeato (roubo de cavalos). A concorrência foi terrível, pois o Vasco (da Gama) tinha outros três bons
centroavantes, o Wilson Moreira (filho do técnico Zezé Moreira), o
cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o Javan (fez o nome no México). Eu era um garoto interiorano no meio de tantos
cobrões, mas fui logo me enturmando.
Ainda se lembra da sua estréia no Vasco?
Foi
pouco depois da minha contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos
contra aquele timaço do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez
um gol, batendo do meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira
desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação
por resultado). Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele,
levamos de 5 x 1, mas num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também,
um empate, por 2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e
o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um
golaço, gol de cinema. No segundo (gol de
Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o
Brito e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma
abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1
x 1, em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também
contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965.
Como
você herdou a vaga de titular no time vascaíno?
Entre maio e junho de 1961,
fizemos uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma
ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e
Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu,
Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado
dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro
contra o América Mineiro (fora de casa).
Você
considera 1962 a sua grande temporada?
Sim, pois estava em grande forma e fui o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols. Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira que foi bi mundial na Copa do Chile-1962, saiu nos jornais e revistas (foto abaixo), mas tive um problema de garganta, que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha que me deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação levou muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo, perdi qualquer chance por ali.
Você
disputou e ganhou do Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O
rival, também, não foi à Copa do Chile...
Eu morava na Avenida Nossa Senhora de
Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e
batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos,
dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”.
Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras
feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o Amarildo,
do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora. Não sei
porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira.
Aponte
uma gloríssima, depois do Campeonato Carioca-1962?
No
início de 1963, conquistamos um torneio internacional, no México, muito famoso,
na época. Marquei gols, goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0),
vencemos (1 x 0) o time mexicano de maior torcida, o América (da Cidade do México) e fomos campeões em
cima do Dukla (de Praga, da antiga
Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela turma toda que enfentara o
Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o América, por sinal, marquei um
gol antológico, de bicicleta, que foi capa da revista mexicana Futbol. O
Sabará cruzou, da direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e
finalizei, de bicicleta, antes da chegada do marcador.
O
seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol
brasileiro, nacionais, porquê?
Em
1962, tínhamos chances de chegar ao título carioca, mas, perdemos quatro pontos
para o Olaria (à época, vitórias contavam dois pontos), levando um baile,
dentro de São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na
segunda partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival),
fizeram um gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram.
Terminamos a três pontos do campeão (Botafogo).
Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson,
que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense,
o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe.
No
início da temporada de 1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra.
Porquê?
Eu
estava com 28 de idade, tinha convites do (português)
Benfica e dotime do Bahia, contra qo qual marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se
interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã).
Por sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci
um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei um
foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de
chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles,
também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei
o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca
se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à
Marilu (nome a esposa): “Vamos
voltar?”. Era o que ela mais queria, e
voltamos
O
seu nome era muito gritado pela torcida vascaína?
Quando
eu fazia gols, o Maracanã vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o
maior goleador do time, sem ser um jogador de rush. Tinha, porém,
rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir
o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra
área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque,
tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos
muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor
companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça
o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso
cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava).
Só não xingagava o Célio.
Qual
foi a grande partida de sua vida?
Contra
o Flamengo, decidindo o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite
da quarta-feira 21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma
outra partidaça foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção
uruguaia (Vasco 3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do
Chile, Estádio Nacional de Santiago).
Você
só vestiu a camisa da Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany,
de Bagé...!
O Carlos Froner (então), técnico do
Grêmio (de Porto Alegre), formou uma seleção gaúcha para
representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile, em 1966.
Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra. Fomos campeões, foi
emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do Gurany que tinha
Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges. Aqueles
companheiros eram craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da Rosa) que foi ídolo da torcida do
Palmeiras (década-1960) e o Max,
maior goleador do futebol de
Bagé (da época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo
de 1955. Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o
Vasco. Calculo que marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística
exata, mas a minha carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa
média!
Se
o Pelé jogasse hoje (a entevista foi feita na primeira metade da primeira
década-2000), nesse chamado futebol moderno, faria muitos gol?
Uns
dois mil, porque as defesas sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que
viraram alas, se mandam. Se, enfrentando
zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez o que fez, imagine agora. Antes, para se entrar na área, teria que
ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as canelas. Vejo
o futebol atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide,
ainda, é o talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a
base, o cara (preparador físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra
lá, pra cá, ajuda muito, mas tem e
ter talento pra decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de
enfrentar o Luís Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr
Egídio de Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que
enfrentei. Eram durões, sem serem desleais.
O
futebol atual paga fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava
pra ficar rico?
Quando cheguei ao Vasco, o maior
salário era o do (zagueiro e
capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer
juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um
automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento
por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de
figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não
existia empresários, procuradores, além
de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol
tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de
uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos
muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs
para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar
fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade.
Você
passou por quantos treinadores?
Beto
Camélia, Alfeu Cachapuz e Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim
Francisco, Paulo Amaral, Oto Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e
Carlos Fronter, na Seleção Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas
achei o ofício muito estressante, desesti. CÉLIO
Como
você escalaria a sua Seleção Brasileira?
Barbosa; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e formou com Gérson o meio-de-campo rubro-negro daquela temporada.
ÁLBUM
Entre uma história e a outra. Duas fotos por página
Levis, Joel
Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha, em pé, da esquerda para a
direita; Joãosinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e Zezinho, agachados, na mesma
ordem.
1
O GAROTO DA PRAIA
Célio
Taveira Filho, paulista, nascido na praiana Santos, no 17 de outubro de
1940, chegou a São Januário, também, com a missão de substituir um ídolo da
torcida cruzmaltina, o atacante Delém, negociado com o argentino River Plate.
Um desafio e tanto! Mas ele encarou. Entre 1963 e 1966, quando foi para o
uruguaio Nacional, de Montevidéu, tornou-se uma das grandes Feras
da Colina.
De
estilo “brigão, entrão”, como o definiu o repórter De Santis, da Revista
do Esporte – Nº 343, de 2 de outubro de 1965 - Célio era cavador de
gols, dono de muita mobilidade, “parecendo, em algumas ocasiões, um
serelepe, tentando iludir os marcadores, para evitar rasgos em suas canelas”,
comparava o jornalista, indo além e citando nele outras qualidades: “Cabeceia
bem, testando a bola com pontaria certeira e é veloz com ela nos pés, ou quando
se desloca para receber um lançamento”.
Na
edição anterior do semanário, de 25 de setembro do mesmo 1965, pela
matéria “Os maiores inimigos dos goleiros”, Célio era incluído
entre os terribilíssimos artilheiros da primeira metade da década-1960,
juntocom os santistas Pelé e Pepe; os alvinegros Garrincha e Didi (este pela
excelência nas cobranças de faltas); o corintiano Flávio Peito-de-Aço;
o banguense, Parada (outro grande batedor de faltas); o rubro-negro Dida e os
palmeirenses Tupãzinho e Servílio. Sobre Célio, a revista citou que ele se
destacava “pelo arremesso violento e que havia marcado muitos gols graças à
potência do seu chute”.
Antes
de ser um vascaíno, Célio havia passado pelos paulistas Portuguesa Santista,
Ponte Preta e Jabaquara, e até disputara amistosos pelo italiano Milan.
Desembarcou no Vasco da Gama, em janeiro de 1963, quando o time excursionava
por gamados cucarachas, sendo recebido,
friamente, pelo treinador Jorge Vieira, que não o havia solicitado. Por conta
daquilo, o cara negava-he cumprimentos. Mas terminou abrindo-lhe o caminho para
se tornar o maior artilheiros do clube carioca enquanto vestiu a camisa
cruzmaltinada e formar dupla fatal
com Saulzinho
Célio chegou a São Januário indicado pelo meia
Lorico (velho amigo de Santos) e o
técnico Aymoré Moreira, e não demorou a mostrar que o valor pago pelo Vasco da
Gama ao Jabaquara, de Santos, fora bem empregado – Cr$ 11 milhões de
cruzeiros, tendo ele recebido Cr$ 2 milhões, pelos 15% do valor da transação (lei da época), sendo Cr$ 1,5 milhão pago
pelos cruzmaltinos e o restante pelo Jabuca. Entre luvas e
ordenado, começou ganhando Cr$ 115 mil mensais, além de moradia e alimentação
às custas do Almirante.
Em sua primeia entrevista como um vascaíno, Célio contou que a sua intimidade com os gramados começara quando era garoto e residia próximo ao estádio da Portuguesa Santista, em sua terra. “Eu ia assistir ao treinos, dava uma de gandula e, nos intervalos, até batia bola com a rapaziada. Aos 12 anos de idade, entrei para os juvenis da Lusinha. Aos 16, já era aspirante. Mas não fiquei no clube. Em 1958, fui para a Ponte Preta, de Campinas. Pelo final de 1959, voltei a Santos e joguei pelo Jabaquara”, contou à Revista do Esporte - Nº 205, de 16 de fevereiro de 1963.
2
SANGUE
NOS OLHOS
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