Em 2004/05/06/07/08/09/11 não teve pra ninguém. O Brasiliense papou todas. Mas em 2010 e 2012 perdeu o caneco para o Gato, apelido do Ceilândia. E foi para a temporada-2013 com time mais forte e cara de favorito.
Pelo grupo que o Jacaré (apelido do Brasiliense) tinha no
papel, a Taça JK (nome do caneco do primeiro turno) deveria ser uma mordida não
muito difícil. Mas o que ficou escrito nas rodadas da primeira fase foram três
vitórias, quatro empates e duas quedas – 0 x 2 Brasília; 2 x 0 Brazlândia; 1 x
0 Capital; 1 x 1 Gama; 0 x 0 Ceilândia; 1 x 0 Ceilandense; 0 x 0 Gama
(semifinal) e 1 x 3 Brasília (final).
De sua parte, o Brasília Futebol Clube, que havia
voltado da Série B, fizera campanha melhor – 2 x 0 Brazlândia; 1 x 1 Legião; 4
x 2 Sobradinho; 1 x 0 Botafogo-DF; 2 x 1 Luziânia; 1 x 0 Unaí-MG; 2 x 2
Sobradinho (semifinal) e 3 x 1 Brasiliense (final). Logo, o favorito “Jaca”
andou bobeando e marcando gols de menos em relação ao rival.
Resumo da ópera: o Brasiliense chegou à decisão do
primeiro turno precisando vencer o “Colorado do Planalto (apelido do Brasília),
por três gols de diferença, para ser o campeão da etapa. E foi para o desafio,
na tarde do 16 de março daquele 2013, no Serejão, estádio que a sua diretoria
apelidou por “Boca do Jacaré”, acreditando que iria explodir o céu de
Taguatinga, após o apito final de Rodrigo Raposo. O foguetório estava pronto
para a quebra de um tabu: desde as semifinais do returno do Candangão-1995 –
Tiradentes 1 x 0 Brasília e Brasília 2 x 0 Tiradentes – , que um time não
vingava a derrota no jogo de ida. Naquele ano (lembre-se de ter lido acima:
Brasília 3 x 1 Brasiliense, decidindo a primeira fase).
Tudo indicava, porém, que o tabu seria quebrado.
Principalmente, quando o meio-campista Baiano soltou o bote, batendo falta e
acertando o travessão. Com defesa segura, “meíuca” legal e ataque fustigador, o
‘Jacaré”, tentou morder, mas o Brasília escapou de suas dentadas. Virar de
etapa igualado ao adversário era o máximo.
No segundo tempo, o treinador Márcio Fernandes
trocou duas peças do Brasiliense: Iranildo ‘Xuxu’, por Elivelto, e Romarinho
(filho do antigo craque e hoje senador Romário Faria), por Rodrigo Tiuí. Deu
certo. Aos 13 minutos, este mandou o garoto do placar, finalmente, trabalhar.
Literalmente! – no estádio de Taguatinga não havia marcador eletrônico.
Com 1 x 0 na frente, o “Jaca” partiu para o vamos que dá. Mas não deua. Precisando de mais dois tentos, teve o zagueiro Fábio
Braz (ex-Vasco da Gama) expulso de campo. Não ligou por ter ficado com um
homem a menos e tentou ganhar no jogo do abafa. Também não deu. E o Brasília,
pela primeira vez, saiu de campo comemorado a derrota, em 37 anos de
existência. Esquisito? Pois comemorou. No saldo de gols, carregou a JK, com
time comandado pelo técnico Gauchinho, que escalou: Marcão; Bruno Paraíba,
Felipe, Danilo e Breno; Pedro Ayub, Marciel (Miltão), Daniel e Vitinho (Fábio);
Luquinhas (Paulinho) e Giba. O “Jaca” que (também, pela primeira vez), não
gostou da vitória, alinhou: Welder; Bocão (Giso), Fábio Braz, Luan e Crispim;
Júlio Bastos, Baiano, Luis Augusto e Iranildo (foto) (Elivelto); Romarinho
(Rodrigo Tiuí) e Washington. O jogo teve 2.130pagantes, renda de R$
12.800,00.
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