Vasco

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domingo, 16 de novembro de 2014

A SUCESSÃSO DE BARABOSA - ITA (3)


Ita (E) teve um bom professor 
Ao  finalizar a temporada-1959,  em 17 de dezembro, entre amistosos e jogos oficiais, o time vascaíno contabilizava 64 compromissos, com  35 vitórias, 13 empates e 15 pisadas na pelota. Embora fosse boa a média de gols marcados (2,31), a sua defesa sofrera 82 tentos, mais da metade dos marcados pelo ataque (148). Precisava melhorar.
Para defender as balizas cruzmaltinas, um torcedor fanático levou para São Januário, no dia 16 de março, um garoto, de 21 anos de idade, sem nenhuma experiência em um grande clube. O cara espantou-se, logo, com o que vira: o veteraníssimo Moacyr Barbosa não dando nenhuma chance aos outros 13 goleiros vascaínos. Com ele não jogava, achou que seria nome certa em uma futura lista de dispensas. Enganou-se. 

José Augusto da Silva, o Ita – o apelido caseiro era Ito – treinava bem e passou a ser uma boa aposta para brigar, com Miguel, campeão carioca-1958, pela futura vaga a ser aberta por Barbosa, perto da aposentadoria. Ganhara até a chance de entrar em algumas partidas do time principal. Um sonho para o garoto que, até pouco tempo, ganhava uma ninharia como torneio mecânico, na mineira Alfenas, onde só defendera times amadores. O máximo que do que chegara fora ao Uberaba Esporte Clube. Tivera a chance de defender o Clube Atlético Mineiro, mas, sem acordo financeiro, pintou no Vasco.
  De “Mineiro Bobo”, o apelido que ganhara, embora fosse paulista, Ita não tinha nada. Sonhava em ser piloto de avião, mas tivera de trabalhar a partir dos 12 anos de díade, por perder o pai. No Vasco, imaginava, teria de voar muito atrás de bolas, para ser o reserva de Miguel. E, enquanto a chance não chegasse, pegar a camisa 1 de titular do time de aspirantes, em 1960, era o seu plano. Para ser goleiro do time principal do Vasco, como o Barbosa, era preciso pegar tudo. Miguel já sabia disso, de há muito

 

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