TRAGÉDIAS (AMERICANAS) DA COLINA

Em fevereiro de 1968, os capixabas convidaram o Vasco para “ganhar” o Torneio Presidente Costa e Silva. Afinal, o “Almirante”, com grande torcida no Espírito Santo, não deveria ter problema para vencer adversários como América-RJ e os anfitriões Desportiva Ferroviária e Rio Branco, ambos de Vitória.

Para atrair o torcedor, na primeira rodada – 04.02.1968 -  foi marcado o choque carioca. E o “Diabo” aprontou. O Vasco sofreu o primeiro gol, virou para 3 x 1, mas deixou os rubros fazerem o mesmo: 5 x 3 pra cima da “Turma da Colina”, com o futuro vascaíno Edu Coimbra (década-1970) marcando dois gols e o ex-vascaíno Delém (década-1950) mais um. Pra piorar as pisadas do dia, o zagueiro Brito, que balançou o filó, perdeu um pênalti e foi expulso de campo, juntamente com Danilo Menezes.

A tragédia Vasco 3 x 5 América rolou no Estádio Engenheiro Araripe, em  Cariacica, apitado por Jairo Silva.  A marcha do placar ficou assim: Delém, aos 25; Brito, aos 38, e Valfrido, aos 40 min do 1º tempo; Nado, aos 4; Edu, aos 18, Edu 23 e aos 38, e Clésio, aos 44 min do 2º tempo. Os “pisões” do dia, dirigidos pelo ex-lateral-direito Paulinho de Almeida, foram: Pedro Paulo; Jorge Luís (Ferreira), Brito, Fontana (Álvaro) e Almir; Buglê e Danilo Menezes; Nado, Nei, Valfrido (Luís Carlos Lemos) e Moraes.

Na rodada seguinte – 06.02.1968 –, com um gol de Nei Oliveira, o Vasco venceu o Rio Branco, por 1 x 0, mas terceiro lugar e nada foi a mesma coisa para o torcedor capixaba vascaíno, que viu o América carregar o caneco, com 1 x 1 Desportiva (gol de Delém) e 2 x 0 na prorrogação, com Tonel (2) enchendo o balaio.

Aquela fora a segunda vez que o América aprontava diante do  Vasco, no espaço de um ano. Em 4 de junho de 1967, mandou 3 x 1 na rapaziada e conquistou o Torneio Governador Negrão de Lima.

Na primeira rodada, em 25 de maio, Paulo Bin e Maranhão marcaram e o Vasco venceu o uruguaio Nacional, de Montevidéu, por 2 x 0. Três dias depois, com gol de Bianchini, Vasco 1 x 1 Fluminense foi o placar. Então, rolou a final contra o “Mequinha”, que goleara ao argentino Huracan (4 x 0) e fizera 1 x 0 no Nacional.    

 Na decisão, o terrível Edu Coimbra encaçapou três gols e venceu os cruzmaltinos, por 3 x 1, com Luizinho Goiano marcando o gol de honra da rapaziada, treinada por Zizinho (Thomaz Soares da Silva)e que era: Fraz; Ari, Ananias, Jorge Andrade e Silas; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Nei Oliveira, Bianchini e Morais