Vasco

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

TRGÉDIAS DA COLINA - MOACIR BARBOSA

 O sábado 16 de maio de 1953 foi o segundo pior dia da vida do goleiro Moacir Barbosa – o pior fora o 16 de julho de 1950, quando perdeu a Copa do Mundo, dentro do Maracanã, para o Uruguai. Corria o Torneio Rio-São Paulo, em turno único, e o Vasco empatava, por 0 x 0, com o Botafogo, placar que ficou até o final. Lá pelas tantas, o camisa 1 cruzmaltino chocou-se com o atacante alvinegro Zezinho e saiu de campo carregado em uma maca, com uma perna quebrada.
Levado para o Hospital dos Acidentados, Barbosa não conseguiu administrar-se bem, emocionalmente. Foi horrível vê-lo longe dos gramados. Começou a entrar em depressão, o que não enfrentara nem com a perda da Taça Jules Rimet, diante de 200 mil pessoas. Ele só reagiu quando a diretoria do Vasco lhe informou que torcedores estavam fazendo filas na porta da casa, para visitá-lo. Então, permitiu que a imprensa o fotografasse estirado no leito hospitalar e concedeu entrevistas. Pela Manchete Esportiva Nº 93, de 31 de agosto de 1957, até absolveu Zezinho, embora considerando a falta intencional.
Na opinião de Barbosa, o lance revelava o despreparo por parte dos seus colegas de profissão. Achava que Zezinho não tivesse a intenção de prejudicá-lo a tal ponto. “O que ele queria era me afastar da partida... Aliás, um dos males do jogador brasileiro é exatamente este: o desconhecimento das  leis que regem o seu contrato com o clube e das regras do futebol que joga”, criticou.
Após 27 anos de carreira, Barbosa foi um homem sem dinheiro guardado. Considerado o melhor goleiro brasileiro de de todos os tempos, teve de arrumar emprego como servidor municipal, trabalhando para a Superintendência de Desenvolvimento do Estádios do Rio de Janeiro-SUDERJ. 

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