A temporada-1942 corria, devagarzinha, lá pela
Bahia, e o garotão Maneca nem dava bola pra bola – nos gramados. Bola com ele
só na piscina. Jogava water polo, que
a rapaziada de hoje chama por pólo
aquático. Se bem que polo equestre
na piscina ficaria um pouco difícil, convenhamos.
Rolam bolas e marolas e Maneca é convocado para a gloriosa seleção baiana de walter polo, como falava a torcida flamenguista. Vai ao Rio de Janeiro encarar a equivalência carioca, que tinha Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange como um dos seus craques, razão de ser chamado (durante a sua vida de cartola) por Vê Longe. E este viu tanta bola na rede dos baianos, que 9 x 0 foram pouco.
Pobre Maneca! A derrota deixou-o durante 20 dias na cama, sofrendo pela vergonha - adiante só um pouquinho o filme, pois isso aí já rolou em 1950, quando o novo time dele levou 2 x 1, de virada, do Uruguai, no Maracanã, quando os brasucas deixaram escapar o caneco da Copa do Mundo.
Maneca, isto é, Manoel Marinho Alves não estava preparado para aquilo – e nem todo o povo brasileiro. Batia no peito e dizia: “Oxente! Jogo no Vasco, o melhor time do país, campeão sul-americano – e mandava a rapaziada voltar o filme, em duas temporadas, parando em 1948.
Baiano porreta,
Maneca tinha a vontade de dividir o seu bicho
(por vitórias e empates), com o glorioso companheiro pernambucano Ademir Marques de Menezes.
- Minhas santas almas! Jamais vi um goleador igual. Batia na bola na hora exata, de qualquer maneira, com a esquerda ou a direita. Nem era vantagem a gente ganhar com a camisa do Vasco. Se a defesa levava um gol, o Ademir ia lá na frente e empatava. O esquadrão do Vasco foi o máximo para mim, disse à Revista do Esporte – Nº 39, de 05.11.1959, quando ele já havia encerrado a carreira e vivia comendo vatapá e moqueca na Bahia.
Maneca deixou de cair nas graças de São Januário quando o treinador Martim Francisco pintou pela Colina. O parente do Zezinho Bonifácio de Andrade (O Patriarca da Independência do Brasil) consultou a sua (dele) certidão de nascimento e proclamou a independência do seu trabalho de baianos em decurso de prazo.
Gente fina, Maneca nem ligou. Principalmente, porque viu a sua vaga ocupada por quem ele considerava um cracaço, Válter Marciano, além de ver Almir “Pernambuquinho?” chegando com o maior tesão na rede.
Por sinal, Maneca via duas semelhanças entre ele e Almir: “Sofri o mesmo tipo de lesão muscular que ele (em 1959) e, também, nunca fui santo dentro de campo” – porque não quis, pois a Bahia tem 365 igrejas pra salvar tudo quanto é alma do fogo o do inferno.
Nos bons tempos vascaínos em que saía na capa da revista carioca Esporte Ilustrado |
Rolam bolas e marolas e Maneca é convocado para a gloriosa seleção baiana de walter polo, como falava a torcida flamenguista. Vai ao Rio de Janeiro encarar a equivalência carioca, que tinha Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange como um dos seus craques, razão de ser chamado (durante a sua vida de cartola) por Vê Longe. E este viu tanta bola na rede dos baianos, que 9 x 0 foram pouco.
Pobre Maneca! A derrota deixou-o durante 20 dias na cama, sofrendo pela vergonha - adiante só um pouquinho o filme, pois isso aí já rolou em 1950, quando o novo time dele levou 2 x 1, de virada, do Uruguai, no Maracanã, quando os brasucas deixaram escapar o caneco da Copa do Mundo.
Maneca, isto é, Manoel Marinho Alves não estava preparado para aquilo – e nem todo o povo brasileiro. Batia no peito e dizia: “Oxente! Jogo no Vasco, o melhor time do país, campeão sul-americano – e mandava a rapaziada voltar o filme, em duas temporadas, parando em 1948.
Chuteiras penduradas, Maneca tornou-ser um elegante estudante de Contabilidade, como mostra a Revista do Esporte. |
- Minhas santas almas! Jamais vi um goleador igual. Batia na bola na hora exata, de qualquer maneira, com a esquerda ou a direita. Nem era vantagem a gente ganhar com a camisa do Vasco. Se a defesa levava um gol, o Ademir ia lá na frente e empatava. O esquadrão do Vasco foi o máximo para mim, disse à Revista do Esporte – Nº 39, de 05.11.1959, quando ele já havia encerrado a carreira e vivia comendo vatapá e moqueca na Bahia.
Maneca deixou de cair nas graças de São Januário quando o treinador Martim Francisco pintou pela Colina. O parente do Zezinho Bonifácio de Andrade (O Patriarca da Independência do Brasil) consultou a sua (dele) certidão de nascimento e proclamou a independência do seu trabalho de baianos em decurso de prazo.
Gente fina, Maneca nem ligou. Principalmente, porque viu a sua vaga ocupada por quem ele considerava um cracaço, Válter Marciano, além de ver Almir “Pernambuquinho?” chegando com o maior tesão na rede.
Por sinal, Maneca via duas semelhanças entre ele e Almir: “Sofri o mesmo tipo de lesão muscular que ele (em 1959) e, também, nunca fui santo dentro de campo” – porque não quis, pois a Bahia tem 365 igrejas pra salvar tudo quanto é alma do fogo o do inferno.
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