A
História do Brasil precisa, também, de uma “Operação Lava Jato” para colocar certas coisas a limpo. São muitas as inverdades que se contam sobre
ela, inserindo-lhe capítulos que tornam alguns dos seus feitores autênticos
personagens ridículos. Caso da partida da família real portuguesa para o Rio de
Janeiro.
Lemos, ouvimos e se propaga pelo cinema e a TV que o Rei Dom João Sexto fugiu de Lisboa, covardemente, temendo o imperador francês Napoleão Bonaparte. Partida que teria sido um verdadeiro “filme pastelão”. Da pior qualidade.
Lemos, ouvimos e se propaga pelo cinema e a TV que o Rei Dom João Sexto fugiu de Lisboa, covardemente, temendo o imperador francês Napoleão Bonaparte. Partida que teria sido um verdadeiro “filme pastelão”. Da pior qualidade.
Não
foi bem assim. Quem pesquisar os melhores autores, aqueles que foram a fundo nos
documentos ainda guardados em Portugal, não encontrará referências a uma louca
debandada, mas transferência do governo
para o Brasil partindo de decisão pensada, deliberada e homologada pelo
Conselho de Estado. Era preciso garantir a continuidade da dinastia reinante e,
para isso, assinou-se acordo com a Inglaterra, em 1806, com decreto autografado
pelo Príncipe Regente, em 26 de maio de 1807. Portanto, dois anos antes,
rolaram os preparativos para a viagem aos trópicos.
Dm João VI reproduzido de pintura de Jean Baptiste Debret |
No entanto, não era só isso. A monarquia portuguesa tinha grandes inimigos internos, protegidos pela Maçonaria. Não dava mesmo pra segurar.
Conta-se, também que Dom João Sexto só deixou
o Brasil após ter sido motivado pelo marechal inglês William Beresford. Também, não foi
assim, embora eles tivessem conversado sobre o tema.
Passados os 13 anos em que por aqui estivera, Dom João Sexto voltou a Portugal – comprovam documentos – porque os políticos e o povo que haviam aceito a sua partida para a colônia não o aceitavam mais distante, pois o perigo Bonaparte já não existia e o quadro político da Europa, em 1815, já era outro.
Nada justificava Dom João continuar d´além mar. Além do mais, as Cortes Portuguesas não queiram mais saber desse negócio de sede do governo por estas bandas. Foi por isso que, em 26 de abril de 1821, ele teve que se mandar, deixando o seu filho Dom Pedro I regendo a orquestra dessas “terras brasilis” – está nos documentos que historiadores preguiçosos não pesquisam.
Passados os 13 anos em que por aqui estivera, Dom João Sexto voltou a Portugal – comprovam documentos – porque os políticos e o povo que haviam aceito a sua partida para a colônia não o aceitavam mais distante, pois o perigo Bonaparte já não existia e o quadro político da Europa, em 1815, já era outro.
Nada justificava Dom João continuar d´além mar. Além do mais, as Cortes Portuguesas não queiram mais saber desse negócio de sede do governo por estas bandas. Foi por isso que, em 26 de abril de 1821, ele teve que se mandar, deixando o seu filho Dom Pedro I regendo a orquestra dessas “terras brasilis” – está nos documentos que historiadores preguiçosos não pesquisam.
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