Quando se fala do “Caso Watergate” - invasão do Comitê Nacional do Partido
Democrata, nos Estados Unidos, provocador da queda do presidente Richard Nixon,
em 1974 – os heróis são sempre os repórteres Bob Woodward e Cark Bernstein, que tiveram a ajuda de um ex-vice-presidente do FBI, Mark Felt.
No entato, se Katharine
Graham, a Kay, “publisher” do jornal “Washington Post”, não tivesse tido a
coragem de encarar o governo do seu país, seguramente, a história
política norte-americana, talvez, pudesse ter sido diferente.
Vale lembrar, no entanto, de que, de início, Kay Graham não botara fé na pauta Watergate. Inclusive, perguntara ao seu pauteiro quando ele iria levar-lhe assuntos sérios – a outra notícia da hora era sobre um motorista desgovernado que invadira a casa onde um casal transava no sofá da sala
Vale lembrar, no entanto, de que, de início, Kay Graham não botara fé na pauta Watergate. Inclusive, perguntara ao seu pauteiro quando ele iria levar-lhe assuntos sérios – a outra notícia da hora era sobre um motorista desgovernado que invadira a casa onde um casal transava no sofá da sala
Era a segunda vez em que ela batia de frente
com o “homem”. A primeira fora em 1971, quando o seu jornal agarrou a fonte que
entregara documentos secretos (e cascateiros) do Pentágono, sobre a Guerra ao
Vietnam, ao concorrente “New York Times”, que tivera as
suas publicações interrompidas, judicialmente. Daquela nova
vez, Kay e a sua turma não deixou caminhos por onde o presidente Nixon pudesse
escapar de um processo de “impeachment” – renunciou ao cargo.
Desafiar a Justiça e reabrir as publicações
proibidas poderia levar Kay e Bem Bradlee, o seu editor-chefe, à cadeia. Deram
sorte e não foram, pois o governo dos “Iztêitis” conseguiu convencer à moçada
de que as notícias do “Washington Post” não bola murcha - Nixon foi reeleito em
1972.
Kay
Graham era filha de Eugene Meyer, que comprara o
“Washington Post” durante a década-1930 e não planejava fazer dela herdeira do
negócio.
Como a mãe da moça, Agnes Ernst Meyer,
repórter dos inícios do século 20 – as duas não tinham boas relações – não lhe
via capacitada para atuar na publicação da casa, ao aposentar-se, Eugene convocou o genro Philip Graham, advogado desinteressado pelo
periódico, para comanda-lo, mesmo com Kay já trabalhando na casa há mais de 10
temporadas.
Kay Graham tinha 42 de idade, em 1963, quando
tornou-se a maior autoridade na hierarquia
operacional e a responsável pelas estratégias e visão da empresa. Isso, porque
seu marido Philip Graham suicidou-se, diagnosticado com transtorno
maníaco-depressivo.
Mesmo
subindo ao cume do “Whashington Post”, ela sempre foi questinada pelos machistas
da redação, que não queriam admitir a sua competência profissional. Afinal,
antes dela, nenhuma mulher havia sido “publisher” de
um grande jornal dos Estados Unidos.
Katharine Graham
viveu por 84 temporadas - 16 de junho de 1917 a 17 de julho de 2001.
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