1 -
A política de comunicação do presidente Getúlio Vargas entregou à
Rádio Nacional do Rio de Janeiro os transmissores mais potentes do continente
sul-americano. Com isso, os times cariocas até hoje dominam as torcidas
nordestinas. E o Vasco é um dos dois maiores beneficiados.
Para morder uma
boa grana, tirando beira no prestígio cruzmaltino empresários armaram um jogo
de despedida de Sócrates, entre Vasco e o Corinthians, clube que consagrou o
“Doutor”, em Juazeiro do Norte., no Ceará. E, daquela vez, o Padim
Pade Cíco não fez milagre. A galera local esperava ver a "Turma da
Colina" colocando água no chope da festa do “Doutor”, mas, daquela vez, o
“Pade Cíço” não fez milagre, não.
Era 3 de junho de 1984 e a bola rolou no
Estádio Mauro Sampaio. Só que o "Almirante" não conhecia os atalhos
do sertão cearense e voltou a São Januário com três jerimuns na sacola. E
o pior: sofrendo gols de jogadores com apelidos terríveis: Biro-Biro, Galo e
Dicão. Sócrates não atuou pela partida inteira, tendo sido substituído por
Careca. Já os "pisões" da Colina foram: Acácio; Edevaldo, Daniel
Gonzalez, Ivã e Airton; Oliveira, Mario e Claudio José; Jussiê, Geovani e
Vilson Tadei. Técnico: Valinhos.
2 - Os goleiros Mauro, à esquerda da foto
(reproduzida da Revista do Esporte), e Miguel começaram como concorrentes no
time juvenil do Vasco da Gama. O destino, porém, mandou o primeiro para o maior
rival dos cruzmaltinos, tornando-o rubro-negro. De sua parte, o outro ficou em
São Januário e sagrou-se “SuperSuperCampeão carioca”, em 1958.
No dia 10
de janeiro de 1960, eles se reencontraram, no Maracanã, usando as camisas 1 dos
seus respectivos times, evidentemente. Aquele “Clássico dos Milhões” valeu pelo
Torneio Rio-São Paulo e quem saiu-se melhor foi o carinha da Gávea.
Mauro, o
ex-vascaíno, e mais 10 mandaram 1 x 0 na turma de Miguel, que era ele
e Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel, na defesa; Écio e Russo, na cabeça de
área; Sabará, Pinga (Teotônio), Delém, Roberto Pinto (Waldemar) e Roberto
Peniche atacando, a mando do treinador “hermano” Filpo Nuñez.
Este
blog vascaíno só divulga o nome de quem fez o gol porque o autor foi um
cracaço, um dos maiores já surgidos na história do futebol, e merece a nossa
admiração: Gérson de Oliveiras Nunes, aos 13 minutos. E o Vasco dançou durante
o reencontro de velhos companheiros. Afinal, Bolero jogava no rival. (Veja a
súmula completa da partida em Almanaque Vasco-1958).
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