Ela era tida como uma moça muito linda |
Copiávamos em nossos cadernos o que nunca esquecemos de ter ouvido da professora: “Os raios aceleram grandiosa quantidade de elétrons que chegam próximo da velocidade da luz, em milionésimos de segundos. Causam correntes elétricas milhares de vezes maiores do que as que estamos acostumadas e dezenas de milhares de graus acima da temperatura do sol”.
Decorávamos aquilo, para a
lição dos dias seguintes, mas não nos ligávamos muito nas explicações técnica sobre ondas sonoras expandidas no ar. Ouvíamos que o processo gerava radiações de alta energia, os raios X e Gama, atingiam a Terra, a partir de centenas de quilômetros de altitude, e tudo entrava
por um ouvido e saía pelo outro.
Da mesma forma que tais
ensinamentos não nos entusiasmava muito era saber que a ciência passou a considerar os raios descargas elétricas a parir dos estudos dos norte-americano Benjamin Franklin, divulgados a partir de 1752. Gostávamos muito mais de ouvir a história da santa protetora contra os raios, dos homens de bom coração e tementes a Deus.
Em um livrinho publicado por editora religiosa, evidentemente, contava-se que a tal
história de Santa Bárbara havia sido criada pela Santa Madre Igreja Católica
Apostólica Romana, na Europa, no século sétimo, fixando o quatro de dezembro
como o dia dedicado a ela. Por sinal, entre outros motivos, fora por causa daquilo que muitos pais batizaram e registraram filhas por Bárbara.
A divindade viveu no Egito, por volta de 300 da era cristã, tendo sido uma moça muito bonita,
encantadora, com muitos pretendentes a casamento. Seu pai, Dióscoro, era pagão e não deixava os interessados em Bárbara aproximarem-se dela. Levava coisa às últimas
consequências. A pior de todas foi encerra-laa na torre de um castelo, onde
ninguém pudesse chegar perto, a não ser os seus empregados.
A santa guerreira aparece com um seio à mostra porque conta a lenda que ela os teve decepados pelos seus algozes |
Condenada ao pior, Bárbara foi executada pelo
próprio pai, que puxou da sua espada e cortou-lhe a cabeça.
Dióscoro, no
entanto, não teve muito tempo para vê-la estatelado ao chão.
Parado, observando
o sangue de suas veias escorrendo pelo chão do tribunal, ainda com sua espada afiada apontada para Bárbara,
poucos segundos se passaram quando um raio irrompeu do Céu e o fulminou.
Bárbara virou santa protetora contra os raios e o seu culto espalhou-se muito
rápido pelo mundo. Ao Brasil, chegou trazido pelas caravelas dos
portugueses.
IMAGENS REPRODUZIDAS DE 'SANTINHOS' CATÓLICOS
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