Reprodução da Revista do Esporte |
Em 15 de agosto de 1967, um
dos astros vascaínos da década-1950, o lateral-direito gaúcho Paulinho de
Almeida, assumiu o comando técnico do Olaria, escalando a base encontrada. A sua missão seria armar um time
capaz de chegar ao returno do Campeonato Carioca, que teria só oito times.
Desde 1963 na carreira, quando pendurou
as chuteiras, inicialmente, Paulinho treinou os juvenis e aspirantes vascaínos. Mais tarde, dividiu, com o também ex-zagueiro cruzmaltino Ely do
Amparo, o comando do time A. Mais adiante, foi treinar o Internacional-RS, o
clube pelo qual iniciara a carreira.
FICOU POUCO no Sul. Preferiu voltar ao Rio, no início de
1967, e cuidar dos seus negócios, pois deles dependiam o futuro dos filhos
Cristina e Paulo André e, é claro, da mulher Vitória.
Pelos inícios de trabalho na Rua Bariri, Paulinho nem sabia o
nome de muitos jogadores. Estreou, perdendo do Flamengo (0 x 3,
em 26.08.1967), do Botafogo (1 x 3) e do Fluminense (1 x 2). Obteve a primeira
vitória em cima do o Madureira (3 x 0, em 07.09.1967, no Maracanã) e engatou a
segunda diante do São Cristóvão (4 x 2, em 01.10.1967) de forma convincente.
Uma semana depois, Paulinho surpreendeu o Vasco da Gama, na Rua Bariri
(2 x 0), diante de incrédulos 5.372 pagantes. Passada mais uma semana, a nova
vítima chamou-se Bonsucesso (2 x 1). E seguiram-se duas derrotas, ambas por 1 x
0, ante América e Bangu. Mas a recuperação foi rápida: 2 x 1 Portuguesa-RJ e 1 x 0 Campo Grande-RJ, respectivamente.
Para quem iniciara trabalho a uma semana do início da disputa, seis
vitórias e cinco derrotas eram um cartel aceitável para os planos do
clube, que terminou a etapa em quinto lugar, atrás dos quatro grandes, somando 12 pontos, em 11 jogos, marcando 16 e sofrendo 14 gols.
EMBORA A SUA CAMPANHA tivesse sido mais fraca do que a anterior, o
Olaria venceu o Flamengo (2 x 1, em 10.12.1967, na Rua Bariri), e segurou o
Vasco (0 x 0, em 29.11.1967, em São Januário). Exceto a goleada 0 x 5 Bangu, que tentava o bi estadual, as outras quedas foram vendidas muito caras:
1 x 2 Fluminense; 0 x 1 Botafogo; 0 x 2 América e 0 x 1 Campo Grande. Terminou a missão em
oitavo lugar, um ponto atrás de Flamengo e Campo Grande, e a dois do Vasco - serviço mais do que aprovado, para
um time pequeno, repleto de veteranos: sete vitórias, um empate e 10 derrotas.
Tão aprovado que o Vasco da Gama foi buscá-lo para dirigir o seu time, em 1968,
quando saiu-se vice-campeão carioca.
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