Desde que existe, Brasília elege a sua mulher
mais bonita. Aliás, antes de existir. Tá no caderninho: quando a candanada
ajudava o presidente JK a constuir a futura capital brazuca, a turma de
católicos armou um concurso de beleza para arrecadar uma graninha e comparecer
nas despesas da construção de uma capela para Dom Bosco, na então Cidade Livre,
a maior concentração de trabalhadores e aventureiros que chegavam ao Planalto
Central do país.
Com a ajuda do santo que sonhou o surgimento
de Brasília, a goiana Anita
de Souza Lopes Tissiani, nascida em Formosa, foi a mais formosa e primeira Miss
Brasília, mas não disputou o Miss Brasil. Afinal, Brasília era só um canteiro
de obras. Mas a carioca Martha Garcia, que viera conhecer a futura capital e
terminou sendo a primeira Miss Brasilia oficial, já representou os candangos no
Miss Brasil.
De início, as candidatas a
Miss Brasília representavam clubes ou associações de cidades satélites da
capital, chamada por Plano (de Plano Piloto, pelo povo da terra). Passada uma
década de concursos, as inscritas eram nascidas de Norte a Sul do país, na
maioria das vezes em 1961. Tinham grau médio de escolaridade, estudavam em
colégio público e não falavam nenhuma língua estrangeira.
Na ficha de inscrição, as
candidatas contavam que, se não eram estudantes, trabalhavam como
recepcionistas, secretárias ou vendedoras. Ao serem medidas pela comissão
organizadora do evento, em média, mediam 1m56cm de altura;pesavam 54 quilos;
tinham 55 cm de coxas; 65cm de cintura; 99cm de quadris e 95 cm de busto. O
manequim era 42, sapatos entre 35 a 39, e os olhos e caelos, ma maioria das
vezes, castanhos.
Quando indagadas por
preferências desportivas, cerca de 90% declaravam-se torxcedoras do Flamengo.
Mas o esporte prefereido delas era o voleibol, muito praticado nos clubes da
cidade.
As meninas declaravam, também, gostar de ler,
e apontavam o baiano Jorge Amado como o escritor predileto. Única Miss Basília a posar para a Playboy |
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