Ficou careca de tanto surripiar... |
Já teve
gente acreditando que o continente da Atlântida existiu; que Jesus Cristo não
existiu; que melhores tempos existirão e que William Shakespeare fora uma invenção
de condes, poetas, filósofos e dramaturgos ingleses - William Stanley (Conde de Derby);
Edward Vere (Conde de Oxford); Roger Manners (Conde de Rutland); Francis Bacon
(político, cientistas, filósofo e ensaístas inglês) e Christopher Marlowe
(dramaturgo e poeta inglês). Um deles, seria o cara, ou, digamos, um Shakesperare alternativo.
O poeta, dramaturgo, artista plástico e cineasta
francês Jean Cocteau rejeita a tese acima, peremptoriamente, e prega que, se
William Shakespeare não existiu, as suas peças foram escritas por um impostor
que se chamava, também, William Shakespeare. E se alista nas fileiras do que
acreditam que ele tenha nascido na inglesa Stratford-upon-Avon
e vivido entre 1564 a 1616.
...ideias de outros escritores... |
Se Shakespeare nasceu e dramaturgou, ou não, o certo é que, pelo menos, no que diz respeito a caráter, ele não envergonhou ao mala Leonardo da Vince. Por aquela sua época vivencial, ainda não haviam inventado a falsidade ideológica. Ele escrevia o seu sobrenome por 16 maneiras diferentes, embora ninguém jamais provasse que seria para fugir de cobradores – o esporte predileto do Leo da Vinci.
... mas as tornava brilhantérrimas... |
Como só ficar na porta do teatro não dava
camisa a ninguém. Shaxpere (uma de suas assinaturas) decidiu, então, adentrar
ao recinto daquela douta casa, virando ator de companhias fuleiras. Aos 19 de
idade, aplicou o golpe do baú, casando-se com a coroa (para a época) Anne
Hathaway, de 26. Depois de atorizar, resolveu
dramaturizar. E, sem demora, arrumou
encrenca com o colega Robert Greene, que o acusou de roubar obras alheias.
Na verdade, Shakespere (uma outra
assinatura) não ia fundo no roubo. Apenas pegava
emprestado o que gostava das obras de outrem e os adequava aos seus ritmos cênico
expressões dramática. Digamos, um roubinho,
ligeiramente leve.
Especialista nessa malandragem, William Shakespeare
deu uma sacada no livro Palace of
Pleasure, de William Paitner, escrito oito temporadas antes de ele nascer,
e gostou tanto que dele pegou empréstimos para uma de suas obras mais cult, Romeu e Julieta. Do mesmo, abasteceu-se de ideias para Timon de
Atenas e Tudo bem quando acaba bem.
... caso desta aqui. Por isso... |
Foi por aquele mesmo 1531 que se publicou e
representaram, na italiana Siena, a comédia Gl´Inganatti,
que Shakespeare reproduziu-a como Noite
de Reis. Por sinal, deveria ser grande a simpatia dele pelos italianos. A
sua Medida por Medida, por exemplo, ele
foi buscar lendo a novela Gli Hecatommithi,
de Giovanni Battista Giraldi Cinthio. De quebra, aproveitou a obra e inseriu
itens dela na tragédia Epítia.
Shakespeare deveria ser um rato de biblioteca. A julgar pelas
visitas que fazia aos antigos dramaturgos, como o romanos Tito Mácio Plauto e o (mais um) italiano Ludovico
Aristo. Do primeiro, pescou, de peças escritas entre 205 a 184 antes de
Cristo, A Comédia dos Erros.
...um sujeito selado, carimbado. |
Quanto levariam, por
cobrança de direitos autorais, os italianos visitados pelo adaptador
Shakespeare? Um que, certamente, exigira a sua cota seria Giovanni Francisco Straparola
(1480 a 1557). Autor de La Piacevoli
Notti, esta foi gerar As Alegres
Comadres de Windsor, que deram um passeadinha pelo Decamaron, de Giovanni Boccaccio (1313 a 1375).
Dizem que
Shakespeare enricou-se, como teatrólogo, e até comprado o londrino Teatro Globo,
na porta do qual tomara conta de cavalos e carruagens – vale uma peça, sem
adaptador. Principalmente, de três pontas,
o terror dos celulares dos estrangeiros que visitavam o Brasil da época
de governo do PT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário