Ingrid Schmidt, bicampeã de vela e seis vezes de natação, era uma das feras do esporte carioca, quando foi fotografada pela “Manchete Esportiva” Nº 2, que chegou às bancas em 3 de dezembro de 1955. Alta – 1m70 cm –, para os padrões da mulher brasileira da época, pesando 60 quilos, com 62 cm de cintura, 94 cm de quadris e 93 de busto, ela tinha 17 anos quando coloriu a a primeira da quatro páginas centrais da semanária e, ainda, a contracapa. A redatora Meg a descreveu como “loura, esguia, meiga e, sobretudo, esportiva”. Conta que nasceu no Rio de Janeiro, e, com oito dias, foi viver em Niterói, onde estudou em colégios ingleses e no Anglo-Americano.
Na vida desportiva, Ingrid já colecionava, antes dos 18 anos de idade, uma medalha de campeã no voleibol, além de ajudar o seu time a ganhar no basquetebol. No entanto, era no mar que ela se dava melhor. Prova? Uma coleção de 15 medalhas e duas taças, incluindo, nesse rol, o bi carioca em barco à vela e seis títulos de campeã colegial de natação, no nado dois estilos (peito e costas).
Além de fera no esporte, Ingrid Schmidt foi rainha, em 1953, dos Jogos da Primavera, promoção do “Jornal dos Sports”, e Miss Icaraí, em Niterói. No ano seguinte, usou a coroa de Miss Estado do Rio de Janeiro. Colecionadora de flâmulas que falavam de vitórias, a bela de hoje da “Manchete Esportiva” contou gostar mais da cor azul do céu (embora o mar fosse a sua praia). E fez uma revelação: não tinha medo de ratos. Por isso, era difícil lhe roubarem um pódio.
Exemplo de moça bem educada e encantadora, Ingrid adorava cinema e era fã do ator Stewart Granger. No seu cardápio, lagosta teria preferência sobre os demais pratos. Como toda moça de sua idade, ficava atenta à moda. usava "Pretexte, de Lanvin, "porque perfume bem usado aumenta o encanto de qualquer mulher", garantiu à sua entrevistadora
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