Vasco

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domingo, 4 de setembro de 2016

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - HELENIZE E EUNICE, FERAS DO VÔLEI

Reprodução do arquivo de Nei Medina
Pra começar, nas veias de Helenize corria sangue de craque. Teve por tio o atacante Heleno de Freitas, defensor de grandes estampas – Botafogo, Vasco da Gama, Boca Juniors-ARG e Seleção Brasileira.
Além de ter convivido com um "tio astro" – entre 1952/1954 –, Helenize é prima de Bebeto de Freitas, que também foi do selecionado brasileiro de vôlei (como atleta e treinador) e presidiu o Botafogo.
 Nascida em São João de Nepomuceno-MG (08.06.1945), Helenize jogava com excelente altura para o seu tempo, 1m87cm.  História iniciada, em 1966, pelo Mangueira FC, aos 18 anos. Rápido, ela pintou na seleção mineira juvenil e foi a Natal-RN ficar campeã brasileira da categoria. Entre o mesmo 1966 e  parte de 1967, defendeu o  Minas Tênis Clube. Antes do final daquele ano e até 1969, esteve no Mackenzie EC, do qual rumou para o carioca Tijuca Tênis Clube e, depois, para o Fluminense.
Helenize ganhou um segundo título nacional pela seleção-MG, sendo eleita a melhor atleta do Campeonato Brasileiro de Seleções. Em 1969, foi ao Campeonato Sul-Americano, em Caracas-VEN, voltou dourada e como a melhor da disputa. Em 1970, jogou o seu primeiro Mundial, na Bulgária, mas o Brasil ainda estava longe de ser potência mundial no vôlei. Na mesma temporada,  defendeu a seleção carioca, como atleta do Tijuca e colecionou mais um titulo de campeã brasileira de seleções estaduais.
 Como universitária, Helenize esteve nas Universíades-1970, em Turim-ITA, e trouxe a medalha de bronze. Em 1971, disputou os seus segundos Jogos Pan-Americanos consecutivos, ficando em 4º lugar, mesma posição, na canadense Winnipeg-1967. Atleta muito regular, em 1973, nas Universíades de Moscou, repetiu o bronze e foi eleita a segunda melhor da disputa. Em 1975, viveu a sua última temporada pela equipe nacional, indo, novamente, aos Jogos Pan-Americanos, no México, como a capitão da equipe que  foi a 5ª colocada. Depois, ainda disputou um torneio internacional no Japão. Mas já  era hora de dar passagem às novas feras.
Geração dos primeiros títulos das equipes femininas do vôlei brasileiro,
em foto do arquivo de Nei Medina 
Helenize foi considerada uma das mais completas atleta do vôlei brasileiro das décadas-1960/1970. E não ficou só nas quadras. Estudou e graduou-se, em magistério e educação física. Em 1980, voltou para a sua terra e passou a atuar como professora e formadora de atletas de natação, vôlei e ginástica rítmica.
 
DOURADA – Eunice Rondino foi outra grande atleta do vôlei brasileiro da década-1960.  Paulista, ganhou medalha de ouro nos Sul-Americanos-1961, em Lima-PER; em 1962, em Santiago-CHI, e em 1969, em Caracas-VEN. Também, saiu dourada dos Jogos Pan-Americanos-1963, em São Paulo.
 O título na Venezuela foi um dos mais importantes da sua careira. Era o sexto sul-americano brasileiro e ela ajudou o Brasil a conquistá-lo encarando, na final, o favorito Peru, bicampeão continental. Mas a sua turma mandou 3 x 1 ( 15 x 10; 7 x 15; 15 x 10; 16x14).
  Eunice fez parte de uma geração que, além de Helenize, teve entra uma outra grandes voleira Ana Arruda, ao lado de quem jogou disputas continentais. Ela começou a carreira de voleira, em 1956, no Clube Universitário de São Paulo. Um bi paulista e um vice nacional foram o seu primeiro cartão de visitas. Vestiu, também, as jaquetas do paulistano EC Pinheiros e do carioca Botafogo, pelo qual jogou, também, basquete e o ajudou-o a ficar tetra estadual-1960/61/62/63. Nascida em  20 de fevereiro de 1942, na capital paulista, Eunice jgoava com altura mediana para as atletas do seu tempo, 1m68cm. Compensava o que faltava com garra e muito boa técnica.

 

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