Em 1861, os
Estados Unidos estavam em guerra civil. Em Washington, a vida social gravitava
em torno de Rose O´Neil Greenhow, simpatizante dos confederados. Cercada pelas
pessoas mais importantes da elite local, incluindo políticos e líderes
militares, ninguém poderia coletar mais informações do que ela, que tornou-se
espiã confederada.
Rose Greenhow foi contada em livro |
Foi graças aos segredos arrancados, na cama,
de líderes do Comitê de Assuntos Militares e do comando das forças das União,
que Rose levou ao confederados, em julho daquele 1861, a uma grande vitória em
luta travada em Virgínia. Ela levantou o número exato de combatentes unionistas
e a sua tática para o confronto, levando-os ao seu primeiro recuo na ofensiva guerreira. Fez a União ver que a
guerra não seria rápida, mesmo com o adversário tendo menos contingente e sendo
considerado mais fraco.
Como o revés uninonista fora chocante, desconfiou-se
de Rose Greenhow, que foi presa, após
ser espionada arrancando informações de um oficial que servia no gabinete do
presidente dos Estados Unidos. Rose
recusou-se a dar qualquer informação sobre os seus contatos. Como a lei do país
não previa fuzilamento para mulheres espiãs, que eram trocadas por outros
prisioneiros, Rose livrou-se da cadeia e foi enviada, pelos confederados, para
trabalhar pela sua causa, em 1862, junto aos ingleses. Dois anos depois, quando
voltava para cassa, o navio que a trazia encalhou e ela afogou-se. Virou uma
lenda.
Enquanto Greenhow espionava para os
confederados, uma outra mulher fazia o mesmo no estado da Virgínia. Mas para a
União. Elizabeth van Lew, era o nome da moça, que cuidava de prisioneiros
unionistas hospitalizados e os ajudava a fugir.
Elizabeth bisbilhotava
conversas de moradores de Richmond, a sua cidade, enviava relatórios a
Washington, usando seus ex-escravos (era abolicionista), pois os sulistas os
consideravam deficientes, mentalmente. Só não fez mais por não ter noção de
inteligência militar, o que a impediu de levantar mais sobre forças e intenções
confederadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário