No 8 de abril de 1924, o Vasco da Gama negou-se, por unanimidade de sua diretoria, expulsar ou ofender negros, pobres e operários que atuavam pela sua equipe. A quilo era ordem da racista Associação Metropolitana de Esportes Atléticos-AMEA, da qual o “Almirante” saiu, indignado.
Era a época do Brasil governado pelo presidente Arthur Bernardes, quando a rapaziada não tinha adversários no futebol carioca. Vencia quem pintasse pela frente, motivo de os adversários o perseguirem e fazerem de tudo para eliminá-lo de suas companhias.
Como não conseguiram via regulamento da Liga Metropolitana, os adversários criarem a AMEA e recusaram a inscrição do Vasco, acusado de pagar aos seus atletas e não ter um bom estádio. Então, a entidade exigiu a exclusão de 12 jogadores vascaínos, o que foi recusado pelo clube. O presidente José Augusto Prestes enviou esta carta ao presidente da AMEA:
"Estamos certos de que Vossa Excelência será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno de nossa parte sacrificar, ao desejo de filiar-se à Amea, alguns dos que lutaram para que tivéssemos, entre outras vitórias, a do Campeonato de Futebol da Cidade do Rio de Janeiro de 1923 (...) Nestes termos, sentimos ter de comunicar a Vossa Excelência que desistimos de fazer parte da AMEA".
A saída do Vasco, bicampeão carioca-1923/1924, foi disputar a temporada-1925, pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.
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