Antes
da Copa do Mundo-1982, as meninas do Esporte Clube Radar, do Rio de Janeiro,
viajaram à Espanha para a disputa de vários amistosos. Embora elas fossem
meninas de “fino trato com a bola”, as leis brasileiras não lhes abria as
portas à modalidade. Ainda havia lei ultrapassada, editada nos tempos do
presidente Getúlio Vargas (1940 a 195..), barrando a brincadeira.
Para mostrar que elas não eram só boleiras,
embora a maioria fosse dos pobre subúrbios carioca, sem muito acesso à
educação, o pensamento embarcado com elas rumo a Europa era voltar com bons
resultados, para pedir ao Conselho Nacional de Desportos a revogação da
portaria discriminatória. Afinal, àquela altura do “campeonato”, porque mulher
não poderia ter o futebol como profissão? – discutiam as moças.
Entre as principais jogadoras do time do Radar
estavam Pelezinha, Vera, Heleninha, a principal goleadora, e a capitã Cláudia
“Maradona”.
Fundado
em 1981 e tendo sede em Copacabana, por toda a década-1980, o Radar foi
principal time feminino brasileiro. Hexacampeão da Taça Brasil de o Torneio
Brasileiro de Clubes, representou a Seleção Brasileira durante o Campeonato
Mundial-1989.
O Esporte Clube Radar existia desde 1932, tendo
sido criado para o futebol nas areias da praia de Copacabana. Mas só passados
49 temporadas apostou na bola das meninas.
O time foi montado pelo advogado
Eurico Lyra Filho, que fora administrador dos bairros de Copacabana e do Leme.
A coisa virou moda entre as carioca elas pelos finalmente da década-1970,
quando a imprensa entrou com a sua parte. Como parte da contribuição do Radar,
a brasileira e alagoana Marta já foi eleita, por cinco vezes, a melhor
futebolista do planeta.
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