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quarta-feira, 4 de julho de 2018

HISTÓRIAS DO FUTEBOL BRASILIENSE. GAMA PAPOU SÉRIE B DO BRASILEIRÃO

 20 de dezembro de 1998 segue sendo a maior data da história da Sociedade Esportiva do Gama. Nela, em uma tarde de domingo, no velho estádio Mané Garrincha (demolido e reconstruído para a Copa do Mundo-2014), o time alviverde mandou 3 x 0 Londrina-PR e conquistou o título de campeão brasileiro da Série B. Algo impensável para um clube que, em 1976, quando se lançara ao futebol profissional, era o pior do Campeonato Candango. Pois naquele domingão, o “Periquitão” fez torcedor sair de casa às seis da manhã para encarar na fila e tentar comprar um ingresso para a partida.

 O relógio do árbitro Jorge Rabelo-RJ marcava 15h25 quando time do Gama pisou no gramado do Mané, para ir à luta. Foi recepcionado por dois minutos de estouros de 35 mil fogos de artifícios (segundo os organizadores), e aplaudido, de pé, por mais de 40 mil torcedores (falou-se em 51 mil), dos quais metade recebeu balões verde e branco para a festa, quase com casa lotada, tendo os gamenses só deixado vaga na geral (antigo espaço sem assentos) para uns 300 londrinenses que disseram terem viajado cerca de 16 horas para incentivar a sua rapaziada alviazul. Mas não deu.

 Para ficar de olho na rapaziada, a Polícia Militar do DF destacou 350 homens. O interesse pela partidas era tanto que a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos, de acordo com o seu presidente, Jorge Martins,  credenciou 19 rádios e sete TVs de fora do DF, totalizando mais de 150 credenciais entre jornalistas da terra e de órgãos de mídia impressa do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Goiás.

  

 Título conquistado, por indiscutíveis 3 x 0, os atletas gamenses deixaram o Mané Garrincha por volta das 18h35, debaixo de forte chuva e escoltado por carros do Corpo de Bombeiros. À medida em que se aproximavam (da cidade satélite) do Gama, crescia o número de automóveis de torcedores, formando uma enorme caravana. Pelas imediações do Catetinho, rolou temendo buzinaço, que não parou até a moçada chegar ao balão que dá acesso à cidade do Gama, onde o Corpo de Bombeiros esperava os campeões, para um desfile pela cidade-satélite, por sinal, usando os mesmos caminhões que, em 1970, desfilaram pelas ruas de Brasília com os tricampeões mundiais na Copa do México.

Eram 20h15, quando o time campeão entrou em sua cidade, que foi iluminada por queima de fogos. Da entrada do Gama até o estádio Bezerrão, gastou-se 40 minutos em um percurso que não exige mais do que cinco. Exatamente, o relógio marcava 20h55 quando atletas e comissão técnica chegaram ao estádio. E não foi fácil descer do caminhão, pois era enorme o número de torcedores querendo saudar a moçada. Afinal, aquele domingo era diferente de todos os já vividos pelo “Periqutão”.  

O Gama 3 x 0 Londrina teve gols marcados por  Renato Martins, aos 7 e William, aos 29 minutos do primeiro tempo, e por Nei Bala, 33 (78) da etapa final. Treinado por Vagner Benazzi, o time gamense alinhou: Marcelo Cruz; Paulo Henrique, Gerson (Adriano), Jairo e Rochinha; Deda, Kabila, William e Rodrigo Beckham; Nei Bala (Robertinho) e Renato Martins (Romualdo). 



              IMAGENS REPRODUZIDAS DO MEMORIAL DO GAMA 

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