A turma canarinha de 1970, quando voltou do México, com o tri, de quebra, passou a ser considerado a “melhor seleção brasileira de todos os tempos”. Realmente, foi um timaço que, em seis jogos, marcou 19 e sofreu 7 gols, sobrando um saldo de 12. Além disso, colocou Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Pelé e Rivelino, na seleção dos melhores da Copa – os outros foram Banks, Bobby Moore e Terence Cooper (ING), Beckenbauer e Gerd Muller (ALE) – e, ainda, fez o segundo artilheiro, “O Furacão” Jair Ventura Filho, com 7 gols, três a menos do que o líder alemão Müller.
Durante aquele que foi o primeiro Mundial transmitido, ao vivo, pela TV, para o Brasil, a Seleção passava tanta confiança, que a vitória era esperada, com certeza. Foi fantástico, emocionante. No entanto, a equipe de 70 durou apenas uma Copa. Em 1974, não tínhamos mais Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Clodoaldo, Gérson, Tostão e Pelé, se bem que o “Rei do Futebol” não foi à Alemanha porque decidiu, antes, encerrar a carreira. Então, Jairzinho e Rivellino foram os titulares que restaram – atuaram, também, o lateral-direito Zé Maria e o atacante Paulo César “Caju”, reservas, em 70, e titulares, em 74.
Nas antigas histórias para jovens desportistas, pouco já se cultua a seleção de 1958, a do nosso primeiro título mundial, na Suécia. Ela começa a perder força junto aos pesquisadores, embora tenha sido o começo dessa história de grandiosas glórias. O time que aparece nesta foto, com Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando, Gilmar (em pé), Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo, além do massagista Mário Américo, ao contrário do de 1970, atingiu duas Copas, trazendo, do Chile, o bicampeonato, em 1962, com duas trocas, apenas, no time titular: os zagueiros Orlando Peçanha de Carvalho – jogava pelo argentino Boca Junior e, na época, não se convocava quem atuasse no exterior – cedeu a sua vaga a Zózimo, enquanto Bellini passou a braçadeira de capitão a Mauro Ramos de Oliveira.
Se o time do tri regressou com o saldo de12 gols, em seis vitórias, a rapaziada do bi fez 16 e sofreu quatro, em igual número de partidas, ms com um empate. Portanto, o mesmo saldo. E, assim como no México, fez, também, o segundo artilheiro nas disputas da Suécia, o garoto Pelé, de 17 anos, com seis tentos, empatado com o alemão Helmut Rahn – o principal artilheiro foi o francês Just Fontine, com 13 bolas nas redes. No quesito “Seleção da Copa”, porém, os “tri” ganham, por 8 x 6. De 58, foram selecionados Djalma Santos, Nilton Santos, Zito, Garrincha, Didi, o melhor da Copa, e Pelé – o “time ideal” teve, ainda, Yashin e Voinov (URSS), Blanchflower (Irlanda do Norte), Liedlholm e Skoglund (SUS), e Fontaine (FRA).
A equipe de 58 compensa a perda no quesito acima, comparecendo à história dos Mundiais de futebol com dois goleadores no topo da lista dos “matadores” da VII Copa do Mundo: Vavá e Grrincha, cada um, com quatro gols, empatados com o chileno Leonel Sanchez, o húngaro Florian Albert e o então soviético Valentin Ivanov – o então iugoslavo Dragan Jerkovic, com cinco gols, foi o primeiro colocado. Por extensão, como a seleção de 58 é quase a mesma de 62, vale ressaltar que, quatro anos envelhecida, ela contribuiu com Gilmar, Djalma Santos, Zito, Garrincha e Vavá no “time da disputa”, que teve, também, Schnellinger (ALE), Voronin (URSS), Novak e Masopust (TCH), Toro (CHI) e Skoblar (IUG). Portanto, vida longa, em nossa memória, para a seleção de 1958.
Só para reverenciar: embora não tivessem sido campeãs mundiais, vale lembrar que as seleções de 1938 e de 1950 fizeram os artilheiros dos seus respectivos Mundiais: Leônidas da Silva, com oito, e Ademir Marques de Menezes, cm nove gols
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