Vasco

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sábado, 3 de fevereiro de 2018

O VENENO DO ESCORPIÃO - ELOGIOS E CULTO A UM GRANDECÍSSIMO BABACA

 Quem disse que a “raça humana parece não ter dado certo”, se não acertou, também, não errou muito. Parece mesmo! É impressionante a inclinação do homem pelo que é ruim. Por exemplo, ainda hoje pesquisa, debate, lançam livros e produzem teses acadêmicas sobre um dos maiores escroques da humanidade, Donatien Alphonse François de Sade.
 Este foi um babaca do século 18, que chegou aos dias atuais reverenciado por surrealistas mais bacacas ainda, que o consideram um libertário e filósofo materialista tão importante quanto Pierre-Joseph Proudhon (1809 a 19865); Thomas Malthus (1766 a 1834); François Marie Charles Fourier (1772 a 1837), Chales Darwin (1809 a 1882) e Herbert Spencer (1920 a 1903). Há até quem o veja percussor da moderna psiquiatria.
 Donatien Alponse, conhecido, também, por Marquês de Sade, seria descendente de Balthazar ou de Gaspar, aqueles do trio “Reis Magos”, que teriam sido guiados por uma estrela para levarem presentes ao nascente Jesus Cristo. Há intelectuais mais babacas ainda que querem fazê-lo de percussor do comunismo militante, jogando a escanteio Isidore Lucien Cucasse, o Conde Lautréamont (1846 a 1870) e Arthur Rimbaud (1854 a 1891).
 A tese desses intelectuais babaquinhas nem deve ser considerada, pois, ao final da Segunda Guerra Mundial (1945), Sade foi considerado entulho do fascismo e da exterma direita, do que Jean–Paul Sartre (1905 a 1980) e Simone de Beauvoir (1908 a 1986) não tinham a menor dúvida. Albert Camus (1913 a 1960), também, ia nessa, mas não o condenava por o tal nunca ter tido o ser humano como uma sua prioridade.
 Simone lia Sade como sujeito de temperamento vulcânico, uma “larva ardente”, dono de audácia irrefreável ao mexer com dinheiro, erotismo e rituais de  flagelação. Ai de quem não se curvasse aos seus planos! Brutal, dominador,  megalomaníaco, inescrupuloso, sabia seduzir, dominar e corromper, sem nenhum remorso.
 Donatien foi preso, pela primeira vez (por libertinagem), em 1763, cinco meses após casar-se, com Renée-Pelagie. Casar-se, porém, pouco importava para ele participar de farras com sadismo, masoquismo, veadagem e sacrilégios contra símbolos cristãos. Passou mais tempo na cadeia do que livre.
 Em 1789, Donatien era “hóspede” de um manicômio, juntamente com loucos, débeis mentais, libertinos e prostitutas. Só não perdeu a cabeça porque Robespierre perdeu a dele primeiro – e a Bastilha caiu.
Sem  a realeza, Donatien tornou-se insuportável para a república. Foi acusado de conspirar contra ela. Viveu (1740 a 1814) e partiu sem fazer nenhuma falta à humanidade.
COM CERTEZA, ESTE SERIA ÓTIMO PERSONAGEM PARA A RECENTE ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DO VASCO DA GAMA.                            
                        IMAGENS REPRODUZIDAS DE CAPAS DE LIVROS

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