Quem disse que a “raça humana parece não ter
dado certo”, se não acertou, também, não errou muito. Parece mesmo! É
impressionante a inclinação do homem pelo que é ruim. Por exemplo, ainda hoje pesquisa,
debate, lançam livros e produzem teses acadêmicas sobre um dos maiores escroques
da humanidade, Donatien Alphonse François de Sade.
Este
foi um babaca do século 18, que chegou aos dias atuais reverenciado por
surrealistas mais bacacas ainda, que o consideram um libertário e filósofo
materialista tão importante quanto Pierre-Joseph Proudhon (1809 a 19865); Thomas
Malthus (1766 a 1834); François Marie Charles Fourier (1772 a 1837), Chales Darwin
(1809 a 1882) e Herbert Spencer (1920 a 1903). Há até quem o veja percussor da
moderna psiquiatria.
Donatien Alponse, conhecido, também, por
Marquês de Sade, seria descendente de Balthazar ou de Gaspar, aqueles do trio “Reis
Magos”, que teriam sido guiados por uma estrela para levarem presentes ao
nascente Jesus Cristo. Há intelectuais mais babacas ainda que querem fazê-lo de
percussor do comunismo militante, jogando a escanteio Isidore Lucien Cucasse, o
Conde Lautréamont (1846 a 1870) e Arthur Rimbaud (1854 a 1891).
A tese desses intelectuais babaquinhas nem
deve ser considerada, pois, ao final da Segunda Guerra Mundial (1945), Sade foi
considerado entulho do fascismo e da exterma direita, do que Jean–Paul Sartre (1905
a 1980) e Simone de Beauvoir (1908 a 1986) não tinham a menor dúvida. Albert
Camus (1913 a 1960), também, ia nessa, mas não o condenava por o tal nunca ter
tido o ser humano como uma sua prioridade.
Simone lia Sade como sujeito de temperamento
vulcânico, uma “larva ardente”, dono de audácia irrefreável ao mexer com
dinheiro, erotismo e rituais de
flagelação. Ai de quem não se curvasse aos seus planos! Brutal,
dominador, megalomaníaco, inescrupuloso,
sabia seduzir, dominar e corromper, sem nenhum remorso.
Donatien foi preso, pela primeira vez (por libertinagem),
em 1763, cinco meses após casar-se, com Renée-Pelagie. Casar-se, porém, pouco
importava para ele participar de farras com sadismo, masoquismo, veadagem e
sacrilégios contra símbolos cristãos. Passou mais tempo na cadeia do que livre.
Em 1789, Donatien era “hóspede” de um
manicômio, juntamente com loucos, débeis mentais, libertinos e prostitutas. Só
não perdeu a cabeça porque Robespierre perdeu a dele primeiro – e a Bastilha
caiu.
Sem a realeza, Donatien tornou-se insuportável
para a república. Foi acusado de conspirar contra ela. Viveu (1740 a 1814) e
partiu sem fazer nenhuma falta à humanidade.
COM CERTEZA, ESTE SERIA ÓTIMO PERSONAGEM PARA A RECENTE ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DO VASCO DA GAMA. IMAGENS REPRODUZIDAS DE CAPAS DE LIVROS
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