Vasco

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

ARQUEIROS DA COLINA - PEDRO PAULO - 18

 Pernambucano, nascido em 29 de junho de 1943, em Recife, este goleiro foi cria de São Januário, partindo do time juvenil de 1963. Quando subiu as aspirantes, tornou-se campeão carioca, em 1964 e em 1966, da categoria existiu entre 1941 e 1970, sem promover a disputa de 1969 – o Vasco da Gama foi o maior ganhador, com 11 títulos ( 1942/43/46/47.
  Pedro Paulo Fonseca da Silva jamais foi badalado pela imprensa, mesmo sendo um goleiro que passava confiança aos companheiros. Chegou a defender pênalti cobrado por Quarentinha, atacante que fez história no Botafogo e tinha um dos chutes mais fortes do futebol brasileiro. Medindo 1m81cm de altura, estava no rol dos considerados de bom tamanho para vestir a camisa de número 1 de sua época. Hoje, seria “baixinho?         
Pedro Paulo esperou pela chance de jogar pelo time principal durante quatro temporadas. Quando sentia-se pronto, foi preterido pelo treinador Gentil Cardoso, que o deixava na reserva até entre os aspirantes. Aborrecido, chegou a pensar em abandonar o futebol e voltar para Pernambuco. Com a queda de Gentil, também pernambucano, e a subida de um outro conterrâneo, o ex-atacante Ademir Menezes, que cuidava das divisões inferiores vascaínas, ele foi aconselhado a ficar e a lutar pela vaga de ser titular, que conquistou.    
 Com Ademir Menezes no comando do time, vários jogadores foram afastados, inclusive ídolos da torcida, como Brito e Fontana, famosa dupla zaga cruzmaltina e jogadores que já haviam vestido a camisa da Seleção Brasileira. Então, Pedro Paulo teve Sérgio e Álvaro, jovens revelações promovidas por Gentil Cardoso, jogando à sua frente. Mas Ademir não durou muito. Foi substituído por um outro ex-jogador vascaíno, Paulinho de Almeida, que o manteve titular, com as voltas de Brito e Fontana à zaga.


Pedro Paulo, Brito, Buglê, Fontana, Lourival e Ferreira, em pé; Nado, Danilo Menezes, Nei Oliveira, Bianchini e Silvinho,
 Com Sérgio e Álvaro, seus contemporâneos nas divisões inferiores, Pedro Paulo sabia que teria (e teve)  protetores de pouca gritaria, mas que jogavam sério. Já a novidade Brito-Fontana colocou diante dele “xerifões” exigentes, que exigiam dos colegas chegada no lance no tempo da bola, no instante exato. Com as duas duplas, ele manteve-se titular durante a campanha que deu ao “Almirante” o vice-campeonato carioca-1968, época em que o Botafogo de Rogério, Gérson, Jairzinho e Paulo César Lima era quase imbatível. Foi campeão carioca de aspirantes em 1964/66/67) e, além de ser atleta, atuava, ainda, como tesoureiro da Fundação de Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP-RJ.  Seu primeiro Vasco-base foi: Pedro Paulo; Jorge Luís, Álvaro, Sérgio e Oldair; Paulo Dias e Danilo Menezes; Nei, Adilson, Valfrido e Silva.  
Católico, devoto de Cosme e Damião, o PP mantinha o peso de 74 quilos, bem vigiados pelo treinador Paulinho de Almeida. Além de atleta e diretor da FUIGAP, estudava Direito e tinha por meta repetir o ex-zagueiro Weber, do Madureira, que encerrara a carreira dono de um “canudo” e, naquele 1968, era juiz substituto do então Estado da Guanabara. 
Do goleiro titular vice-campeão carioca-1968, Pedro Paulo foi barrado quando Pinga (José Lázaro Robles, ídolo da torcida vascaína na décadas-1950) substituiu Paulinho de Almeida no comando técnico. Os sete primeiros jogos do time no Estadual-1969 tiveram Valdir Apple em sua vaga. Ele só voltou a jogar em 26 de abril, quando o treinador já era Evaristo de Macedo e o time tendo sido: Pedro Paulo; Fidélis, Brito, Fernando e Eberval; Alcir (Benetti) e Buglê; Nei Oliveira, Adilson (Nado), Valfrido e Silvinho. Disputou mais três partidas como titular e, na quarta, entrou no segundo tempo. Era o dia 11 de maio e, na tarde daquele domingo, no Maracanã, começava a “Era Andrada”, do argentino que foi um dos maiores goleiros da história cruzmaltina. 

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