IMAGEM REPRODUZIDA DE CARDS PING PONG
Em 1967, aos 14 de idade, ele
jogava as sua peladas na bucólica Além Paraíba-RJ, cidade com seus 30 ml
habitantes, onde nasceu, no 27 de janeiro de 1953. Era zagueiro, batia bem e não tinha muita intimidade com a bola.
Então, se mancou e virou goleiro. Foi o que melhor ocorrer na pequena carreia
esportiva do garoto Geraldo Pereira de matos Filho, o Geraldinho, por ser filho
de Seu Geraldo.
Em 1968, ele sofreu um acidente automobilístico e passou por
uma cirurgia de apendicite. Longe da bola, aos 15, arrumou emprego, como
caldeireiro, no SENAI, e ficou com pouquíssimo tempo pra jogar futebol.
Acordava às seis da manhã, encarava o trabalho em horário comercial e só no
finalzinho da tarde podia bater bola, sem muita demora, pois, à noite tinha a
esola (o antigo ginasial) pela frente.
Gealdinho só não desistiu do futebol por conta
da sua amizade com o também caldeireiro Cantarelle (futuro goleiro do Flamego e
seu conterrâneo). Em 1969, durante uma festa em sua cidade, um tio dele o
apesentou e o indicou ao treinador Célio de Souza, dos juvenis do Vasco da
Gama, que procurava por um goleiro e um zagueiro. Papo daqui, dali, o homem
pediu ao Geraldinho para procura-lo, em São Januário, no dia 6 de janeiro de
1970, para fazer testes. Com jeitão de caipira e carregando uma mala, o
Geraldinho foi logo apelidado por Mazzaropi, em alusão ao ator Amácio
Mazzaropi, que representava personagem matuto no cinema. E o apelido pegou.
Como Mazzaropi, o ex-Geraldinho tornou-se
goleiraço do Vasco da Gama. Mas, até ser titular do juvenil, demorou a tirar a
posição de Aiub. Depois, perdeu espaço para Brasília e Jair Bragnça, ficando
até 1972 - duas temporadas - sendo reserva. Aborreceu-se e conseguiu liberação
para se mandar para o Botafogo. Só não foi porque o Seu Geraldo o convenceu de
que ele deveria lutar pelo que preendia. “Mudar de clube não adianta”,
disse-lhe o pai.
Recado ouvido, Mazzaropi treinou
duro. Com a troca de treinador, Alfredo Abraão o promoveu a titular. Em 1973,
passou a treinar co os profissionais e, em 1974, assinou o primeiro contrato.
Subiu e voltou a ser reserva, só que daquela vez do argentino Andrada,
considerado o melhor no futebol brasileiro. Mazzaropi aprendeu tudo o que
pode com o hermano. Em 1976 quando aquele encerrrou o seu ciclo em São
Januário e foi para o Vitória da Bahia, ele herdou-lhe a camisa 1 do time
principal vascaíno.
Embora Moacir Barbosa e o argentino Andrada sejam apontados como os maiores
goleiros da história do Almirante, o caipirão Mazzaropi é um dos mais
vitoriosos. Entre 1977 e 1978, ele ficou 1816 minutos sem sofrer gols, recorde
mundial segundo a Federação Internacional de História do Futebol.
CARREGADOR DE
FAIXAS - Enquanto esteve vascaíno, Mazaropi colecionou os títulos da Taça Guanabara
de 1976/1977; do Estadual-RJ de 1977/1982 e do Brasileirão-1974. Saiu da
Colina, em 1979.
Campeão
carioca juvenil, em 1971, quando subiu ao gupo principal, Mazzaropi teve duas
passagens por São Januário: de 1970 a 1979 e de 1980 a 1983. Ao tornar-ser
titular, em 1976, e só perdeu a vaga, em 1978, quando o Vasco contratou Emerson
Leão, embora o maior astro da Turma da Colina, Roberto Dinamite, achasse não ser preciso para quem tinha Mazzaropi.
U. Vasco e Flamengo estavam igualados – 11 vitórias, dois empates e uma queda – e foram para um jogo-extra. Após 1 x 1 no tempo regulamentar e 0 x 0 na
prorrogação, vieram as cobranças de pênaltis. O Fla tinha 4 x 3 a seu favor e só
precisava que o seu maior ídolo, Zico, sacudir a rede. Mas Mazaropi foi lá e defendeu o chute do "Galinho de Quintino".
O Vasco igualou o placar (4 x 4) e saiu para nova série de penais. Geraldo
Assobiador bateu e, de novo, Mazzaropi foi buscar. Então, o Almira matou a decisão, por 5 x 4, muito graças ao seu herói-goleiro,
diante de133.444 almas.
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Mazzaropi foi um catador de pênaltis em cima dos rivais flamenguistas,
como mostra esta reprodução de www.netvasco.com.br |
TURMA DA VITÓRIA Mazzaropi torou-se grande ídolo da torida
vascaína a partir do domingo 13 de junho de 1976, no Maracanã.
Vasco e Flamengo estavam igualados – 11 vitórias, dois empates e uma queda – e foram para um jogo-extra. Após 1 x 1 no tempo regulamentar e 0 x 0 na prorrogação, vieram as cobranças de pênaltis. O Fla tinha 4 x 3 a seu favor e só precisava que o seu maior ídolo, Zico, sacudisse a rede. Mas o Mazaropi foi lá e defendeu o chute do "Galinho de Quintino". O Vasco igualou o placar (4 x 4) e saiu para nova série de penais. Geraldo Assobiador bateu e, de novo, Mazzaropi foi buscar. Então, o Almira matou a decisão, por 5 x 4, muito graças ao seu herói-goleiro, diante de133.444 almas., quando defendeu pênalti cobrado pelo maior goleador e maior ídolo da
história do Flamengo, o meia-atacante Zico. Saiu de campo como herói na
conquista da Taça Guanabara, o segundo troféu cruzmaltino da competição surgida
em 1965.
O
Clássico dos Milhões daquela
tarde foi assistido por 133.444 pagantes, com as emoções
começando aos seis minutos, quando Roberto Dinamite cobrou pênalti e abriu o
placar. Tenso, o clima do jogo obrigava ao juiz, um miliar gaúcho, Agomar
Martins, a segurar a rapaziada na base dos cartões. Amarelou os rubro-negros Rondinelli, Toninho, Geraldo e Luisinho Lemos, e os vascaínos Abel
Braga e Roberto. Como o Urubu empatou, aos 77 minutos, e
ninguém mais mexeu no placar, foi preciso uma prorrogação, de 30 minutos. Novo
empate (0 x 0). Então, rolou decisão por cobranças de pênaltis. Marcaram para o
Vasco: Gaúcho, Luís Fumanchu, Zé Mário, Roberto e Luís Augusto, enquanto Abel
desperdiçou o dele. Pelo Fla, Zico bateu um, que o "Maza"
defendeu: Vasco 5 x 4, formando com: Mazaropi; Gaúcho, Abel, Renê e Marco
Antônio; Zé Mário e Zanata (Luís Augusto); Luís Fumanchu, Dé (Jair Pereira),
Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos.
CAMPANHA: 14.03.1976 – Vasco 2 x 0 São Cristóvão (gols: Dé e Roberto); 17.03
– Vasco 1 x 0 Campo Grande (Dé); 20.03 – Vasco 3 x 1 Portuguesas-RJ (Luís
Fumanchu, Roberto e Dé); 28.03 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso (Roberto e Fmanchu);
31.03 – Vasco 3 x 2 Bangu (Abel, Sérgio Cosme (contra) e Fumanchu); 04.04 –
Vasco 1 x 3 Flamengo (Dé); 11.04 – Vasco 2 x 0 Volta Redonda (Marco Antônio e
Dé); 14.04 – Vasco 4 x 0 Goytacás ( Dé (2), Marco Antônio e Roberto); 17.04 –
Vasco 3 x 0 Madueira (Dé (2) e Roberto); 21.04 – Vasco 0 x 0 Fluminense; 25.04
– Vasco 0 x 0 Americano; 01.05 – Vasco 2 x 1 América (Fumanchu e
Roberto); 09.05 – vassco 2 x 1 Botafogo (Ademir e Roberto); 16.05 –
Vasco 3 x 0 Olaria (Fumanchu, Dé e Roberto); 13.06 – Vasco 1 (5) x 1 (4)
Flamengo (Roberto). (fotos reproduzidas do "Jornal dos Sports" e
de www.crvascodagama.com.br).Agradecimentos.
Treinado por Paulo Emílio, o Vasco da grande tarde de domingo de Mazzaropi,
teve mais: Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mário e Zanata (Luís Augusto);
Luis Fumanchu, Roberto Dinamite, Dé (Jair Pereira) e Luís Carlos Lemos.
O árbitro Agomar
Martins-RS anotou das cobranças dos penais decisivos: Júnior 1 x 0; Abel
perdeu; Zé Roberto 2 x 0; Gaúcho 1 x 2; Tadeu 3 x 1; Fumanchu 2 x 3; Toninho
Baiano 4 x 2; Zé Mário 3 x 4; Zico perdeu; Roberto 4 x 4; Geraldo perdeu e Luís
Augusto 5 x 4.
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