Vasco

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sábado, 3 de fevereiro de 2018

ARQUEIROS DA COLINA- HUMBERTO-10

O Vasco teve um goleiro, durante a década-1960, chamado Humberto, que seria um “companheirão”, se jogasse em tempos de governo petista. Seguramente!
Estudioso dos direitos dos seus deligados colegas de clube, ele defendia a criação de um tribunal especial, para juízes e bandeirinhas, por vê-los fazendo horrores durante as partidas (saíam impunes), lei de acesso e a proibição de jogos, no verão, com o sol forte. Lembrava que a medicina os condenava.
Humberto queixava-se de não ver o atleta brasileiro “tratado como deveria”, e considerava um absurdo os insultos morais recebidos de torcedores, nos estádios. Nesta defesa, alegava que, muitas vezes, o colega participava de uma partida com problemas de saúde, sacrificando-se para cumprir o seu dever. Por isso, trabalhava para ver a sua categoria com um sindicato  fortalecido, voz forte dentro das federações e, exclusivamente, gerido por atletas capazes de afastarem pressões externas.
Foto reproduzida da "Revista do Esporte"
Humberto não se limitava a viver de bola. Trabalhava, também, como inspetor de alunos no Colégio Pedro II. Se quisesse, poderio ter escrito um livro, pois anotava tudo em um diário aberto quando iniciou a carreira, pelo time juvenil do Flamengo, em 1952. Criado maior rival, segundo ele, a sua maior alegria foi ter ingressado no Vasco da Gama.
Humberto brigou muito, com Ita, pela vaga de titular. Uma  de suas atuações inesquecíveis foi durante um amistoso, no Maracanã, contra o Real Madrid, em 8 de fevereiro de 1962, quando o time espanhol, liderado pelo magnífico Di Stefano, era considerado o melhor do planeta.
 De tão líder e bom caráter que era, Humberto foi convidado pelo maior goleador vascaíno da década-1960, Célio Taveira, para ser o padrinho da sua primeira filha, a hoje arquiteta Flávia, mãe de Juliana, que foi Miss Paraíba.       
Vascaíno ente 1959 a 1965, Humberto Torgado de Oliveira nasceu, no Rio de Janeiro, em 16 de abril de 1935. Iniciou a carreia como flamenguista, em 1952 e, antes de chegar a São Januário, passou pelo Bonsucesso. Passou, também, por Palmeiras Fluminense e São Cristóvão.  Esteve, ainda, supervisor técnico do Vasco, ocasião em que fez o ex-zgueiro cruzmaltino Joel Santana comandante do time júnior. Mais: foi o primeiro a abrir as portas de São Januário para Antônio Lopes, um do treinadores mais premiados do clube.

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