O Vasco teve um goleiro, durante a década-1960,
chamado Humberto, que seria um “companheirão”, se jogasse em
tempos de governo petista. Seguramente!
Estudioso dos direitos dos seus deligados colegas de
clube, ele defendia a criação de um tribunal especial, para juízes e
bandeirinhas, por vê-los fazendo horrores durante as partidas (saíam impunes),
lei de acesso e a proibição de jogos, no verão, com o sol forte. Lembrava que a
medicina os condenava.
Humberto queixava-se de não ver o atleta brasileiro “tratado
como deveria”, e considerava um absurdo os insultos morais recebidos de
torcedores, nos estádios. Nesta defesa, alegava que, muitas vezes, o colega
participava de uma partida com problemas de saúde, sacrificando-se para cumprir
o seu dever. Por isso, trabalhava para ver a sua categoria com um
sindicato fortalecido, voz forte dentro
das federações e, exclusivamente, gerido por atletas capazes de afastarem
pressões externas.
Foto reproduzida da "Revista do Esporte" |
Humberto não se limitava a viver de bola.
Trabalhava, também, como inspetor de alunos no Colégio Pedro II. Se quisesse,
poderio ter escrito um livro, pois anotava tudo em um diário aberto quando
iniciou a carreira, pelo time juvenil do Flamengo, em 1952. Criado maior rival,
segundo ele, a sua maior alegria foi ter ingressado no Vasco da Gama.
Humberto brigou muito, com Ita, pela vaga de titular.
Uma de suas atuações inesquecíveis foi durante um amistoso, no Maracanã, contra
o Real Madrid, em 8 de fevereiro de 1962, quando o time espanhol, liderado pelo
magnífico Di Stefano, era considerado o melhor do planeta.
De tão líder e bom caráter
que era, Humberto foi convidado pelo maior goleador vascaíno da década-1960,
Célio Taveira, para ser o padrinho da sua primeira filha, a hoje arquiteta
Flávia, mãe de Juliana, que foi Miss Paraíba.
Vascaíno ente 1959 a 1965, Humberto Torgado de Oliveira nasceu, no Rio
de Janeiro, em 16 de abril de 1935. Iniciou a carreia como flamenguista, em 1952
e, antes de chegar a São Januário, passou pelo Bonsucesso. Passou, também, por
Palmeiras Fluminense e São Cristóvão. Esteve, ainda, supervisor técnico do Vasco, ocasião
em que fez o ex-zgueiro cruzmaltino Joel Santana comandante do time júnior. Mais:
foi o primeiro a abrir as portas de São Januário para Antônio Lopes, um do treinadores
mais premiados do clube.
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