Celeste jogava com Ademir, se estressava a cada lance não finalizado bem pelo artilheiro cruzmaltino |
De “nada sacadora” de futebol a “expert” no assunto,
foi um pulo. Celeste Augusta tornou-se tão entendida de bola rolando quanto o
treinador do time do Vasco. Muitas vezes, se o placar era inimigo dos cruzmaltinos,
ela atribuía tudo ao sistema tático E como se estressava a cada partida. Para a
edição de 21 de março de 1953, de “O Cruzeiro”, o fotógrafo Luiz Carlos Barreto
flagrou-a em 11 instantes de frenética torcida pelo marido Ademir Marques de
Menezes.
De acordo com o repórter Davi Nasser, da mesma revista citada acima”, nem
só de torcida forte e muita corrente positiva vivia a torcedora Celeste. Até
fazia uma “inconfidência”: se alguns santos fossem mortais, certamente, pela
ótica dela, certamente, seriam vascaínos. Caso de Santo Antônio, por sinal, uma
divindade portuguesa. Nas vésperas de jogos da “Turma da Colina”, Celeste visitava
o mosteiro do santo e acendia duas velas, uma pela vitória e a outra pelas
canelas de Ademir.
Amigo intimo do casal, David Nasser escreveu que Ademir e Celeste levavam uma vida
calma, feliz e metódica. Mas, se dependesse dela, ele já teria deixado o
futebol desde 1951. E fuxicava que alguns “medalhões” vascaínos eram contra os
maridos levarem suas esposas a excursões, o que Ademir gostava de fazer, por
acharem que idas a piqueniques e a muitos passeios representavam um desperdício
de energia para o time. “Celeste é uma boa companheira. Detesta concentrações,
mas é compreensiva”, contou o repórter.
O fotógrafo Luiz Carlos Barreto, da revista "O Cruzeiro", captou estas imagens do desespero de Celeste |
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